O presente estudo teve como objetivo refletir acerca da experiência de trabalho no Exército Brasileiro e seus efeitos na subjetivação de militares- músicos, identificando suas estratégias de acomodação, resistência e singularização (invenção de vida) para lidarem com o modelo disciplinar e vigilante da instituição. Participaram deste estudo, de caráter qualitativo, descritivo e exploratório, sete sargentos músicos, pertencentes a uma banda de música do exército de uma cidade do Rio Grande do Sul, no Brasil. Para se aproximar das experiências dos participantes, utilizou-se a técnica de grupo focal. As análises foram construídas considerando a noção de poder, especialmente a partir do referencial foucaultiano, e autores do campo das representações sociais. Foi percebida uma distinção entre ser músico ou militar músico, além de um forte sentimento de desvalorização dos militares-músicos. Concluiu-se que a música é um dispositivo importante para a saúde mental dos trabalhadores no exército, propiciando processos de resistência e a permanência em contexto militar.
Objetivo: contribuir com reflexões acerca da maternidade substitutiva. Metodologia: realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática, de artigos em português, em bases de dados eletrônicas (PubMed, Scielo, BVS e Periódicos CAPES), de 2015 a 2020, resultando em quatro artigos que compõem a revisão. Resultados: os quatro estudos apontam para a inexistência de legislação específica no Brasil sobre as técnicas de reprodução assistida e a maternidade substitutiva e suas consequências. Um artigo destaca a importância do envolvimento de um(a) profissional psicólogo(a) na maternidade substitutiva. Conclusão: atualmente, devido à inexistência de legislação brasileira específica, são seguidas as resoluções do Conselho Federal de Medicina sobre as técnicas de reprodução assistida e maternidade substitutiva. O(a) profissional psicólogo(a) pode contribuir no processo da maternidade substitutiva. Ressaltamos a importância de discussões e disseminação do tema.
A infertilidade tem sido considerada um problema de saúde pública e condição enfrentada por diversas pessoas no mundo. A presente revisão teve como objetivo investigar os fatores: estilo de vida, modelos de masculinidades e atenção à saúde sexual e reprodutiva de homens com infertilidade. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa de 24 artigos científicos revisados por pares. Os resultados foram organizados a partir de três categorias de análise: interferências de fatores genéticos, ambientais e estilo de vida na infertilidade em homens; impactos do modelo de masculinidade hegemônica em homens inférteis; problemas enfrentados na atenção à saúde sexual e reprodutiva de homens. Tais resultados indicam o quanto a infertilidade em homens ainda é compreendida por uma visão biologicista e médica, atravessada por mitos e estereótipos. As masculinidades interferem nas representações sociais sobre a infertilidade em homens, a qual primeiramente é vista como ligada às mulheres e não aos homens. Os serviços de saúde ainda possuem barreiras no que se refere ao atendimento no campo da saúde sexual e reprodutiva de homens, particularmente porque os homens ainda apresentam resistência para cuidar de sua saúde preventivamente.
Violência contra as mulheres e Teoria das Representações Sociais: revisão integrativaLa violencia contra las mujeres y Teoría e de Las Representaciones Sociales: revisión integrativaViolence against women and Social Representations Theory: integrative review
A pandemia do COVID-19 tem causado muitas mortes no mundo todo. Medidas de saúde pública foram tomadas para controlar a propagação do vírus causador da doença, dentre elas o distanciamento social. Observa-se que esta medida pode impactar na violência contra as mulheres e, igualmente, favorecer o terrorismo íntimo, acirrando medos já existentes e coibindo seus direitos sexuais e reprodutivos. Considerando este contexto, o objetivo deste artigo é tecer reflexões acerca das intersecções entre violência contra as mulheres, as relações de gênero e a ferramenta de distanciamento social em tempos de pandemia da COVID-19, tratando particularmente do terrorismo íntimo. Foi realizado um estudo exploratório e descritivo por meio de um levantamento de documentos de domínio público. O feminismo relacional crítico, particularmente as ideias de Carole Pateman no que se refere à dicotomia público\privado, e a teoria das representações sociais serviram de base para as reflexões desenvolvidas. Conclui-se que para prevenir e coibir a violência, é necessário que se articule com a população modos de descontruir as representações sobre masculinidades, sobre o que é tornar-se mulher, sobre o que é violência e terrorismo e, acima de tudo, romper com a dicotomia entre a esfera pública e a esfera privada.
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