ResumoEste estudo revisa os métodos e índices empregados para Aedes aegypti e Aedes albopictus em programa de vigilância entomológica. A medida do nível de infestação urbana e os fatores de risco de transmissão da dengue e febre amarela foram abordados. Os índices foram descritos de acordo com os estágios imaturos e adulto do vetor e respectivo significado epidemiológico. Uma análise crítica dos índices foi feita para facilitar a compreensão da densidade do vetor como fator de risco. Além disso, as vantagens e desvantagens dos índices ajudarão escolher o mais apropriado índice para medir o nível de infestação em cada município.Palavras Chaves: Vigilância Vetorial; Índices; Aedes aegypti e Aedes albopictus.
SummaryThe methods and indices used for Aedes aegypti and Aedes albopictus in the programme of entomological surveillance are reviewed. The measurement of the urban infestation level and the risk factors for dengue and yellow fever transmission are discussed. The indices for the immature and adult stages of the vector and their respective epidemiological significance are described. A critical analysis has been made to facilitate the understanding of vector density as a risk factor. The advantages and disadvantages of the indices will help in the choice of the most appropriate one to measure the infestation level in each county.
Dengue epidemics have been reported in Brazil since 1985. The scenery has worsened in the last decade because several serotypes are circulating and producing a hyper-endemic situation, with an increase of DHF/DSS cases as well as the number of fatalities. Herein, we report dengue virus surveillance in mosquitoes using a Flavivirus genus-specific RT-Hemi-Nested-PCR assay. The mosquitoes (Culicidae, n = 1700) collected in the Northeast, Southeast and South of Brazil, between 1999 and 2005, were grouped into 154 pools. Putative genomes of DENV-1, -2 and -3 were detected in 6 mosquito pools (3.8%). One amplicon of putative DENV-1 was detected in a pool of Haemagogus leucocelaenus suggesting that this virus could be involved in a sylvatic cycle. DENV-3 was found infecting 3 pools of larvae of Aedes albopictus and the nucleotide sequence of one of these viruses was identified as DENV-3 of genotype III, phylogenetically related to other DENV-3 isolated in Brazil. This is the first report of a nucleotide sequence of DENV-3 from larvae of Aedes albopictus.
Relatam-se observações sobre o ciclo diário de atividade, por parte de mosquitos Culicidae de mata residual, em área de ambiente intensamente modificado por exploração agropecuária, no Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil. Foram levadas a efeito, com ritmo bimensal, capturas ininterruptas de vinte e cinco horas com isca humana, além de coletas simultâneas com ardilhas tipo Shannon em ambiente intra e extra florestal. Os resultados evidenciaram o caráter diurno e noturno das espécies mais freqüentes, com destaque para o Ae. scapularis e Ae. serratus que, embora com atividade classificada como diurna, mantêm atuação apreciável também durante a noite. Em relação ao primeiro acrescenta-se a ocorrência de nítido pico endocrepuscular vespertino, e a manutenção de sua presença no meio extraflorestal. De maneira geral, essas duas espécies mostram-se presentes todos os meses do ano, com dominância de Ae. scapularis sobre Ae. serratus somente no mês de junho, ocasião porém em que aquele sobrepuja a este de maneira considerável. Tais feições caracterizam quadro que permite atribuir àquele mosquito maiores oportunidades de contato com a população humana e, por conseguinte, papel importante na veiculação de arboviroses, em especial modo, de encefalites.
OBJETIVO: Estudar a influência da distância entre áreas infestadas e não infestadas na expansão geográfica das populações de Aedes aegypti e de Aedes albopictus no Estado de São Paulo e os padrões regionais observados, considerando os determinantes relacionados com a ocupação do solo. MÉTODOS: Foram utilizadas informações sobre ocorrência de focos de Ae. aegypti e de Ae. albopictus em municípios do Estado de São Paulo, a cada ano, e sobre a infestação em municípios deste e de Estados vizinhos, ao final de cada ano, de 1985 a 1995. Foram definidos quatro indicadores para a análise do processo de infestação. RESULTADOS/CONCLUSÕES: A análise realizada indicou influência dos Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná no início da infestação do Estado de São Paulo por Ae. aegypti e do Rio de Janeiro e de Minas Gerais por Ae. albopictus. Dentre os municípios com ocorrência de focos dessas espécies, o estabelecimento das mesmas foi mais freqüente naqueles mais próximos de áreas infestadas. Dos municípios em que se verificou o estabelecimento de Ae. aegypti ou de Ae. Albopictus, 75% distavam até 34 km e 60 km, respectivamente, do município infestado mais próximo. Pela análise da velocidade de expansão geográfica de Ae. aegypti, identificaram-se três grandes áreas, com padrões diferentes, observando-se o contrário do esperado: a área com maior densidade demográfica (leste do Estado) foi aquela em que se observou a menor rapidez de expansão geográfica da espécie, indicando a existência de outros fatores com influência preponderante nos padrões macrorregionais. Para Ae. albopictus não ficou evidenciada qualquer relação entre seu padrão de expansão geográfica e a densidade demográfica das regiões.
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