Este artigo tem como objetivo refletir sobre o empoderamento das mulheres na condição de sujeito político, elemento fundamental para sua emancipação e participação ativa na sociedade. Com vistas a alcançar o objetivo proposto, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica em diálogo com vertentes do conceito de gênero, patriarcado e empoderamento das mulheres. O empoderamento envolve um processo político para gerar compreensão dos complexos fatores que criam subordinação/exclusão das mulheres do mundo público/político e engendrar consciência sobre a reformulação/desconstrução dos atuais esquemas políticos e sociais da sociedade. Captamos, pois, que é preciso levar em conta as relações de poder entre homens e mulheres, e, desta maneira, buscar solucionar não somente condições concretas materiais das mulheres, senão também mudar as relações sociais de gênero na sociedade, construindo democracias com equidade de gênero.
O estudo realizou uma reflexão teórica e prática do exercício profissional, evidenciando a particularidade do processo de trabalho da equipe multidisciplinar na Assistência Estudantil, com análises da atuação nas áreas de Serviço Social, Pedagogia e Psicologia no IFS - Campus Lagarto. Configurou-se enquanto pesquisa qualitativa com abordagem descritiva e explicativa dos processos de trabalho, recorrendo-se ao levantamento bibliográfico e da legislação e à sistematização da atuação profissional em demandas da política de Assistência Estudantil. Como resultados, essa investigação possibilitou problematizar dimensões inerentes à política de Educação e Assistência Estudantil e expor a processualidade técnica e interventiva que direciona o trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar. Agregou contribuições às práticas e às respostas profissionais, sejam elas específicas por área técnica ou de cunho multidisciplinar, fortalecendo a discussão técnica das demandas entre a equipe para uma atuação fundamentada, cada vez mais, em premissas teóricas e analíticas.
O estudo problematizou as regulações de gênero e das sexualidades, evidenciando os corpos em cena no cotidiano da vida social e as marcas das regulações, subversões e resistências que atravessam o cotidiano escolar das juventudes. Nessa direção, problematizamos as regulações de gênero e das sexualidades, enfatizando as corporalidades silenciadas e/ou expressadas na vida cotidiana e no cotidiano da escola. Apresentamos dados da Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil realizada em 2015 com adolescentes e jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, realizando um diálogo entre os interlocutores teóricos e empíricos (a partir dos dados coletados). Caracterizou-se como uma pesquisa quali-quantitativa e utilizou-se do materialismo histórico dialético enquanto método que perpassou o estudo. Constatamos que os corpos atribuídos aos homens e às mulheres são regulados desde a infância, tendo implicações no cotidiano da vida social e também escolar. Verificamos que não obstante as regulações criem parâmetros de pessoas que atravessam a vida cotidiana, as subversões e resistências dialeticamente estão presentes nesse cotidiano.
Os textos do Dossiê temático “Alianças de gênero: contribuições para umaepistemologia feminista em educação” tornam-se instigante nesse momento, abordam avanços da epistemologia feminista, do conhecimento humano visto diferentemente, recebendo o auxílio de outros conhecimentos, os quais evoluem de posturas disciplinares, interdisciplinares, multidisciplinares para atitudes transdisciplinares dxs sujeitxs, das suas vidas, das suas emoções, dos seus sentimentos, que estão em constante movimento e mudança. É um ato responsável que contribui para a construção da sociedade que queremos e que almejamos construir, em que devemos ter o compromisso como educadorxs e pesquisadorxs. Nessa perspectiva, o Dossiê, composto por 16 (dezesseis) textos, avançou no diálogo a fim de promover novas compreensões teóricas e metodológicas em torno dos estudos de gênero, lésbicos, gays, trans, queer, negros e decoloniais e produções artísticas. Agregou estudos com múltiplas abordagens desenvolvidos por pesquisadorxs de diferentes áreas, regiões, instituições, grupos de pesquisas e movimentos. Desejamos boa leitura e que esse universo potente dos saberes e das práticas possa contribuir para a formação, em diversas dimensões, e para provocar reflexões no campo da interseccionalidade. Do mesmo modo, sua potência seja capaz de fortalecer alianças de gênero, epistemologias e lutas feministas e transfeministas, e ainda fundamentar a elaboração de políticas públicas que abarquem as diversidades de representatividades e necessidades cotidianas objetivas e subjetivas dxs sujeitxs. Brasil, inverno de 2022.
