A COVID-19 é uma doença altamente contagiosa e patogênica causada pelo coronavírus, sendo responsável pela maior pandemia da história moderna. Alerta-se para como o vírus se manifesta nos profissionais de saúde, que atuam diretamente com os infectados. Assim, o objetivo do estudo consistiu em analisar aspectos clínicos, demográficos e radiológicos de profissionais da saúde suspeitos ou confirmados com COVID-19. Trata-se de uma pesquisa observacional, retrospectiva e descritiva envolvendo 721 profissionais de saúde de um hospital referência no atendimento de sintomáticos respiratórios. Os mais acometidos foram jovens, pardos e do sexo feminino. Em 9 casos, foram descritos fatores de risco para o agravamento da doença, sendo eles idade, obesidade e hipertensão. A maioria dos profissionais não apresentou sintomas. Dentre os sintomáticos, os sintomas frequentes foram tosse, dor de cabeça, coriza, febre e dor de garganta. No total, 18,3% apresentaram resultados positivos para a infecção, destes, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos foram os mais frequentes. Os setores com maior número de acometidos foram clínica médica, emergência e UTI. Aproximadamente, 92% evoluíram para cura e nenhum óbito foi constatado. Foram realizados 22 exames radiológicos do tórax, dos quais 50% demonstraram alterações. Destes, 60% foram achados típicos, 13,3% atípicos e 26,7% indeterminados para COVID-19. Dentre os achados típicos, 44,5% apresentaram acometimento pulmonar entre 25% e 50% e 22,2% apresentaram acometimento inferior a 25%. Os achados dessa análise foram concordantes com outros dados da literatura, fortalecendo a importância da proteção e segurança daqueles que seguem na linha de frente no combate à COVID-19.