Este texto é fruto de uma pesquisa realizada através de um estudo de caso etnográfico, tendo a produção das informações por meio de entrevistas, observação participante registrada em diário de campo, grupos de discussão e análise de documentos. Nesse texto nos propomos a analisar como as relações dos sujeitos com os diferentes saberes ressoam na construção curricular de uma escola e da Educação Física. A análise permitiu compreender que a construção curricular da escola, além de outros elementos, sofre ressonâncias e é constituída pelas relações construídas entre os sujeitos e os diferentes saberes, através de suas experiências em meio ao cenário sociocultural.
O presente trabalho analisa as formas pelas quais docentes especialistas de Educação Física e docentes referências vêm assumindo demandas e posições em suas docências no I ciclo. Problematizamos algumas discursividades que nos parecem interpelar as subjetividades dessas(es) docentes, produzindo certos modos de viver a docência no I ciclo. Para tanto, efetuamos um estudo etnográfico em duas escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Foi possível vislumbrar que há certos discursos, sobretudo aqueles relacionados à infância, que instituem posições às(aos) docentes e estabelecem hierarquias entre o coletivo docente. Nesse cenário, a professora referência se responsabiliza por maiores demandas da turma e é compreendida na cultura escolar como “a” professora da turma; enquanto as(os) docentes de Educação Física, por vezes, apresentam menos legitimidade e autoridade perante a turma; ainda, não costumam estar envolvidos nas demais atividades, como reuniões e conselhos de classe de alguma turma.
RESumo A partir da experiência docente em educação física nos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola da rede privada de Porto Alegre-RS, visamos relatar algumas demandas da prática pedagógica em educação física nesta etapa de ensino. Evidenciamos que, muito mais do que conhecimentos relacionados a conteúdos e metodologias de ensino, o trabalho docente exige improvisos e negociação com os demais sujeitos que integram o contexto escolar-sobretudo com o/a professor/a de referência. Ademais, cabe ao docente, no transcorrer das aulas, analisar as implicações das atividades em relação às alunas e aos alunos, visando não reafirmar diferenças construídas socialmente e possibilitar a integração de todas e todos à Cultura Corporal de Movimento. Aprendemos que os saberes docentes são reformulados constantemente em face das implicações do contexto, logo é preciso ter cuidado para não se deixar acomodar com as rotinas elaboradas e rever sempre as intenções pedagógicas, bem como o fazer docente.
O presente trabalho constitui-se como um relato de experiência que problematiza gênero na escola. Viso socializar algumas questões de gênero emergentes do contexto escolar e algumas proposições realizadas. O trabalho referido foi realizado em uma escola da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre no ano letivo de 2018, com turmas do terceiro ano do Ensino Fundamental.
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