IntroduçãoA gestação e o nascimento constituem para a mulher e para o homem fases de mudanças, com transformações e incertezas que acompanham a aquisição de novos papéis e responsabilidades antes inexistentes, incluindo-se as relacionadas com os(as) filhos(as), com a casa e com os demais membros da família. Assim, a paternidade e a maternidade são permeadas por conflitos determinados pela situação nova que o casal vivencia. Uma gravidez em curso pode gerar diferentes sentimentos, vividos pelos casais de forma única: alegria, tristeza, satisfação e insatisfação. Para alguns casais, essa fase traz alegrias e o desejo de conviver harmoniosamente. Para outros, conflitos anteriores acentuam-se, muitos deles relacionados com o modo como homens e mulheres compreendem e desempenham seus atributos sociais.Na gravidez, o homem e a mulher deixam de ser apenas filho e filha para se tornarem pai e mãe, ambos vivenciando essa transição com expectativas, anseios e temores. O homem também sofre o impacto da mudança de papéis. O medo, a responsabilidade sobre o bebê que está no ventre da companheira, as alterações no comportamento dela, muitas vezes sem uma causa aparente, também levam o homem a viver uma fase conflituosa. Para muitos homens, sentir-se pai é um fato que só ocorre posteriormente ao nascimento e, em alguns casos, mesmo após a ARTIGO ARTICLE Freitas WMF et al.
Trata-se de um estudo que teve como objetivo compreender e analisar as repercussões da violência conjugal no processo saúde-doença das mulheres. È resultado da reanálise do material obtido em uma investigação por meio de entrevistas com mulheres em situação de violência e de denúncia, na Delegacia da Mulher no Município de João Pessoa - PB. A análise dos discursos evidenciou que a violência conjugal é um fenômeno social recorrente e multifacetado que influencia significativamente a saúde das mulheres que a vivenciam. Seu enfrentamento exige dos profissionais de saúde o reconhecimento de que a violência é um problema de saúde coletiva que perpassa todas as dimensões das relações sociais, cujas raízes encontram-se nas desigualdades de gênero. Tal fenômeno necessita de ser captado, compreendido e combatido em todas as dimensões da realidade social.
O objetivo deste estudo foi analisar as práticas profissionais na atenção à saúde da mulher em situação de violência, identificando os elementos do processo de trabalho e sua relação com a emancipação da opressão de gênero. Para tanto, investigou-se, com profissionais de saúde de um serviço de atenção primária, se as intenções da atual política de saúde da mulher estariam sendo realizadas na prática profissional por meio dos processos de trabalho destinados a esse fim. A partir da pesquisa qualitativa, os resultados evidenciaram a invisibilidade da violência no serviço e o desconhecimento da categoria Gênero e da sua complexidade. Configura-se, portanto, a adequação do processo de trabalho em saúde na atenção a mulheres em situação de violência como um grande desafio para a produção de uma assistência potencialmente emancipatória da opressão de gênero e condizente com os pressupostos da política.
RESUMO
ABSTRACTThis is a popula on-based, descrip ve, and analy c study conducted with a randomized and probabilis c sample comprising 340 hypertensive individuals representa ve of the Family Health Strategy (FHS) Service in João Pessoa, PB, Brazil. The present study corresponds to the fi rst part of a cohort started in 2008. The instrument used was an adapta on of the Primary Care Assessment Tool revalidated in Brazil. Logis c regression was used to inves gate the associa ons between blood pressure (BP) control, sociodemographic variables, and an indicator of adherence/ a achment. Among the 340 hypertensive parcipants, 32.6% were followed up at the FHS, and 89.1% exhibited sa sfactory adherence/ a achment. The older adults were more likely to control BP, which suggests a more accurate self-care percep on and greater adherence to treatment. The present study highlights the problem posed by the control of hypertension by means of the assessment of services. We expected the present model to be applied at other loca ons to generate parameters to compare diff erent municipali es.
DESCRIPTORS
Hypertension Primary Health Care Health evalua on
RESUMENEstudio descriptivo y analítico, de base poblacional, realizado con muestra aleatoria y probabilís ca de 340 hipertensos, representa va de la Estrategia Salud de la Familia (ESF) de João Pessoa-PB. El estudio consiste en la primera parte de una cohorte iniciada en 2008. El instrumento u lizado fue adaptado del Primary Care Assessment Tool, revalidado en Brasil. La regresión logís-ca evaluó la asociación entre el control de presión, las variables sociodemográfi cas y el indicador de adhesión/vínculo. Entre los 340 hipertensos, 32,6% recibía seguimiento de la ESF y 89,1% presentó adhesión/ vínculo sa sfactorio. Los ancianos presentaron mayores posibilidades de controlar la presión, lo que sugiere una mejor percepción del autocuidado y mayor adhesión al tratamiento. El estudio permi ó poner en evidencia la problemá ca del control de la hipertensión mediante la evaluación del servicio. Se espera que este modelo pueda adoptarse en otras localidades, generando parámetros para comparaciones entre dis ntos municipios.
Trata-se de um estudo quantitativo, ecológico, exploratório com utilização de técnicas de análise espacial e do Sistema de Informações Geográficas. A população foi composta por todas as denúncias de mulheres vítimas de violência doméstica, residentes no Município de João Pessoa, Paraíba, Brasil, no período de 2002 a 2005, na Delegacia Especializada de Atendimento da Mulher. Objetivou-se investigar a distribuição espacial da violência doméstica para subsidiar os gestores no processo de tomada de decisão. A análise dos resultados permitiu identificar as áreas de alta e baixa incidências de violência, como também o risco de cada bairro comparado à cidade de João Pessoa. A partir do índice de Getis e Ord produziu-se a decisão das áreas prioritárias para intervenção sobre a violência doméstica. Ressaltamos a necessidade de mudanças no que se refere à atenção às mulheres vítimas de violência e a articulação entre as instituições com promoção da educação permanente nos serviços, contemplando discussões sobre gênero e violência contra a mulher.
Estudo realizado com a finalidade de ampliar a compreensão da violência conjugal, no qual buscou-se compreender o significado do fenômeno para as mulheres que a sofrem. A produção do material qualitativo da investigação foi conseguida por meio de entrevistas realizadas com mulheres em situação de violência e de denúncia na Delegacia da Mulher em de João Pessoa-PB, no ano de 2006, cujos discursos foram analisados segundo a perspectiva de Fiorin 8 . A análise dos discursos evidenciou que a violência conjugal é um modo de manifestação da assimetria de poder presente nas relações de gênero; que há o reconhecimento das mulheres do poder masculino sobre elas, refletido pelo temor e pela subordinação na relação conjugal em que ocorre a violência e que esse domínio corresponde a uma espécie de tutela construída e legitimada pela cultura patriarcal e machista, necessária, no pressuposto do idealismo positivista da ideologia dominante, para administrar os excessos de paixões que fariam parte da imperfeição da natureza feminina.Palavras-chave: Violência contra a mulher; Gênero e saúde; Identidade de gênero; Poder.
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