This article explores how the adoption of company sponsored smart phones inflicts upon the lives of professionals. Drawing upon qualitative interviews at a law firm in Brazil, the experiences of new smart phone users are reported upon in detail. Increased accessibility, accuracy and speed in exchanges gave the users a sense of autonomy and flexibility. However, the technology also helped to intensify the organisation's hold on employees outside of regular working hours, reaching into new settings, time slots and social contexts. Employees expressed concerns regarding demands from superiors that negatively affected their private spheres, yet many of them paradoxically requested more efficient smart phone connectivity. The article focuses on the justifications, the different narrative strategies, employed by professionals for their conscious engagement in escalating work connectivity. It is suggested that these justifications display users' attempt to 'dis-identify' with the role and practice they perform.
RESUMO Esta pesquisa objetivou compreender os impactos que a adoção do home office, no período da quarentena da Covid-19, teve no conflito trabalho-família vivida por trabalhadoras brasileiras. Para alcançar o objetivo, foram entrevistadas 14 profissionais com diferentes arranjos familiares. Todas as entrevistadas relataram sobrecarga de trabalho devido às exigências organizacionais, às demandas com os filhos e com a casa. Apesar disso, cabe destacar que, de acordo com os depoimentos, a sobrecarga de trabalho não intensificou o conflito trabalho-família para todas, o que vai na contramão do previsto na literatura. Algumas entrevistadas alegaram que o home office aproximou-as dos filhos e maridos e propiciou mais tempo para atividade físicas e de lazer. Tal achado pode contribuir para ampliar o debate sobre o conflito trabalho-família, muitas vezes conflituosa, ao postular que não apenas o tempo, a pressão e o comportamento são fontes deste conflito, mas também a distância física que as horas dedicadas ao trabalho fora de casa requerem.
Em meio a transformações nas carreiras e relações produtivas na atualidade, (BALASSIANO e COSTA, 2006; DUTRA, 2010), uma nova geração de profissionais está entrando no mercado de trabalho. Essa geração tem sido caracterizada pela literatura não acadêmica como sensivelmente diferente das antecessoras (ALSOP, 2008; MUNRO, 2009). No entanto, em estudos científicos, as diferenças observadas parecem bem menos acentuadas (CENNAMO e GARDNER, 2008; WONG, GARDINER, LANG et al., 2008). As mudanças no âmbito das carreiras e o ingresso no mercado de trabalho dessa nova geração motivaram a realização deste estudo que objetivou conhecer as expectativas de jovens profissionais em formação quanto às recompensas tangíveis e intangíveis que desejam obter no trabalho, através de entrevistas com estudantes do curso de graduação em Administração de universidades privadas do Rio de Janeiro. Diante de uma pergunta ampla acerca do que desejariam encontrar nas organizações, jovens com idades entre 20 e 28 anos revelaram seus sonhos e anseios. A análise dos relatos sugere que há mais em comum entre os membros da geração Y e seus antecessores do que a literatura não acadêmica nos faria crer. As observações desta pesquisa oferecem suporte à noção de que jovens funcionários talvez estabeleçam contratos psicológicos que favorecem o prazer, a liberdade e o envolvimento social. Ao mesmo tempo indicam que o novo parece coexistir com o tradicional, pois anseios contemporâneos combinam-se a desejos comuns às gerações anteriores, reforçando a percepção de que existem expectativas relacionadas ao trabalho que subsistem, a despeito de mudanças objetivas na esfera produtiva.
ResumoOs chamados sistemas de trabalho de alta performance refletem a necessidade de organizações fortalecerem o envolvimento do trabalhador para que este responda mais rapidamente às demandas por resultados. Apesar de as práticas de alta performance promoverem uma gradual intensificação no trabalho e o aumento do nível de stress dos trabalhadores, e, portanto, restringirem a qualidade de vida e o bem-estar no trabalho, empresas de alta performance exercem grande poder de atração nos profissionais qualificados, o que enseja a indagação sobre os mecanismos que promovem essa atratividade. Para investigar esta questão, este estudo se debruça sobre os discursos proferidos por profissionais que atuam na área de recursos humanos de empresas de alta performance atuantes no Brasil. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas em profundidade com esses profissionais, com perguntas amplas sobre as atividades de recrutamento e seleção de funcionários. Os argumentos e motivos que permeiam os discursos desses profissionais foram analisados à luz do repertório conceitual da Teoria Crítica, particularmente o debate sobre as racionalidades que orientam a ação social. O exame dos discursos aponta para uma comunicação instrumentalmente orientada e para a distorção sistemática do processo comunicativo no interior das organizações, em detrimento do equilíbrio entre vida e trabalho e do bem-estar individual e interpessoal.Palavras-Chave: Intensificação do trabalho. Racionalidade. Teoria crítica. Distorção comunicativa. AbstractThe so-called high performance systems reflect the organizations' need to strengthen worker involvement in order to respond more quickly to demands for results. Despite the fact that high performance practices promote work Artigo submetido em 24 de setembro de 2013 e aceito para publicação em 10 de outubro de 2014.
