RESUMO -Este estudo apresenta uma análise do exercício e da divisão de papéis e funções desempenhados por progenitores na criação e educação de seus filhos em idade escolar. Utilizou-se uma amostra de 100 famílias de nível sócio-econômico médio residentes na cidade de Porto Alegre. Foi utilizado um questionário elaborado pelo grupo de pesquisa Dinâmica das Relações Familiares. Os resultados obtidos demostraram que, de forma geral, existe um bom nível de concordância entre as respostas de pais e mães (40%) no que se refere a divisão de tarefas na criação dos filhos. Além disso, a análise de Clusters permitiu identificar dois grupos quanto ao desempenho das principais tarefas realizadas na família em relação à educação dos filhos. O Grupo I (49%) caracterizou-se por ser a mãe a principal responsável, enquanto o Grupo II (51%) caracterizou-se por haver uma divisão igualitária das tarefas entre o pai e a mãe.Palavras-chave: estrutura familiar; parentalidade; gênero. Sharing Tasks: Parent's Roles and Functions in Contemporary FamilyABSTRACT -This study presents an analysis of the division of family roles and functions performed by fathers and mothers on bringing their school-aged children. A sample of 100 families of an "intermediate" social class level resident in the city of Porto Alegre with school-aged children was investigated by this research. The technique used was a questionnaire elaborated by the group Dinâmica das Relações Familiares. The results showed that, in general, there is a good level of agreement between fathers and mothers (40%), with respect to the tasks in up bringing children. In addition, the Cluster's analysis allowed to identify two groups of families according to their main tasks in terms of children education: The Group 1 (49%) is characterized by the mother as the main responsible for children's education, while the Group 2 (51%) is characterized by an equal division of tasks between mothers and fathers.Key words: family structure; parenting; gender.de 1980, os pais, geralmente, desempenhavam suas tarefas educativas baseados na tradicional divisão de papéis segundo o gênero (Biasoli-Alves, Caldana & Dias da Silva, 1997). Principalmente, a partir da década de 1980 os papéis parentais passaram por transformações mais consistentes, apesar de suas representações ainda estarem relativamente marcadas por modelos tradicionais de parentalidade e paternidade (Trindade, Andrade & Souza, 1997).Importantes fenômenos e movimentos sociais, tais como, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e sua maior participação no sistema financeiro familiar acabaram por imprimir um novo perfil à família. Em contraponto à estrutura familiar tradicional, com o pai como único provedor e a mãe como única responsável pelas tarefas domésticas e cuidado dos filhos, o que vêm ocorrendo na maioria das famílias brasileiras de nível sócio-econômico médio é um processo de transição. Atualmente, em muitas famílias já se percebe uma relativa divisão de tarefas, na qual pais e mães compartilham aspectos referentes às tarefa...
Resumo: Apesar da ampla utilização do conceito de qualidade conjugal, identifica-se falta de clareza conceitual acerca das variáveis que o compõem. Esse artigo apresenta revisão da literatura na área com o objetivo de mapear o conceito de qualidade conjugal. Foram analisadas sete principais teorias sobre o tema: Troca Social, Comportamental, Apego, Teoria da Crise, Interacionismo Simbólico. Pelos postulados propostos nas diferentes teorias, podem-se identificar três grupos de variáveis fundamentais na definição da qualidade conjugal: recursos pessoais dos cônjuges, contexto de inserção do casal e processos adaptativos. Neste sentido, a qualidade conjugal é resultado do processo dinâmico e interativo do casal, razão deste caráter multidimensional.Palavras-chave: Satisfação Conjugal; Ajustamento Conjugal; Qualidade Conjugal. MARITAL QUALITY: MAPPING OUT CONCEPTSAbstract: Despite the wide use of marital quality concept, it is identified a lack of variables conceptual clarity. This article presents an area literature review with the objective of mapping out the conjugal concept. Seven theories about this subject were analysed: Social Exchange Theory, Behaviourist Theory, Attachment Theory, Crisis Theory, Simbolic Interactionism Theory, Family Systems Theory, Adaptation of Vulnerability to Stress Model. It is possible to identify three groups of variables in the definition of conjugal quality: spouses personal resources, context in which the couple is inserted, adapting processes. Hence, conjugal quality is the result of couple dynamic and interactive process, consequence of a multidimensional character.Key words: Marital Satisfaction; Marital Adjustment; Marital Quality. IntroduçãoTradicionalmente a palavra casamento associa-se a idéias românticas, remetendo à frase popular "e viveram felizes para sempre". Entretanto, um acontecimento que é marcado inicialmente pelo encantamento e otimismo, muitas vezes, acaba não sendo tão duradouro. Para muitos, a união que se inicia como fonte de satisfação termina como de frustração. Frente a esse fenômeno tão comum, perguntase então: O que acontece neste percurso?A relevância do tema