objetivo deste estudo foi entender a essência do princípio educativo que rege o Movimento de Economia Solidária (MES), seus sentidos e significados, indagando sobre seu caráter emancipatório, partindo do pressuposto de que o processo educativo na economia solidária seja capaz de criar novos significados e orientações políticas estratégicas, buscando ir além da própria esfera econômica, alcançando campos cada vez mais amplos da política e da cultura.Nesta pesquisa, para a discussão da emancipação e seus elementos norteadores, deu-se destaque a intelectuais que têm a educação como objeto de suas preocupações filosóficas. Assim, nos apropriamos, principalmente, das ideias do italiano Antônio Gramsci e do brasileiro Paulo Freire. A dimensão de estudo que abrigou esta tese foi o da História Social, voltada para uma história das massas ou para uma história dos grupos sociais, ou seja, o que haveria de relevante a ser estudado não era certamente a história dos grandes homens, ou mesmo a história política dos grandes Estados e das instituições, mas sim a história das relações entre os diversos grupos sociais presentes em uma sociedade, particularmente nas suas situações de conflito. Sendo assim, foi possível afirmarmos que a educação promove a aprendizagem de conhecimentos emancipatórios, que contribuam e possibilitem o indivíduo a agir conscientemente, engajando-se na luta por transformações das condições perversas, injustas e negadoras da dignidade humana. Em suma, isso nos permitiu concluir que, para este estudo específico, as práticas socioeducativas nos EES colaboram com a perspectiva da formação humana para a emancipação, considerando estes espaços não escolares como um celeiro de desenvolvimento ideológico contra-hegemônico.
A presente pesquisa buscou analisar a produção do conhecimento, de 2003 a 2020, no campo da economia solidária e as práticas para a autogestão no contexto da educação não formal. Assim, nos apropriamos, principalmente, das ideias Romanowski e Ens, Gohn e Singer. Para isso, foi realizada uma pesquisa do tipo Estado da Arte e, para a construção do corpus de dados, foram utilizados os resumos de artigos publicados em revistas científicas, dissertações e teses. Os resultados do presente estudo demonstram que a produção do conhecimento da economia solidária e das práticas para a autogestão no contexto da educação não formal ainda é um campo fértil para o desenvolvimento de novas investigações, indo ao encontro dos pressupostos elencados, pois se conjecturou que havia poucas pesquisas publicadas na área em função do resultado de outros estudos já publicados.
O objetivo do estudo foi analisar os impactos da pandemia da covid-19 na Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos gestores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus João Pessoa, em atividades home office. Tratou-se de estudo de caso aplicado, exploratório-descritivo, com amostra (n=39) não probabilística, selecionada por acessibilidade e conveniência. Os dados foram coletados por meio de envio de questionário eletrônico, tratados e analisados por meio da estatística descritiva. Houve predominância do sexo masculino (53,8%), com faixa etária entre 30 e 39 anos (43,6%), doutores (33%) e com função gratificada (61,5%). As percepções dos gestores – quanto aos aspectos organizacionais, ambientais e comportamentais na QVT em home office no contexto pandêmico – foram positivas em sua maioria, porém que exigem a melhoria no cotidiano organizacional.
A Economia Solidária pode ser entendida como experiências econômicas fundamentadas em valores diferenciados e praticadas a partir da autogestão. Este trabalho teve o objetivo entender como a educação pode fortalecer a Economia Solidária, buscando trazer, inclusive, algumas das temáticas educativas demandadas pelos trabalhadores e trabalhadoras da ES. Inicialmente dialogou-se sobre o papel da Educação no Modo de Produção Capitalista, a fim de entendê-la, também, enquanto instrumento de transformação. Foi trazido para o debate as possibilidades de espaços de educação (educação formal, informal e não-formal) com vistas na defesa da educação não-formal como o espaço pedagógico mais apropriado para a ES, aliada a prática da educação popular. Por fim, uma pesquisa exploratória, descritiva e de caráter qualitativo, realizada com os coordenadores do Fórum de Economia Solidária de Guarabira e Região, através de um grupo focal e entrevistas semiestruturadas, possibilitou constatar diversas demandas formativas, relacionadas a gestão dos empreendimentos, aspectos organizacionais, mas, principalmente, sobre os princípios e valores que norteiam a ES. Sugere-se o desenvolvimento de novas pesquisas direcionadas a essas demandas e preocupadas com a adaptação do conhecimento científico ao perfil do público direcionado.
