RESUMO.Estudos indicam que a hospitalização pode afetar o desenvolvimento da criança, interferindo na qualidade de vida. Para lidar com essa situação, o brincar tem funcionado como estratégia de enfrentamento. Procurando-se avaliar a importância dada ao brincar pela criança e caracterizar atividades lúdicas possíveis no hospital, 28 crianças hospitalizadas com câncer (6-12 anos), em Vitória/ES, foram entrevistadas e responderam a um instrumento especialmente elaborado (AEH -Avaliação das Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização -Conjunto B: Brincar no hospital), contendo 20 desenhos de brinquedos e brincadeiras, classificados em jogos de Exercícios, Simbólicos, de Acoplagem, de Regras e Atividades Diversas. 78,6% das crianças relataram que gostariam de brincar no hospital, o que é justificado principalmente pela sua função lúdica, na companhia de outras crianças internadas. Não houve diferenças significativas nas escolhas entre as categorias de brincadeiras. O instrumento mostrou que o brincar pode ser um recurso adequado para a adaptação da criança hospitalizada, permitindo personalizar a intervenção.Palavras-chave: brincar no hospital, hospitalização infantil, câncer infantil. PLAYING IN THE HOSPITAL: COPING STRATEGY IN CHILD HOSPITALIZATIONABSTRACT. Studies have shown that the hospitalization can affect a child development interfering with his/her quality of life. In order to deal with this situation, the act of playing has worked as a coping strategy. With the purpose to assess of the importance children give to play and to characterize possible playful activities in the hospital, 28 children hospitalized with cancer (6-12 years) in Vitória, ES, were interviewed and took part on an instrument specially developed (AEH Evaluation of the Coping Strategies of the Hospitalization -group B: Playing in the hospital), consisting of 20 drawings of toys and games classified in games of Exercises, Symbolic Game, Game of Connection, Game of Rules and a variety of Activities. 78,6% of the children said that they would like playing in the hospital, which is justified mainly by its ludic function, in the company of other hospitalzed children. There were no significant differences in the choices among the categories of games. The instrument showed that playing can be an appropriated resource to jelp with the adjustment of the hospitalized child, making the treatment a personalized intervention.
RESUMO -A avaliação de estratégias de enfrentamento é um recurso importante na elaboração de técnicas de intervenção adequadas à minimização do impacto psicológico do câncer infantil. Foram avaliados os efeitos comportamentais de um programa de intervenção psicológica lúdica em 12 crianças com câncer, de 7 a 12 anos, internadas em hospital público infantil. Utilizou-se o Instrumento Informatizado de Avaliação do Enfrentamento da Hospitalização (AEHcomp) em dois grupos: G1, submetido à intervenção psicológica lúdica centrada no enfrentamento e G2, submetido ao brincar livre tradicional. Na comparação intergrupos, não houve diferenças significativas nos comportamentos facilitadores e não-facilitadores avaliados no pré e pós-teste. Na comparação intragrupo, G1 diminuiu significativamente os comportamentos não-facilitadores no pós-teste, sugerindo possível efeito positivo do programa de intervenção centrado no problema.Palavras-chaves: estratégias de enfrentamento; hospitalização infantil; brincar terapêutico; psicologia pediátrica. Recreational Psychological Intervention for Coping with Hospitalization in Children with CancerABSTRACT -The assessment of coping strategies is an important resource for the development of intervention techniques to minimize the psychological impact of childhood cancer. Behavioral effects of a recreational psychological intervention program were evaluated among 12 children with cancer, aged from 7 to 12 years old and hospitalized in a public pediatric hospital. The Computer Assessment Instrument of Coping to Hospitalization (AEHcomp) was used with two groups: G1, submitted to the recreational psychological intervention focused on coping, and G2, submitted to the traditional free play. The between-groups comparison demonstrated no significant difference for facilitating and non-facilitating behaviors during the pre and the posttest. The intra-group comparison showed a significant decrease in non-facilitating behaviors during the post-test, suggesting a possible positive effect of the recreational intervention program focused on coping.
