Resumo: Estudos recentes sugerem que doenças como diabetes tipo 2, coronariopatias, hipertensão arterial e obesidade, relacionam-se a um inadequado crescimento intra-uterino, fenômeno denominado programação ou hipótese da origem fetal de doenças. Deste modo, a nutrição durante o período gestacional mostra-se como um importante campo para investigação científica, uma vez que o baixo peso ao nascer ainda apresenta-se como importante problema de saúde pública em países em desenvolvimento e que, grande porção destas nações vivencia o processo denominado transição nutricional, onde mudanças econômicas, nutricionais e de estilo de vida permitem maior desenvolvimento de obesidade. Palavras-chave:Baixo peso ao nascer; obesidade; programação.Estudos recentes sugerem que doenças como diabetes tipo 2, coronariopatias, hipertensão arterial e obesidade, relacionam-se a um inadequado crescimento intra-uterino, fenômeno denominado programação ou hipótese da origem fetal de doenças 1-5 .Entende-se por programação a modificação permanente na estrutura, fisiologia ou metabolismo de um órgão devido a estímulos ou agravos durante um período crítico de desenvolvimento 6,7 . Um dos mais importantes tipos de programação consiste naquele induzido pela nutrição no início da vida, sendo o baixo peso ao nascer um marcador de deficiente nutrição fetal 1 .No caso da desnutrição intra -uterina, o feto desenvolve mecanismos de adaptação metabólicos e endócrinos para sua sobrevivência em situações de restrição nutricional, no entanto, após o nascimento, com a normalização da oferta de alimentos, esta adaptação pode acarretar efeitos deletérios em longo prazo, como obesidade e intolerância à glicose 2,8 . A hipótese da origem fetal de doenças parece relacionar-se ao crescimento intra-uterino restrito e não apenas ao baixo peso ao nascer, desse modo, bebês prematuros com peso adequado para idade gestacional estariam protegidos de complicações futuras 2 .Os primeiros achados epidemiológicos sobre a hipótese de que restrições nutricionais *
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