Federal do Rio Grande do Sul. ResumoO objetivo desta pesquisa é desvendar como, no cenário do remo, foram reorganizadas as fronteiras identitárias com a fundação do Club de Regatas Almirante Barroso, nas duas primeiras décadas do século XX. Para a efetivação deste estudo histórico foram utilizados principalmente os jornais porto-alegrenses que circulavam no período. A fundação do Club Barroso modifi cou o cenário do remo em Porto Alegre, no início do século XX. Até então, os demais clubes de remo demarcavam fronteiras identitárias entre teutobrasileiros e luso-brasileiros. O Club Barroso, diferentemente, congregou estes grupos de imigrantes e seus descendentes para a prática do esporte no Lago Guaíba. As fontes revelaram que esse clube de remo foi o primeiro da cidade a agrupar representações de identidades culturais luso-brasileiras e teuto-brasileiras. PALAVRAS-CHAVE: História do esporte; Esportes náuticos; Remo; Clubes.A prática do remo inseriu-se no cotidiano dos porto-alegrenses na transição do século XIX para o século XX. Os primeiros clubes sul-rio-grandenses foram fundados por teuto-brasileiros (imigrantes alemães e seus descendentes): o Ruder Club Porto Alegre, em 1888, e o Ruder Verein Germania, em 1892. Estes clubes eram locais de sociabilidades e preservação de costumes e tradições culturais de seus associados. Para a organização da prática esportiva, em 1894, estes clubes de remo fundaram o Comitê de Regatas, considerada a primeira federação esportiva do país [1][2][3] , onde se utilizava o idioma alemão em sua comunicação interna, como os clubes fundadores.Em reação a hegemonia dos teuto-brasileiros, um grupo de luso-brasileiros instituiu o Grêmio de Regatas Almirante Tamandaré no ano de 1903 4 . Esta foi a primeira associação esportiva cujo idioma o cial era a língua portuguesa. Dois anos após, foi instaurado o "Club" de Regatas Almirante Barroso, onde luso-brasileiros e teuto-brasileiros conviviam e praticavam remo 5 . O "Club" de Regatas Almirante Barroso, diferentemente dos clubes de remo que o antecederam recon gurou as fronteiras identitárias no associativismo esportivo. As fronteiras não se constituem em uma estrutura xa e rígida, mas sim elas se recon guram a partir das relações dentro da própria associação esportiva e com os outros grupos sociais com os quais possuem relação. Para que isso aconteça, é necessário que haja elementos facilitadores, tais como: imigração, emigração, arte, religião, literatura e o esporte. No caso deste estudo considera-se o esporte como sendo uma prática cultural basilar na recomposição das fronteiras identitárias entre os clubes.Além disso, estimando que as relações pessoais, sociais e culturais acontecem, a partir de uma construção simbólica, na esfera da subjetividade (signi cados, valores e ideais) e mais precisamente na escala da inter-subjetividade, entendemos que em alguma medida a leitura, o contato com o mundo e as representações sociais, acabam por passar pelo crivo da interpretação. Em consequência, as ideias de imparcialidade e neutralidade absolu...
The symbols in the Karate-Dō stylesThe goal of this study is to interpret the different meanings in the emblems/symbols of the styles and schools of Karate-Dō, analyzing their internal elements and their importance within of this practice. This survey was composed by three distinct stages: 1) research and cataloging of the styles and schools of Karate-Dō with historical, cultural and political representation; 2) identifi cation of the symbols used by each one of these styles and schools; and 3) analysis of each one of these symbols. This analysis is important for a deeper understanding of the different meanings involved in the practice of Karate-Dō. Although Karate-Dō follow a common set of values to all Budō, schools have their own worldview, using their symbols to reinforce or express such concepts. Some symbols which was analyzed demonstrates a cultural enrichment in their artwork, being recognized by some elements of religious or spiritual aspect. This symbolism, in itself, shows an important aspect to understand the multicultural phenomenon named Karate-Dō.