ResumoA criança hospitalizada precisa lidar com estressores que geram ansiedade e sofrimento. Com o objetivo de descrever comportamentos de coping de crianças hospitalizadas e suas relações com idade, sexo e motivo da hospitalização, foram analisadas respostas ao Instrumento de Avaliação das Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização de 148 crianças (6-12 anos, M = 9,5 anos), a partir de um banco de dados integrado. Os resultados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. Tomar remédio, conversar, assistir televisão, rezar e brincar foram os comportamentos mais referidos. Houve correlação entre comportamentos de coping e diferenças decorrentes do motivo da hospitalização. Meninas cantam mais e referiram mais choro, tristeza e medo do que meninos. Não foram verificadas diferenças em relação à idade, mas o comportamento de chantagem diminuiu em função da maior idade. Sugere-se que variáveis como sexo, motivo da hospitalização e idade sejam consideradas em intervenções com foco no coping da hospitalização. Palavras-chave:Coping; Criança hospitalizada; Hospitalização.
A criança com câncer precisa se adaptar à hospitalização, utilizando estratégias de enfrentamento adequadas a fim de minimizar os efeitos negativos. Visando à elaboração de um instrumento de avaliação das estratégias de enfrentamento da hospitalização, 28 crianças, de 6 a 12 anos, inscritas no serviço de oncologia de um hospital público de Vitória, ES, foram submetidas à aplicação do instrumento: Avaliação das Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização, com 41 pranchas ilustradas, divididas nos conjuntos: A: Enfrentamento da hospitalização, e B: Brincar no hospital. Os resultados referentes à adequação do instrumento mostraram um percentual de 88,4% e 94,6% de adequação das pranchas do Conjunto A e do Conjunto B, respectivamente. Os resultados das respostas ao instrumento indicaram um padrão de respostas de enfrentamento mais facilitador (brincar, conversar, tomar remédio e rezar) do que não-facilitador (esconder-se, brigar, sentir culpa, fazer chantagem). O instrumento mostrou-se adequado à compreensão e ao atendimento psicológico à criança hospitalizada.
Estudos de Psicologia I Campinas I 32(4) I 627-639 I outubro -dezembro 2015 http://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2015000400006 AbstractHospitalization affects children's behavior, and it is dealt with through children's coping strategies. This study aims to describe the hospitalization coping strategies adopted by children with cancer, analyzing the importance of the Hospital School. Eighteen children with cancer, aged between 6 and 12, participated in the study. The children were evaluated using the Computerized Instrument for Assessing Hospitalization Coping Strategies and their parents responded to the Child Behavior Checklist (6-18 years). The most common behaviors referred to were playing, talking, watching TV, taking medication, studying, feeling angry, and blackmailing. The most common strategies identified were rumination and distraction. The children highlighted the importance of the Hospital School as a way to continue their learning process and education. The sample's coping patterns revealed behaviors and strategies that were favorable to coping with hospitalization during the Hospital School period, which indicated possible benefits for children undergoing cancer treatment.
A linguagem tem um papel central na vida humana, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. Entre as formas de avaliar o comportamento lingüístico infantil, as narrativas têm sido empregadas por meio de atividades como descrever figuras e recontar histórias. A avaliação feita por procedimento assistido em que o avaliador auxilia a criança, após uma fase inicial sem ajuda, testando sem auxílio novamente ao final, tem se mostrado apropriada. Investigando este procedimento, esta pesquisa avaliou a narrativa de 10 crianças de ambos os sexos, com idade entre 5 e 7 anos, freqüentando uma pré-escola pública de Vitória/ES. Foi utilizado um instrumento de avaliação e intervenção assistida da narrativa, o qual avalia aspectos da narração de histórias, por meio de 2 livros de histórias, com desenhos coloridos. Todas as crianças melhoraram a produtividade da história 1 para a história 2 em pelo menos um dos aspectos avaliados. Sobre os componentes, idéias e linguagem e estrutura da narrativa, destacam-se os componentes “informação sobre as personagens” (90%) e “complexidade do vocabulário” (80%) pelo percentual de melhora igual ou superior a 80%. O instrumento mostrou-se adequado à avaliação da narrativa infantil, envolvendo a criança durante a aplicação. Palavras-chave: avaliação da linguagem; avaliação assistida; narrativa infantil.
