Embora a neuropsicologia esteja sendo utilizada há décadas na avaliação de pessoas com epilepsia em nosso país, apenas em 2001 foram publicadas as diretrizes preconizadas pela Liga Brasileira de Epilepsia. Este artigo tem como objetivo uma análise simples e didática da forma como deve-se processar a avaliação neuropsicológica em epilepsia e fornecer um parecer crítico sobre a adaptação dos testes a serem utilizados na população brasileira.
Pacientes com epilepsia refratária a tratamento clínico podem favorecer-se de uma cirurgia para remoção do foco epileptiforme cortical ou para interrupção desse foco. Antes da cirurgia, é preciso uma investigação cuidadosa para que o paciente evolua com ausência de crises, de déficits neurológicos e possa melhorar sua qualidade de vida. Victor Horsley (apud Taylor)1 em 1887, descreveu a primeira cirurgia em paciente que apresentava crises parciais motoras. Ele encontrou uma lesão na área motora que foi ulteriormente diagnosticada como um tuberculoma e após a cirurgia as crises puderam ser controladas. Remoção de cicatrizes corticais, decorrentes de traumatismo cranioencefálico, que evoluíram com crises epilépticas, foi descrita por Foerster e Penfield2 em 1930, apresentando resultados positivos no controle das crises, mostrando uma nítida relação entre agressão cortical e crises epilépticas. Contudo, somente com o uso do eletrencefalograma (EEG) por Berger em 1929 (apud Engel)3 foi possível correlacionar alterações neurofisiológicas, observadas em traçados eletrencefalográficos, com lesões cerebrais. Esse exame teve grande contribuição no estudo de pacientes epilépticos, mostrando a localização das descargas paroxísticas focais, essencial em pacientes com epilepsia de difícil controle, pois, muitas vezes, não se encontram lesões estruturais em exames de neuroimagem.
Introdução: a doença é uma situação de crise, altera a vida da criança e sua família, suscita ansiedade, angústia e conflitos. o Setor de Urologia Pediátrica atende a crianças e adolescentes acometidos por anomalias congênitas, câncer urológico, trauma entre outras patologias. As anomalias congênitas raras na população em geral, requerem tratamentos de alta complexidade por toda a vida, gerando expectativas idealizadas em torno do período de internação, da cirurgia e fantasias de cura, o que favorece o surgimento de conflitos e denunciam o sofrimento da criança e de seus pais. o processo de hospitalização infantil é marcante na vida de qualquer criança, uma vez que neste momento ela se percebe frágil e impossibilitada de realizar suas atividades, alterando a sua rotina diária como brincar e ir à escola. Quanto mais complexa a patologia da criança, maior a necessidade de assistência interdisciplinar, com olhares diversos que busquem alternativas para a melhoria da sua saúde e qualidade de vida. Assim, a brincadeira pode ser uma forma de enfrentamento desta situação de hospitalização, bem como uma forma de humanizar as relações no contexto da internação. a brinquedoteca favorece a amizade com outras crianças, auxilia na recuperação e ameniza os conflitos e sofrimentos da internação. Objetivos: Instrumentalizar a equipe de saúde para a utilização da brinquedoteca; permitir a expressão da vivência de internação por meio de atividades lúdicas. Método: Realizado revisão da literatura sobre o brincar e a importância da brinquedoteca em enfermarias pediátricas, instituiu-se um grupo de trabalho multidisciplinar para levantamento das necessidades e dificuldades na assistência à criança internada. Foram realizadas quatro reuniões em dias alternados e nos horários matutino e vespertino com representantes da equipe multidisciplinar e voluntários. As reuniões ocorreram no espaço da brinquedoteca, facilitando a compreensão e ambientação pela equipe. Neste contexto foram discutidas as seguintes questões: Qualquer procedimento ou intervenção cirúrgica anunciada à criança promove angustia, ansiedade e sofrimento pois sabe que tais procedimentos vão gerar dor física e desconforto; no relacionamento com a criança há que se considerar a perspectiva subjetiva, irracional, emocional e singular da criança; o ato de brincar é um sistema que integra a vida social das crianças e caracteriza-se por transmissão expressiva de forma compreensiva da realidade vivida através das brincadeiras realizadas. Resultado: Estabelecimento de horário fixo de funcionamento da brinquedoteca e orientação das mães que acompanham as crianças, a implantação de livro de controle para empréstimo de brinquedos e livros de história para crianças com locomoção limitada, criação de grupo de trabalho de artesanato com os pacientes, mães e ou acompanhantes.
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