As (trans)formações socioeconômicas vivenciadas pelas sociedades contemporâneas vislumbram ações inclusivas, equânimes e que melhorem a vida das pessoas. A partir daí, surgiu o conceito de Empreendimento Econômico Solidário (EES), pautado nos ideais de solidariedade, cooperação e autogestão. Neste contexto, o objetivo do presente artigo é apresentar uma proposta de protocolo de revisão de escopo sobre a atuação do EES relacionada às práticas de autogestão no Brasil. O protocolo prospecta as etapas metodológicas para o estudo em questão. Espera-se que esta revisão mapeie as evidências científicas relativas à atuação dos EES para as práticas de autogestão no país.
Desde seu surgimento, em 2017, o Núcleo de Estudos em Gestão e Negócios (NEGN), do Instituto Federal da Paraíba, perpassa por uma rotatividade de atores, principalmente de alunos. Com o intuito de contribuir com a tríade ensino-pesquisa-extensão, estudantes e docentes uniram-se para criar o NEGN. Desde então, projetos de relevância social, acadêmica e pessoal têm sido incorporados na rotina dos integrantes do núcleo e de seus parceiros sociais. A indissociabilidade da tríade ensino-pesquisa-extensão é enfatizada nos princípios da extensão universitária, considerando a interação dialógica, a interdisciplinaridade e interprofissionalidade, o impacto na formação do estudante e a transformação social. Cada um dos elementos da tríade possui estruturas e práticas próprias, que podem estar interligadas entre si (GONÇALVES, 2015). Os projetos de extensão possuem maior representatividade do total de projetos executados pelo NEGN e estão ligados principalmente a ambientes pertencentes à economia solidária. Com a rotatividade de atores, percebeu-se a necessidade de estimular a consolidação da identidade do NEGN por parte dos membros envolvidos. As estratégias de acompanhamento e avaliação durante a execução da proposta foram ligadas aos indicadores de resultados, tendo como propósito a identificação de problemas potenciais antes que ocorram, sendo balizados a partir de: a) consolidação da equipe de atuação do núcleo; b) números de reuniões realizadas para a validação de propostas elaboradas do constructo do projeto; c) reuniões de avaliações para possíveis ajustes ao longo da execução das atividades; d) acompanhamento das metas/atividades por meio de registros fotográficos, listas de frequência dos bolsistas e voluntários, bem como listas de presença das reuniões realizadas. Ressalta-se que estes possuem características diferentes, como: idade, tempo de participação no núcleo e formação. Nesse sentido, este estudo tem o intuito de fortalecer a identidade do NEGN da Rede Rizoma, potencializando as práticas extensionistas. A metodologia do trabalho obedeceu a cinco etapas, sendo elas: a) levantamento e atualização dos membros do NEGN; b) reunião de apresentação do núcleo para os novos membros; c) atuação junto à comunidade local; d) planejamento do NEGN e e) atuação de algumas frentes de trabalho nas vertentes das práticas extensionistas. Com as etapas de planejamento sendo executadas, o NEGN tem amadurecido a sua identidade, diante da contribuição de partes interessadas (alunos, professores, parceiros sociais, sociedade etc.). Melhorias no NEGN podem ser denotadas diante do planejamento estratégico executado: maior número de treinamentos executados para os integrantes, empreendimentos e a sociedade em geral; papéis bem definidos para cada membro do núcleo; comunicação próxima e ativa no instagram do núcleo; definição de priorização de necessidades do núcleo; aumento no número de projetos executados com o apoio de órgãos de fomentos à Página 1428
<p class="Textbody"><strong>Resumo</strong></p><p class="Textbody"> </p><p class="Textbody">O presente artigo esclarece a questão da educação para os direitos humanos no espaço não formal de ensino, fazendo uma análise do tema e considerando as representações das detentas encarceradas no sistema penitenciário paraibano. Assim, a proposta deste artigo é identificar, a partir das perspectivas das presas, qual o entendimento delas sobre os direitos humanos, pois a educação voltada para esses direitos pode trazer benefícios para elas e para o desenvolvimento social como um todo. O estudo também busca identificar se há um interesse das detentas em aprender mais sobre essa temática. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de campo, com uma abordagem qualitativa, tendo sido também realizados levantamentos bibliográficos e documentais. Já no que se refere à coleta dos dados, foi realizada junto às detentas por meio de entrevistas individuais e semiestruturadas. Quanto à estratégia para tratamento dos dados utilizou-se a análise do discurso seguindo a linha francesa de Michel Pêcheux. No caso dessa pesquisa, temos um tipo de amostragem não probabilística, já que as mulheres participantes foram escolhidas mediante critérios previamente delineados. Em linhas gerais, os resultados da pesquisa demonstram que é necessário o desenvolvimento da educação para os direitos humanos no ambiente carcerário, espaço não formal de ensino, e que há um interesse das apenadas em aprender mais sobre esse tema.</p><strong>Palavras-chave:</strong> 1. Educação não formal 2. Educação nas prisões 3. Direitos humanos
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