RESUMOA teoria do capital humano e a discussão contemporânea acerca da empregabilidade abordam os impactos do capital educacional nas práticas produtivas dos indivíduos numa estrutura socioeconômica capitalista. O discurso corrente sobre essa relação tende a valorizar os efeitos da escolaridade diante da renda obtida pelos trabalhadores e das suas chances de inserção no mercado de trabalho. Este trabalho analisa estatisticamente as relações entre escolaridade, salário e empregabilidade pela perspectiva de um modelo estrutural, visando avaliar premissas da teoria do capital humano e da empregabilidade numa situação concreta. Para isso foi utilizada a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e do Emprego, com informação sobre os indivíduos que se encontravam no mercado formal de trabalho na Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 1999. Os resultados mostraram que o impacto da escolaridade no nível de salário e na empregabilidade deve ser visto com ressalvas.Palavras-chave: teoria do capital humano; empregabilidade; mercado de trabalho; modelo de equações estruturais. ABSTRACTBoth the human capital theory and the contemporary discussion of the employability approach the actual impacts of the education capital on the productive practices of people in a capitalist socioeconomic society. The main stream of this relationship tends to emphasize the education effects in the income received by the workers, as well as their chances to get into and remain in the work market. The present paper statistically analyses the relationships between education, wages and employability under the perspective of a structural equation model, in order to compare and to contrast both theories, using real data. Rais dataset, with information of the subjects working in the formal work market in the metropolitan area of Rio de Janeiro in 1999 was used to test the model. The results revealed that the impact of the education on wages and employability should be regarded with some caution.
A qualificação profissional tem sido alardeada como um diferencial para a inserção no mercado de trabalho dos egressos de cursos de graduação. Com base em premissas típicas da teoria do capital humano, considera-se o investimento em educação estratégico para impulsionar a ascensão social dos indivíduos e potencializar o crescimento econômico da sociedade. Todavia, a análise do estudo de Bourdieu (1988) acerca da mobilidade social da sociedade francesa na década de 1970 leva ao questionamento dessa suposta relação causal entre formação e empregabilidade, na medida em que revela outros vetores que influenciam a ascensão social dos indivíduos. Segundo o autor, as classes econômica e culturalmente mais favorecidas oferecem mais acessos a posições de maior potencial no mercado de trabalho a seus descendentes do que as da base do estrato social. Esta investigação teve como objetivo testar a validade das proposições de Bourdieu, a partir de uma pesquisa feita com 98 formandos e egressos de um curso de administração de empresas de uma renomada IES do Rio de Janeiro. Como conclusão, foi possível identificar relações entre as origens desses egressos e sua inserção no mercado de trabalho, ligando a bagagem cultural e econômica de sua família, às empresas e aos postos aos quais ascenderam.
RESUMoApesar da atenção que a Geração Y vem recebendo, nos últimos tempos, os estudos que mapeiam as atitudes desses indivíduos relacionadas ao trabalho têm dedicado pouca atenção para compreender as diferenças que o gênero pode produzir, em um mesmo grupo geracional. Todavia, entende-se que as diferenças de gênero precisam ser melhor compreendidas, pois, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012), as mulheres representam 45,4% da atual força de trabalho brasileira. A importância crescente das mulheres no mercado de trabalho traz para as organizações o desafio de atrair e reter essa parcela da força de trabalho, cujas demandas não são necessariamente iguais às dos homens. A escassez de estudos acerca das expectativas relacionadas à carreira de mulheres da denominada Geração Y motivou a realização do presente trabalho, que procurou entender os anseios das jovens no que diz respeito à construção de suas trajetórias profissionais. Para responder a essas indagações, realizou-se uma pesquisa qualitativa, entrevistando-se jovens nascidas entre 1980 e 2000. Buscou-se compreender o que essas profissionais esperam de sua inserção no mercado de trabalho. Os resultados da análise confirmam parte das descrições da literatura recente sobre os Yrs, pois as entrevistadas se revelaram desejosas de sucesso, reconhecimento profissional e remuneração atraente, mas também sinalizam divergências, indicando algumas especificidades do gênero expressas nas ponderações feitas pelas jovens com relação à dedicação ao trabalho quando se tornarem mães e esposas.Palavras-chave: Geração Y. Carreira. Mulheres.
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