RESUMO Este estudo analisa a literatura científica sobre como as emendas parlamentares em saúde se inserem na discussão sobre a alocação de recursos federais. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa do assunto selecionado. Utilizou-se o portal BVS visando a identificar aqueles estudos que se vinculariam a ‘emendas parlamentares’ e ‘alocação de recursos’, simultaneamente. Diante da dificuldade de identificar descritores vinculados diretamente a ‘emendas parlamentares’, optou-se por uma estratégia de busca com uso do termo ‘emendas parlamentares’ no título, em adição aos descritores que se relacionam com o tema. Foram identificados, inicialmente, 47 estudos que, após análise do título e do resumo por três pesquisadores, reduziram-se a 07 (15%). Entre os estudos incluídos, 03 (37,5%) são monografias, 03 (37,5%) são teses e 02 (25%) são artigos. Os anos dos estudos vão desde 1995 a 2018. Mesmo sendo um tema antigo, a relação entre as emendas e a alocação de recursos em saúde é pouco pautada na literatura. Os poucos estudos existentes consideram as emendas parlamentares como instrumento de barganha política do poder executivo com o poder legislativo e relatam o uso de critérios políticos desconsiderando o papel do planejamento orçamentário em diminuir as desigualdades regionais em saúde.
O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico da febre amarela (FA) em Minas Gerais, região sudeste do Brasil. Trata-se de estudo transversal, do tipo série de casos, analisando as notificações de FA entre 03 de janeiro de 2016 a 08 de julho de 2017. Foram notificados 1.677 casos, sendo 427 confirmados e 133 óbitos; com taxa de letalidade de 31,3%. A maioria dos casos foi em homens, adultos jovens, ocupação rural e baixa escolaridade. Em 2016, 28 municípios notificaram epizootias e 1 confirmou morte de macaco por FA. Em 2017, 182 municípios notificaram e 142 confirmaram. No período analisado, a cobertura vacinal média foi inferior a 90% em 96% das Unidades Regionais de Saúde. Destacam-se elevadas porcentagens de campos não preenchidos. Constatou-se elevado número de casos no período analisado. Considerar o perfil epidemiológico da doença no Estado é importante para direcionar as ações de controle, movendo esforços para os grupos mais vulneráveis.
OBJETIVO: Mapear a contribuição da telemedicina para o acesso à saúde dos pacientes portadores de doenças crônicas em ações de cuidados continuados (exceto para covid-19) no contexto da pandemia. MÉTODOS: Trata de revisão de escopo, com adaptação da metodologia Prisma-Scr e utilizou a estratégia População (Pacientes portadores de doenças crônicas), Conceito (Telemedicina como ferramenta de acesso à saúde) e Contexto (Pandemia de covid-19). Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Scopus, Embase, Web of Science, LILACS e SciELO, que resultou em um total de 18 artigos ao final da revisão. As dimensões de análise utilizadas foram tecnológica, sociocultural e assistencial. RESULTADOS: Entre os artigos analisados, 88% demonstraram o aumento do uso da telemedicina para realização do cuidado durante a pandemia. Identificamos que a utilização da telemedicina esteve relacionada positivamente com a diminuição de complicações e a falta de necessidade de deslocamento físico para o atendimento com ampliação da assistência para áreas rurais. Barreiras importantes foram apresentadas, sendo a exclusão digital e barreiras socioculturais de idioma e falta de acessibilidade dos instrumentos tecnológicos para portadores de deficiência as principais. CONCLUSÕES: A inovação nos arranjos assistenciais ressalta a importância do trabalho vivo no processo de produção do cuidado, com o emprego de tipos de tecnologias diversos, e expressa tensionamentos em decorrência das forças atuantes na micropolítica do cuidado. Concluimos que, apesar de barreiras importantes, a telemedicina contribuiu para o cuidado dos pacientes crônicos durante a pandemia de COVID-19.
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