ResumoNo tratamento contra o câncer, crianças precisam lidar com estressores da doença u lizando estratégias de enfrentamento (coping) que contribuam para uma adaptação posi va. AbstractIn the cancer treatment, children have to deal with disease stressors using coping strategies that contributes to a posi ve adapta on. Personal variables like op mism can aff ect the way they cope with the disease. This descrip ve study aimed to inves gate the coping strategies and the op mism in children with and without cancer. Four children with cancer and four children without cancer par cipated, responding to the instruments Op mis c and Pessimis c Expecta ons Interview and Coping Scale. Data were analyzed qualita vely. It was verifi ed that all children were op mis c. About coping, children with cancer reported more support search, problem solving, isola on, escape and opposi on; and the children without cancer reported more support search, problem solving and escape. Overall, the children did not diff er in terms of op mism and both groups reported greater use of posi ve adap ve coping strategies. Keywords: children, children with cancer, op mism, coping ResumenEn el tratamiento contra el cáncer, los niños necesitan hacer frente a los factores que generan estrés usando estrategias de enfrentamiento (coping) que contribuyan para una adaptación posi va. Variables personales, como el op mismo, pueden afectar la forma de enfrentar la enfermedad. Este estudio descrip vo ha tenido como obje vo inves gar las estrategias de enfrentamiento en niños con y sin cáncer. Par ciparon del estudio cuatro niños con cáncer y cuatro niños sin cáncer, que contestaron a las Entrevistas de Expecta vas Op mistas y Pesimistas, así como a la Escala de Enfrentamiento. Los datos fueron analizados cualita vamente. Se comprobó que todos los niños se presentaron op mistas. Con respecto al enfrentamiento, los niños con cáncer relataron una mayor búsqueda de apoyo, resolución de problemas, aislamiento, huida y oposición, mientras que los ninõs sin cáncer relataron un mayor uso de búsqueda de apoyo, resolucíon de problemas y huida. En general, los ninõs no se diferenciaron con relación al op mismo y los dos grupos relataron uma mayor u lización de estrategias de enfrentamiento adapta vas posi vas. Palabras clave: niños, niños con cáncer, op mismo, estrategias de enfrentamiento 1 Endereço de contato: Avenida Engenheiro Charles Bitran, 333, apto 401, Jardim Camburi, Vitória/ES.
A cancer diagnosis significantly impacts both patients and their families, as potential stressors place them in a vulnerable condition. In order to analyze the psychosocial impact of a cancer diagnosis, this study included 12 children aged between 6 and 12 years old (M = 8.75, SD = 2.05) and their respective caregivers in a hospital located in Grande Vitória, in the State of Espírito Santo, in Brazil. Coping with hospitalization (Coping with Hospitalization Scale) and psychosocial risk (Psychosocial Assessment Tool/PAT) were assessed. Socio-demographic and clinical data were obtained through medical records. Data were submitted to descriptive statistical analysis. The psychosocial risk of families was at the clinical level. Regarding the need of coping, adaptive strategies were found, such as distraction and social support, as well as less adaptive strategies, such as brooding. This study contributes to the field of coping among children and indicates potential sources of psychological intervention.Keywords: coping; childhood cancer; psycho-oncology; psychosocial risk; pediatric psychology. CÂNCER INFANTIL: UMA ANÁLISE DO IMPACTO DO DIAGNÓSTICOResumo: O diagnóstico de câncer representa um impacto significativo tanto para pacientes, como para sua família, na medida em que estressores potenciais os colocam em uma situação de vulnerabilidade. Com o objetivo de analisar o impacto psicossocial do diagnóstico de câncer, este estudo teve como participantes 12 crianças, com idade entre 6 e 12 anos (M = 8,75; DP = 2,05), de um hospital na Grande Vitória, ES, e seus cuidadores. Foram avaliados o enfrentamento da hospitalização (Instrumento de Avaliação das Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização/AEH) e o risco psicossocial (Psychosocial Assessment Tool/PAT). Dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos pela consulta ao prontuário. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. O risco psicossocial apresentou classificação clínica. Sobre o enfrentamento, foram verificadas estratégias adaptativas, como distração e suporte social, assim como estraté-gias menos adaptativas, como ruminação. Esse estudo contribui para a área do coping pediátrico e indica possíveis focos de intervenção psicológica.Palavras-chave: coping; câncer em crianças; psico-oncologia; risco psicossocial; psicologia pediátrica. Childhood cancer: diagnosis impact analysisRevista Psicologia: Teoria e Prática, 19(2), 177-189. São Paulo, SP, mai.-ago. 2017. ISSN 1516-3687 (impresso), ISSN 1980. http://dx.doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v19n2p174-186. Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review). Universidade Presbiteriana Mackenzie. CÁNCER INFANTIL: UN ANÁLISIS DEL IMPACTO DE DIAGNÓSTICOResumen: El diagnóstico de câncer representa un impacto significativo tanto para pacientes, como para su família, ya que estressores potenciales les colocan en una situación de vulnerabilidad. Con el objetivo de analisar el impacto psicosocial del diagnóstico de cáncer, ese estudo tuvo como participantes 12 niños; con ed...
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