O artigo apresenta a experiência do Programa de Formação e Investigação Sobre a Saúde e o Trabalho (PFST) de docentes de escolas públicas, desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo. Trata da problemática da saúde do conjunto de docentes que trabalham nas escolas públicas do município da Serra/ES, visando a desfazer a tríade dor-desprazer-trabalho docente, vivida de forma naturalizada pelo coletivo de docentes. Pretende avançar na compreensão das relações saúde-trabalho nas escolas e investigar as estratégias utilizadas por esses professores para resistirem às tentativas de desqualificação do trabalho docente. Afirma a possibilidade de se abrirem espaços de discussão no cotidiano dos docentes para que a luta pela saúde se constitua em redes de cooperação entre sujeitos e escolas, inaugurando-se outras formas de atuação desses estabelecimentos. Com esse objetivo, propõe uma metodologia de trabalho que tem se pautado na abordagem ergológica, construída na Universidade de Provença, em AIX/ França.
O artigo busca fazer uma análise dos processos de trabalho dos docentes de nível superior a partir de uma posição narrativa, afirmando certa política de pesquisa. Perspectivou colocar em análise o que se produz em meio ao trabalho docente. O procedimento narrativo, mesmo partindo de um caso individual, é índice singular de situações e, como agenciamento coletivo de enunciação, não remete a um sujeito. Para compor esse exercício, traz três eixos de análise: as modulações biopolíticas impressas nos modos de trabalhar no contemporâneo; a aproximação de uma docente no exercício de seu trabalho; e a apresentação de como a invenção precisa ser pensada em meio a políticas públicas. Nesse caminho, o texto parte de algumas contribuições de M. Foucault no que tange à análise do trabalho no contemporâneo, indicando uma importante inflexão nos modos como uma Psicologia do trabalho tem sido efetivada. A análise realizada, a partir da experiência com docentes, indica a importância de se apostar em uma gestão do trabalho como instância clínica, como desvio, que se constitui meio às relações de poder, meio à necessidade de produção de ruptura com o que está instituído em ambientes laborais hoje.
Este artigo é fruto de pesquisa qualitativa de mestrado em Psicologia Institucional e teve como campo de intervenção uma escola municipal de modalidade Educação de Jovens e Adultos, na cidade de Vitória, estado do Espírito Santo. Fez parte também de um conjunto integrados de pesquisas realizadas na mesma EMEF. O objetivo geral foi analisar como os educadores participantes estabeleciam conexões com o paradigma militante presente no cotidiano de trabalho na escola. O método utilizado foi o cartográfico e a metodologia se deu por levantamento bibliográfico, utilização de diário de campo, entrevistas e gravações de áudio. O material produzido subsidiou a realização das entrevistas semiestruturadas, além da qualificação de informações coletadas acerca da militância. Para resguardar o sigilo, tanto a escola quanto os participantes não foram identificados. Concluímos que a urgência por outros modos militantes foi demonstrada naquela escola através de um plano ético de subjetivação, cuja existência foi demonstrada em ações micropolíticas que constituíram no plano hermenêutico o seu êthos, conforme a teoria foucaultiana.
Federal do Espirito Santos Resumo Este artigo tem o objetivo de refletir sobre o movimento das ocupações estudantis às escolas secundaristas, ocorridas em 2016, bem como analisar seus efeitos no cotidiano de uma escola municipal de Educação de Jovens e Adultos da cidade de Vitória (ES). Para tanto, nos basearemos nas concepções de vita activa e de política de Hannah Arendt e traremos narrativas de alguns momentos vividos pelos atores desta escola durante as ocupações. Estaremos, ainda, norteados pela metodologia da pesquisa-intervenção em Análise Institucional para a realização destas análises. Assim, pretendemos compreender como a atuação da escola perfaz a construção de uma vida ativa e, ao mesmo tempo, reafirma a produção de uma educação militante. Palavras-chave: política; educação; ocupações; vida ativa; militância. Resumen Este artículo tiene el objetivo de reflexionar sobre el movimiento de las ocupaciones estudiantiles a las escuelas secundarias, ocurridas en 2016, así como analizar sus efectos en el cotidiano de una escuela municipal de Educación de Jóvenes y Adultos de la ciudad de Vitória (ES). Para esto iremos nos basar en las concepciones de vita activa y de política de Hannah Arendt y traeremos narrativas de algunos momentos vividos por los actores de esta escuela durante las ocupaciones. También estaremos orientados por la metodología de la investigación-intervención en Análisis Institucional para la realización de estos análisis. Así, pretendemos comprender cómo la actuación de la escuela constituye la construcción de una vida activa y, al mismo tiempo, reafirma la producción de una educación militante. Palabras clave: política; educación; ocupaciones; vida activa; militancia. Nosso ponto de partida e problematização Neste artigo, objetivamos analisar os efeitos das ocupações estudantis, ocorridas no ano de 2016, no cotidiano e práticas de trabalho de uma escola municipal de Educação de Jovens e Adultos de Vitória (ES). Pretendemos refletir sobre as ocupações estudantis e compreender a sua importância para a construção de uma educação militante. Partimos de uma pesquisa de mestrado 1 , baseada no modo de atuação da Análise Institucional (AI) e na metodologia da pesquisaintervenção. Também estaremos conduzindo as reflexões baseados nos conceitos de vita activa e de política de Hannah Arendt.
