Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4. RESUMOPercebendo que a Política das Práticas Integrativas e Complementares do SUS ainda é desconhecida por muitos profissionais de saúde, realizamos o relato de experiência da aplicação das práticas integrativas e complementares em uma Unidade de Ensino e Serviço de Saúde. Objetivo: avaliar os desafios da aplicação dessas práticas na unidade e analisar a percepção dos usuários e da equipe de saúde, frente a essas práticas. Método: se trata de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, de caráter qualitativo, realizado em uma Unidade de Ensino e Serviço de Saúde em uma Universidade do interior do estado do Rio Grande do Sul, no período de abril a junho do ano de 2016, totalizando 28 pessoas envolvidas na implementação das práticas. Resultados: na prática da aromaterapia, utilizando óle-os florais, três usuários negaram-se a participar, e os demais usuários, parabenizaram o trabalho, relatando sentir uma melhora no bem-estar físico. A técnica musicoterapia foi aplicada a 3 usuários, que relataram que o ambiente proporcionou calma e alívio da tensão nervosa que sentiam. Na aplicação da musicoterapia e aromaterapia aos membros da equipe, estes relataram a respiração leve, eliminação de tensão nervosa e sensação de bem-estar físico e mental. Já na capacitação sobre chás, houveram diversas perguntas sobre os benefícios e efeitos adversos do seu uso. Dos 28 indivíduos envolvidos nas práticas, 25 demonstraram interesse em conhecer as terapias integrativas e complementares. Considerações finais: constatamos resultados positivos aos indivíduos que se propuseram a participar das téc-nicas, como bem-estar físico, mental e alívio de tensão.Por ser uma área nova de atuação para os profissionais de saúde, ainda há uma certa resistência, porém, trata-se de uma importante ferramenta na busca pela prevenção, promoção e tratamento dos usuários de saúde de forma integral, tal como prevê o SUS.
ResumoEste artigo é fruto de pesquisa que teve como objetivo compreender como ocorrem as relações entre normas e renormalizações numa instituição hospitalar, no contexto da divisão social do trabalho. Os sujeitos foram dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem do setor de um hospital situado na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Os métodos utilizados para a coleta de dados foram entrevista semiestruturada, observação participante, análise de documentos e diário de campo. Como resultado, foi possível compreender que o trabalho em saúde gera continuamente, no seu fazer diário, saberes imprescindíveis à sua realização. Porém, pelo caráter espontâneo de sua produção, tais saberes não são reconhecidos. Além disso, apesar de no trabalho prescrito a divisão do trabalho de enfermagem prever normas quanto à divisão de saberes, na atividade concreta de trabalho revelam-se trocas e produção de conhecimentos.
O artigo propõe uma discussão sobre o conceito ampliado de saúde construído a partir da legalização do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição federal de 1988, em especial, consolidado através das Estratégias de Saúde da Família (ESF) com as ideias sobre desenvolvimento defendidas pelo economista Amartya Sen. Parte-se do pressuposto que a saúde abrange aspectos amplos e complexos, tais como questões sociais, econômicas, políticas e ambientais e quando entendida dessa forma, dialoga com as ideias apresentadas por Sen em seu livro “Desenvolvimento como Liberdade”. O presente artigo pretende assim, através de uma revisão bibliográfica, trazer as aproximações entre os ideais e ações da Política de Saúde vigente no Brasil, em especial no que tange a Atenção Básica e os conceitos defendidos por Sen. Conclui-se que os avanços alcançados pelo SUS, fazem dessa política de saúde um modelo mundial, na medida em que incentiva o desenvolvimento focado nas pessoas e na sua condição de vida buscando a construção de cidadãos livres.
Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4.
Resumo As questões abordadas no artigo estão relacionadas com o tema do trabalho e autonomia no trabalho em saúde. Questiona-se sobre a possibilidade de criação de espaços de autonomia para os trabalhadores em contextos de padronizações e normatizações advindas das políticas públicas, mas também dos condicionamentos decorrentes dos processos históricos de reestruturação do trabalho em saúde. A perspectiva teórica adotada atenta para as condições de resistência, de lutas e de atuação ativa dos trabalhadores nos espaços de concepção e de execução dos processos de trabalho, mas não relativiza a importância dos condicionamentos estruturais nesse processo. Assim, afirma-se a importância de não se tomar a autonomia no trabalho como um dado, nem como um ausente, mas como uma construção social que decorre da experiência concreta dos trabalhadores em saúde. Sem negar a importância de estudos que enfatizam o protagonismo dos sujeitos no trabalho em saúde, a análise destaca, portanto, os condicionamentos estruturais na análise do trabalho e da autonomia (possível) dos trabalhadores em saúde.
O objetivo deste estudo foi identificar os movimentos realizados em 13 municípios pertencentes à 28ª Região de Saúde do RS para a implementação das práticas integrativas e complementares - PICs na rede básica de saúde nos anos de 2017 a 2019. É um estudo quali-quantitativo, e para a obtenção dos dados foram aplicados um questionário para os gestores das secretarias municipais de saúde e profissionais indicados por eles, totalizando 29 participantes. Os dados foram analisados por meio do método de análise temática. Dos 13 municípios, apenas um não desenvolve nenhuma PICs na rede básica, os demais afirmaram que existe mobilização por parte dos gestores e que profissionais da área desenvolvem ou participam dessas atividades e buscam capacitações e estão se dedicando a essas atividades por acreditarem em seus benefícios e na promoção de políticas de saúde pública, o que tem gerado movimentos crescentes em busca da implantação dessas práticas.
A participação social pode ocorrer por canais institucionalizados, a partir de Conferências e Conselhos Municipais de Saúde (CMS), ou não institucionalizados, realizados nos demais espaços sociais para o exercício da democracia nas ações do Estado e nas decisões sobre as políticas públicas propostas. Investigar a participação da comunidade no planejamento, monitoramento e controle das atividades de saúde/SUS nos municípios da Região 28 de Saúde do Rio Grande do Sul. Pesquisa qualitativa, com gestores de saúde de 11 municípios de uma região do Sul do Brasil. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas e analisados através da Análise de Conteúdo. Para os participantes, o controle social ocorre nos espaços institucionalizados, especialmente nos CMS. A maioria dos gestores percebeu o CMS como um órgão fiscalizador e vincularam o desinteresse da população à falta de conhecimento. Há necessidade da participação social mais efetiva na região.
O artigo parte de nossa preocupação, como pesquisadores das práticas educativas em educação e saúde, em construir práticas de pesquisa e intervenção no trabalho que resultem na produção de conhecimentos sobre as relações entre os saberes formalizados e a experiência dos trabalhadores, assim como em melhorias na realização de sua atividade. Nosso objetivo principal é apresentar uma reflexão abordando três questões a nosso ver essenciais à compreensão desse tema, quais sejam, o significado da intervenção nas relações de trabalho, as condições em que ocorrem e o que pensamos ser seus principais objetivos. Apoiamo-nos especialmente nos conceitos elaborados pela ergologia, tais como atividade, normalizações, renormalizações e écart, além do materialismo histórico e dialético e a teoria crítica, teorias que pensamos ser essenciais para a compreensão das práticas educativas em saúde realizadas nas relações de produção. Embora se trate de um artigo de caráter mais teórico, tem como pano de fundo pesquisas que temos desenvolvido em serviços de saúde. Assim, em alguns momentos traremos informações levantadas nesses estudos. Concluímos a exposição destacando algumas das contribuições metodológicas da ergologia para a compreensão e a intervenção nas práticas educativas nas relações de produção.
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