O presente trabalho teve como propósito estudar a sindicalização dos profissionais de Educação Física e suas particularidades a partir da legislação brasileira e da ótica do direito do trabalho. O método de pesquisa utilizado foi a pesquisa bibliográfica e a redação seguiu o método dedutivo onde partimos de questões gerais sobre o sindicalismo e a Educação Física até culminar com as questões mais específicas sobre a sindicalização dos profissionais de Educação Física. A partir de uma intensa pesquisa bibliográfica trouxemos uma contextualização histórica da Educação Física e histórica e jurídica do sindicalismo. Em relação ao tema da sindicalização dos profissionais de Educação Física abordamos os conceitos de categoria e os campos de atuação profissional. Finalmente, concluímos que os Profissionais de Educação Física constituem uma Categoria Profissional Diferenciada para fins sindicais.
RESUMONeste novo milênio deparamo-nos com um mundo de transformações tecnológicas, com a impessoal globalização de mercados e com a (cada vez maior) velocidade de informação. O desporto, visto pela ótica da educação, tem a possibilidade de registrar experiências que marcam a formação do homem. Este estudo objetivou revelar os princípios da aretê (excelência) e da paideia que se encontram presentes no discurso de atletas (futebol), e aproveitamos para refletir sobre a possibilidade de o desporto se habilitar como agente pedagógico na promoção de uma cultura em valores. Participaram desse estudo atletas de futebol, do sexo masculino (jovens: 13 a 18 anos), do Sporting Clube de Braga. Utilizamos entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo, e a partir das respostas construímos um texto baseado na hermenêutica filosófica. Os resultados registraram um alto teor dos valores da aretê e da paideia. Palavras INTRODUÇÃOA época em que estamos vivendo pode ser caracterizada como um período de intensas, rápidas e profundas transformações. Ao entrarmos no novo milênio, deparamo-nos com um mundo emoldurado pelas surpreendentes transformações tecnológicas e científicas, pela impessoal globalização de mercados e pelo domínio da velocidade de informação e da comunicação social. Além disso, estamos diante de novos (antigos) desafios, com o reacender da intolerância religiosa, o ressurgimento de embates culturais, os desequilíbrios ambientais e a permanente retórica da importância e necessidade do desenvolvimento econômico. Não é por outro motivo que constantemente nos deparamos com congressos, seminários e outros eventos em que a discussão gira em torno dos desafios enfrentados pela educação e de seus atores pedagógicos.O desporto, como forma de educação, não fica imune às dificuldades e aos desafios que nos são impostos pela atualidade, porém essa atividade, dado o seu alto significado humano, cultural, educativo, social e axiológico, tem a possibilidade de registrar experiências que marcam a formação do homem. A realidade da pedagogia do desporto fundamenta-se na relação entre o homem no mundo (desportivo) e os sentidos pelos quais ele se encontra nesse mundo. Sendo assim, cabe a tentativa de elucidar a importância que cada uma dessas esferas (educação e desporto) tem e pode desempenhar, na promoção de uma cultura de valores na qual o homem possa ser formado na sua humanidade e enquanto sujeito de um processo de autoconhecimento. Em nosso estudo, partimos de uma investigação do espaço desportivo a fim de extrair substratos pedagógicos que expressem a riqueza de oportunidades advinda dessa prática.Num rápido olhar sobre a nossa educação atual, vamos notar que a norma vigente, por exigência de governos e do mercado, é, predominantemente, a da formação para a entrada dos jovens na universidade e, depois, para a concorrência no mercado de trabalho,
Vencer e perder fazem parte do drama desportivo. Certos competidores, em nome do “ganhar”, não encontram limites em sua ambição; outros, apesar de possuírem excelentes dados fisiológicos, não obtêm resultados positivos. No entanto, o desporto é mais que uma luta desenfreada pela vitória; é uma metáfora da própria vida e um meio de Educação; um meio de educar em valores. No presente trabalho, faremos uma análise comparativa entre os princípios filosóficos e programas de preparação de atletas publicados por John Wooden e Bernardo Rocha de Resende, sugerindo, após, um novo modelo, baseado em valores, a partir de tais comparações.
O presente ensaio tem a intenção de apresentar uma discussão, a partir das contribuições conceituais e filosóficas (oriental e ocidental), a respeito das esferas da dualidade e da não dualidade: refletir, a partir de uma visão tríade circunscrita nos diferentes princípios filosóficos, sobre as ideias e os conceitos que orientam para a Unidade. A filosofia platônico-socrática é a base das nossas meditações e, particularmente, dos indícios de Unidade junto à Paideia. Sugerimos a educação desportiva, por intermédio do seu extrato simbólico, como uma prática que pode construir uma Unidade possível.
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