Recebido: 25/03/2016 Aprovado: 05/04/2016Publicado: 10/04/2016O artigo se propõe a realizar uma reflexão sobre escola e juventudes, objetivando trazer para a arena da discussão os desafios do diálogo entre os sujeitos escolares, dada as contradições e tensões cotidianas enquanto características preponderantes na relação escola e juventudes. Também apresenta a intencionalidade de contribuir com referenciais teóricos para o entendimento das manifestações e estilos de vida das juventudes na perspectiva de demarcar as possibilidades de enfrentamento da invisibilidade das culturas juvenis na escola. Nesse sentido, realizamos inicialmente uma abordagem sobre a relação entre escola e juventudes. Em seguida, registramos o marco teórico preliminar que orientou o presente estudo. O trabalho caracterizou-se como uma pesquisa bibliográfica. Destacou-se como predominante a natureza qualitativa da pesquisa. O estudo foi norteado pelo método histórico dialético.Palavras-chave: Escola; Juventudes; Culturas Juvenis.
O estudo analisa o acesso, a permanência e as relações de gênero no cotidiano escolar do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS). Abordou a democratização do acesso e da permanência estudantil; as construções sociais e relações de gênero que atravessam a vivência escolar, com análise de dados dos campi Aracaju, Lagarto e São Cristóvão. Caracterizou-se como pesquisa qualitativa; utilizou-se do levantamento bibliográfico e documental, da coleta e produção de dados e das entrevistas semiestruturadas. O contexto social investigado apontou que a democratização educacional deve articular as condições de acesso e permanência, considerando as desigualdades sociais e econômicas no Brasil. Constatou-se que as ações de Assistência Estudantil precisam considerar demandas cotidianas vinculadas às relações de gênero, enquanto potência e contributo para os enfrentamentos às práticas LGBTQIfóbicas, machistas, misóginas, às lógicas sexistas e cis-heteronormativas, às violências de gênero.
The article presents results of the research project “Rethinking issues about inequalities and diversities in higher education in an intersectional perspective”, developed within the scope of CAPES/PROAP. Here, we deal with scientific productions that address diversity in the Graduate Program in Education (PPGED) of the Federal University of Sergipe (UFS) in the last five years. It consists of a qualitative research of documentary and bibliographic type, with the objective of designing the production of knowledge referring to diversities, in the line of research Education, Communication and Diversity, highlighting the conceptions of diversities. We used the Catalog of Theses and Dissertations from the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and analyzed 26 dissertations and 9 theses in the program that have diversities in title, summary and keywords. That is, in the elements identifiable by the search software of the Sucupira platform. We noticed that the program's publications on diversities have established more intersections with the categories gender and sexualities.
O trabalho apresenta as diversidades dos feminismos e transfeminismos, destacando os contributos teóricos e a práxis. Relata vivências das mulheres visibilizando a práxis sociopolítica feminista e transfeminista no âmbito da Marcha Mundial das Mulheres, considerando a particularidade brasileira. Configurou-se como pesquisa feminista, fundamentada em premissas críticas e dialéticas. Recorreu-se ao procedimento de levantamento bibliográfico e mapeamento nas redes sociais do Facebook, Instagram e Twitter para a exposição e análises dos dados extraídos de perfis da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil entre 2015 e 2020. Embora as mulheres enfrentem cotidianamente situações de opressão, exploração e violências, se articulam para ruir sistemas de opressão, dominação, exploração e extermínio da vida. As teorias feministas e transfeministas sucedem processos de consciência crítica das mulheres, que resultam transformações societárias. A formação crítica alicerça a práxis sociopolítica das mulheres nos diferentes movimentos feministas e transfeministas, que agregam múltiplas representatividades do construto mulheres, as quais constroem unidades nas lutas sociais em redes e nas ruas, potencializando a resistência e a força das mulheres.
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