Este ensaio tem por objetivo estabelecer uma reflexão de como a prática do yoga pode constituir-se como áskesis, como prática ascética, no sentido dado por Foucault, com base nas antigas práticas gregas do cuidado de si. Não pretendemos traçar simples semelhanças,visando igualar o yoga e as práticas antigas gregas, mas mostrar como a prática do yoga pode apresentar elementos de áskesis, tal como caracterizada por Foucault. Assim, veremos que o yoga pode produzir um contato do sujeito consigo e constituir uma estilística para a produção de transformações na vida. Diante da relevância que o yoga tem adquirido atualmente como prática corporal, destacamos a importância de refletir quais modos éticos e práticos junto à vida a prática pode suscitar.
Quando olhares essas folhas presas nessa encadernação, ávidas por uma(um) leitora(leitor), não tenhas sequer um minuto de indecisão. Atende ao chamado e vem folheá-las. São palavras e mais palavras desejosas de serem lidas, sedentas de voarem ao vento e se alastrarem pela cidade. Mas se engana quem pensa que nessas folhas só encontrará beleza e magia. Saiba, pois, que aqui se encontra um emaranhado de pitoresco de poesia, de alegria e dor. As palavras suaves, apesar de sua leveza, também trazem consigo a dureza da realidade de centenas, e talvez, milhares, crianças e adolescentes brasileiras(os) que têm suas vidas marcadas pela criminalização, pela penalização e pelas diversas formas de encarceramento. Quem se aventurar por estas folhas verá que "não é justo que tanta miséria caiba em tanta beleza" (AMADO, 1973, p. 17). É assim no nosso país, nem só a casca amarela e bonita da laranja e tampouco apenas os gomos podres que repugnam ao paladar. "É uma festa e é também um funeral" (AMADO, 1973, p. 17).
Uma escola são muitas paredes, cada uma com sua própria história pra contar. Uma escola é chão que se estende, recoberto de passos que nunca vão se apagar. Uma escola é o teto manchado, é o lixo espalhado, é o armário que não fecha, é o aviãozinho que nunca voou. São vozes. São pessoas. É, sim, um prédio e um espaço e um lugar e uma escola — e são vidas e histórias.
ResumoTrata-se de uma pesquisa que intenciona tomar contrações e dilatações do tempo, em suas relações com os modos de vida no contemporâneo, na cidade.Há uma tentativa de delinear experimentações, que por meio de desvios e desalinhos, desenham um tempo rizomático. Para tal, a pesquisa primou pela processualidade em seus fazeres, forjando seus aliados pela conversa, acompanhando olhares da cidade de Vitória (Espírito Santo) em quatorze de seus habitantes, que dialogam com os modos de habitar a cidade e sua relação com uma produção de subjetividade. Para tanto, nas trilhas especialmente de Pélbart, Deleuze e Foucault, encontrou-se seus intercessores. Palavras-chave:Tempo. Vida. Cidade. Abstract This is a research that intends to take contractions and dilatations of time in its relations with ways of life on the comtemporary, in the city. There's an attempt of of sketching out experimentations using diversions and disorders, draws a rhizomatic time. In order to achieve this, the research topped by processuality on its makings, forging its allys by conversation, accompanying views from the city of Vitória (Espírito Santo) by fourteen of its citizens, byeach is possible to dialogue with ways of dwelling the city and its relationship with a production of subjectivity. To achieve this, on tracks, specially, found on Pelbart, Deleuze and Foucault its intermediators.
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