A comunicação do atual governo federal brasileiro faz uso de estratégias de emissão massiva e das tecnologias digitais que proporcionam o compartilhamento em rede. Falas excludentes se tornaram frequentes, sendo emblemática a publicação de um vídeo cujo discurso foi emulado do ministro da propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels. O episódio culminou na demissão do secretário responsável pela pasta que veiculou a mensagem, mas não encerrou o modelo de comunicação utilizado. Apresenta-se uma interpretação de tal estratégia de comunicação à luz da economia dos sinais, conforme Harry Pross. A partir de um estudo de caso, traça-se um prognóstico para a troca de mensagens em seu uso social, alicerçado pela ecologia da comunicação, proposta por Vicente Romano: um contraponto ético em processos comunicacionais, lastreado nas relações sociais celebrantes da diversidade
O presente trabalho discute de que maneira o corpo da mulher lésbica e gorda é representado socialmente e como o seriado Orange Is The new Black, produzido e distribuído pela streaming Netflix, aborda essa representação. Adotamos como procedimento metodológico a revisão de literatura e o estudo de caso, da perspectiva de Jorge Duarte. Discutimos o conceito de gordofobia e sua relação com os media a partir das pesquisas de Agnes Arruda. Com o suporte de Naomi Wolf, Silvia Federici, Silvana Vilodre Goellner e Tania Navarro Swain, abordamos as relações de gênero e as construções dos padrões estabelecidos pela sociedade heterocisnormativa. Consideramos que, apesar da proposta do seriado analisado ser a de incluir narrativas que propõem demonstrar a diversidade das representações das mulheres, quando observamos a representação do corpo lésbico e gordo, os estereótipos construídos socialmente continuam sendo reproduzidos.
O Jornalismo tem sido crucial ao oferecer à população brasileira informações apuradas sobre o Coronavírus em um contexto de negação da ciência por parte das autoridades públicas. Apesar disso, não está isento da reprodução de preconceitos, nem na cobertura da pandemia. Este trabalho demonstra a relação entre gordofobia e mídia, de forma geral, e cobertura jornalística de forma específica, uma vez que essa recorre aos estereótipos das pessoas gordas e seus corpos para falar sobre a Covid, o período de quarentena e a busca por uma vacina em suas pautas. Usa-se pesquisa bibliográfica, exploratória, netnográfica e análise de conteúdo, em uma proposta de monitoramento de cobertura jornalística e crítica de mídia com foco em saúde.
Este artigo apresenta estudo sobre o uso de cartazes de protesto como forma de comunicação entre ativistas políticos e ciberativistas. Fundamentado nas teorias da Folkcomunicação, atualizadas no que diz respeito à comunicação nos movimentos sociais e aos meios nele utilizados, e também no que se refere à cultura da convergência, cibercultura e redes sociais na internet, o objetivo é analisar como os grupos se apropriaram, tanto da internet, quanto de um meio simples de comunicação, os cartazes, para transmitir frases de efeito e vozes de comando durante os recentes manifestos contra a corrupção no Brasil.
Gordofobia é um estigma cultural, estrutural e institucionalizado na contemporaneidade; preconceito sustentado por saberes que identificam corporalidades gordas como doentes, sem levar em consideração suas subjetividades, histórias, culturas. Saúde e mídia amparam o discurso da patologização do corpo gordo na construção do entendimento do que é estar saudável ou doente. No entanto, desde a década de 1970, mulheres gordas denunciam tal maneira de entender essa condição como violência, uma vez que não leva em consideração o que esse grupo pensa, conhece e experimenta. Como resistência, surge um movimento feminista gordo, que demanda como pauta central de suas reflexões e militância, a denúncia dessa violência, a revisão desses saberes que patologizam e a necessidade de despatologizar esses corpos, a fim de proporcionar dignidade e respeito a mulheres gordas invisibilizadas em sociedade. Tal processo é demonstrado no presente artigo por meio de análise crítica, pesquisa documental e bibliográfica, destrinchando os mecanismos de patologização e de depreciação cultural do corpo gordo.
Apesar de a gordofobia ser entendida como o preconceito contra as pessoas gordas, tal preconceito é experimentado de maneira muito mais visceral entre as mulheres. O estigma do peso na sociedade contemporânea e as representações midiáticas das mulheres gordas atuam em uma espécie de cabo de força, ora tensionando mais para um lado, ora para outro. Ao estudar tais representações em uma pesquisa que combina revisão de literatura e análise de conteúdo em uma perspectiva complexa, entendeu-se que a ideia que se tem das corporeidades gordas perpassa justamente pela forma como elas são representadas na mídia, incluindo nesse contexto suas vestes e relações com as mesmas. Este artigo apresenta, além de alguns dos mecanismos de ação da gordofobia na relação do peso com a mídia, uma forma de desconstrução desse preconceito a partir da própria representação midiática não estigmatizada do corpo gordo, tendo como exemplo o clipe de Jenifer, canção na voz de Gabriel Diniz, cuja interpretação da personagem principal ficou por conta da atriz Mariana Xavier, uma mulher gorda. São abordadas questões referentes aos padrões de beleza no que diz respeito ao tamanho do corpo feminino em contextos culturais distintos em um estudo que extrapola as interrelações entre gordura, raça e classe e cujo objetivo é não só inscrever a gordofobia como objeto de estudos na área da comunicação e das artes, como também promover a reflexão de que a desconstrução desse preconceito e a (re)apropriação e ressignificação desse corpo passa necessariamente pela representatividade da mulher gorda das mais diversas formas e nos mais diversos espaços.
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