Introdução: A adolescência é um período marcado por grandes alterações biológicas, psicológicas e sociais, no qual existem conflitos e fragilidades, que podem ocasionar alterações na saúde mental e no bem-estar psicoemocional. Objetivo: apreender as vivências dos adolescentes sobre autolesão não suicida e comportamento suicida e as fragilidades relacionadas. Metodologia: estudo descritivo e de abordagem qualitativa, realizado com 53 adolescentes, de 12 a 17 anos. A coleta de dados foi realizada a partir da realização dos Grupos Operativos de Pichon-Rivière, leitura de uma situação disparadora referente a autolesão não suicida e o comportamento suicida e perguntas norteadoras. Utilizou-se o referencial metodológico da análise de conteúdo temático de Bardin, interpretados pelo referencial teórico do Modelo de Habilidades de Vida. Resultados: apreende-se que a autolesão não suicida é uma fuga do sofrimento psicoemocional por meio da dor física e o comportamento suicida é uma tentativa de cessar o sofrimento, que se acabaria junto com a vida. Relataram problemáticas com família, escola e os pares, os quais não fornecem apoio necessário ao seu bem-estar emocional. Aparecem permeadas por julgamento e falta de empatia, alguns, tentaram o enfrentamento se expondo a outros riscos, como álcool/drogas, a violência e as redes sociais. Conclusão: percebe-se que a autolesão não suicida e o comportamento suicida são vivenciados diretamente ou indiretamente pelos adolescentes escolares com um intenso sofrimento, portanto faz-se necessário que os profissionais de educação e de saúde, principalmente o enfermeiro, sejam efetivos na condução de estratégias voltadas na prevenção e promoção do bem-estar mental do adolescente.
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