Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que apresentam a hiperglicemia e as consequentes complicações vasculares. O desenvolvimento do autocuidado colabora para a melhoria da qualidade de vida e decréscimo da morbimortalidade. Segundo o Instituto para Práticas Seguras no uso de Medicamentos (ISMP), o uso da insulina em ambiente extra-hospitalar é de grande preocupação, relacionando que os mesmos erros observados em hospitais como prescrição, administração e dispensação podem acontecer com o usuário mal informado sobre o manejo adequado da terapia da insulina. A insulina é um fármaco de margem terapêutica estreita, uma dose excessiva pode levar à hipoglicemia, encefalopatia irreversível, edema pulmonar, danos hepáticos, coma hipoglicêmico e morte. Já uma subdose pode implicar em cetoacidose. O farmacêutico possui um grande poder de educador sanitário sobre os medicamentos, a fim de promover o uso seguro a adequado na comunidade. Objetivo: Descrever aspectos relacionados à estruturação de intervenções educativas para o suporte do serviço farmacêutico clínico de orientação ao paciente diabético insulino-dependente assistido em diferentes locais de atenção à saúde. Método: Inicialmente foi feita uma revisão bibliográfica de 2009 a 2014 das práticas inadequadas e inseguras mais comuns que aconteciam com os pacientes usuários de insulina. Em seguida, um questionário estruturado, com perguntas e respostas guiadas, foi elaborado com base nas informações coletadas. Associado ao 'questionário guiado', foi elaborado um 'manual de bolso' contemplando a temática, sendo organizado de forma ilustrada, com pictogramas, e layout adequado para as características biopsicossociais da população-alvo. Resultado: O questionário guiado continha questões como: Há quanto tempo você tem o diagnóstico de diabetes mellitus? Há quanto tempo você utiliza a insulina? Se for armazenada na geladeira, o responsável pela aplicação de insulina espera algum tempo antes de aplicá-la? O responsável pela aplicação de insulina tem alguma dificuldade em aspirar a quantidade de insulina prescrita na receita? Se for necessário transportar a insulina para algum local, como isso é feito? Onde você descarta a seringa que utilizou? Você sabe o que pode ocorrer se tomar uma dose errada de insulina? Por sua vez, o manual apresentava orientações de armazenamento, transporte, tipos de seringas e agulhas, preparação e aplicação da insulina, bem como aspectos sobre descarte. Conclusão: No processo de cuidado farmacêutico, a utilização de intervenções educativas podem ser ferramentas importantes para a orientação ao paciente-alvo. O questionário guiado e o manual de bolso, depois de validado em estudo piloto, devem propiciar praticidade no serviço prestado e mais segurança ao paciente diabético em questões relacionadas ao seu tratamento.