Esse estudo teve como objetivo descrever indicadores epidemiológicos e aspectos clínicos dos novos casos de hanseníase no município de Juazeiro-BA. Trata-se de um estudo ecológico, abrangendo o período de 2018 a 2020. Foram notificados em Juazeiro, 374 novos casos. Nota-se uma redução do número de casos ao longo dos anos. Em relação às características coletadas, houve maior frequência entre homens, em níveis de escolaridade mais baixa e entre jovens e adultos. A faixa etária mais acometida foi a de 40 a 59 anos, a zona mais presente foi a urbana, a forma clínica mais identificada foi a dimorfa e o grau de incapacidade física 0 foi o mais predominante. Os dados apresentados neste estudo revelam que os casos novos de hanseníase ocorridos em Juazeiro-BA entre 2018 a 2020 possuem características similares às observadas nacionalmente. Sob o olhar das variáveis analisadas, observa-se uma redução no número de notificações, um enfoque nos indivíduos analfabetos ou com ensino fundamental incompleto, uma predominância na área urbana; e na forma clínica dimorfa pela maior instabilidade. A faixa etária mais vista é a adulta e no que concerne à detecção, é notada uma hiperendemia. O empenho das políticas públicas e inclusivas devem visar a divulgação e elucidação dos casos, na tentativa de solucionar as iniquidades em saúde, tendo em vista a complexidade em curso, o da hiperendemia.
Acidentes com animais peçonhentos apresentam alta incidência no Brasil e demonstram crescimento de ocorrências devido à persistência dos desmatamentos e à não utilização de materiais de proteção individual nas atividades do campo. Pertencentes à lista de doenças negligenciadas, sua subnotificação no país contribui para essa situação. Com o objetivo de sistematizar dados acerca dos acidentes com animais peçonhentos, foi realizado um estudo observacional, retrospectivo e descritivo dos casos desses acidentes confirmados e notificados na Macrorregião de Saúde do Vale do São Francisco e Araripe e Macrorregião de Saúde do Sertão, no Estado de Pernambuco. As informações foram coletadas pelo banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil. A análise dos dados mostrou que a incidência de notificação dos casos aumentou de 35,88 para 247,01/100.000 habitantes no período estudado; os animais que mais causam essa categoria de acidente são escorpiões (42,9%), abelhas (29,3%) e serpentes (16,3%); sendo as serpentes mais envolvidas nesses episódios, as espécies dos gêneros Bothrops (86,8%) e Crotalus (8,9%); a maioria dos pacientes envolvidos evoluem para casos leves (78,8%); além disso, o grau de escolaridade mais prevalente nos pacientes é de Ensino Fundamental I incompleto (12,45%). Os dados aqui apresentados podem ser utilizados para orientar o desenvolvimento de campanhas de profilaxia e tratamentos adequados no país, auxiliando gestores de saúde e facilitando o trabalho das equipes da atenção básica em saúde.
A COVID-19 é uma doença altamente contagiosa e patogênica causada pelo coronavírus, sendo responsável pela maior pandemia da história moderna. Alerta-se para como o vírus se manifesta nos profissionais de saúde, que atuam diretamente com os infectados. Assim, o objetivo do estudo consistiu em analisar aspectos clínicos, demográficos e radiológicos de profissionais da saúde suspeitos ou confirmados com COVID-19. Trata-se de uma pesquisa observacional, retrospectiva e descritiva envolvendo 721 profissionais de saúde de um hospital referência no atendimento de sintomáticos respiratórios. Os mais acometidos foram jovens, pardos e do sexo feminino. Em 9 casos, foram descritos fatores de risco para o agravamento da doença, sendo eles idade, obesidade e hipertensão. A maioria dos profissionais não apresentou sintomas. Dentre os sintomáticos, os sintomas frequentes foram tosse, dor de cabeça, coriza, febre e dor de garganta. No total, 18,3% apresentaram resultados positivos para a infecção, destes, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos foram os mais frequentes. Os setores com maior número de acometidos foram clínica médica, emergência e UTI. Aproximadamente, 92% evoluíram para cura e nenhum óbito foi constatado. Foram realizados 22 exames radiológicos do tórax, dos quais 50% demonstraram alterações. Destes, 60% foram achados típicos, 13,3% atípicos e 26,7% indeterminados para COVID-19. Dentre os achados típicos, 44,5% apresentaram acometimento pulmonar entre 25% e 50% e 22,2% apresentaram acometimento inferior a 25%. Os achados dessa análise foram concordantes com outros dados da literatura, fortalecendo a importância da proteção e segurança daqueles que seguem na linha de frente no combate à COVID-19.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2023 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.