baseia-se nas evidênci-as de que a maioria das pessoas irá se casar ou experimentar algum tipo de união em determinado período de suas vidas. Apesar disso, dados estatísticos norte -americanos mostram que quase a metade das primeiras uniões termina em separação ou divórcio (Bradbury, Fincham & Beach, 2000).Apesar deste panorama pouco entusiasmante, o casamento ainda é o objetivo de muitas pessoas; um crescente número de jovens atualmente expressa o desejo de se casar e dados recentes do IBGE mostram que em 2003 foram realizados 748.981 casamentos oficiais no Brasil; isso demonstra que mesmo com o aumento de uniões estáveis, dentre as pessoas que já viveram um, ou mais casamentos que não foram bem-sucedidos, a maioria segue buscando um relacionamento que lhes traga satisfação e felicidade
RESUMO Este estudo objetivou conhecer a estrutura de famílias em que quando a mulher é a principal responsável pela manutenção econômica do lar. Realizou-se o estudo de caso (Stake, 2000) com três famílias configuradas pelo casal e, no mínimo, um filho. Foram utilizados o FAST (Family System Test) e o Desenho da Família para coletar os dados. Os resultados demonstraram que as mulheres representam a família a partir de um modelo clássico, enquanto os homens representam-se de uma forma idealizada na família. A garantia de subsistência se mostrou mais importante para o ajustamento familiar do que o fato da mulher ser o membro da família que garante tal sustento.Palavras-chave: estrutura familiar, gênero, trabalho feminino. THE WOMAN AS THE PRINCIPAL RESPONSIBLE FOR THE ECONOMIC HOME SUPPORTABSTRACT. This study aims at understanding at how the family represents its structure when woman is the principal responsible for the economic home support. A Case Study (Stake, 2000) with three families was performed with families consisting of a couple with a minimum of one child. As for data collection, the FAST (Family System Test) and Family Design was applied. The results showed that women represent their families following a classical model, while men carry their figure in an idealized form. Family economic condition is essential for the well-being. The maintenance of subsistence seems to be more important in these cases than the determination of who provides the support.
Este estudo descreve a vivência do homem na gravidez do seu primeiro filho. Utilizou-se como método o estudo de caso instrumental (Stake, 1994), partindo de entrevistas com cinco homens que estavam à espera do primeiro filho, analisando-as através da análise de conteúdo (Moraes, 1999; Olabuénaga, 1996). Foi realizada uma análise vertical e horizontal dos casos, ressaltando suas idiossincrasias e seus aspectos comuns. Suas experiências variaram desde a percepção da gravidez como um período de transição ao exercício da paternidade ao sentimento de inclusão e participação na gestação. Valores e prioridades foram redimensionados na relação conjugal. A preocupação com a malformação fetal, as adversidades do mundo contemporâneo e o período adolescente são seus maiores temores. A questão financeira apareceu como principal preocupação no exercício da paternidade, seguida do desejo de envolvimento no desenvolvimento dos filhos.
RESUMO -A coparentalidade implica num interjogo de papéis que se relaciona com o cuidado global da criança, envolvendo responsabilidade conjunta dos pais pelo bem-estar desta. Foi realizado um estudo qualitativo com pais e com mães separados/ divorciados, enfocando a temática da educação e da coparentalidade após o divórcio. Os resultados apontaram para a importância das variáveis conjugalidade e vínculos pais-filhos no exercício da coparentalidade, sendo esta atravessada também pela coabitação, o sexo dos pais e filhos e as condições financeiras dos progenitores. Revelaram, também, pais mais participativos ou desejosos de participar na educação dos filhos, bem como mães mais satisfeitas com a guarda e menos culpadas com suas escolhas, comparados com outros relatos da literatura, evidenciando um novo cenário pós-divórcio.Palavras-chave: coparentalidade; divórcio; conjugalidade; vínculos; família.Father's home, Mother's Home: Co-parenting after Divorce ABSTRACT -Co-parenting implies an interplay of roles that is related to the child global care, and involves parents' joint responsibility for the child well being. It was carried a qualitative study with separated\divorced fathers and mothers, focusing on the theme of education and co-parenting after divorce. The results pointed to the importance of connubial relations and parents-children bonds in the exercise of co-parenting. Moreover, co-parenting is also crossed over by cohabitation, parents and children's gender and the financial conditions of the progenitors. In this study, as compared to the literature, fathers were more participative or willing to participate in the education of their children, and mothers were more satisfied with the guard of their children and less guilty of their choices, thus demonstrating new post-divorce scenery.Keywords: co-parenting; divorce; connubial relations; bonds; family. casal, permanecem unidos pelos laços parentais, devendo compartilhar a tarefa comum de educar os filhos (Carter & McGoldrick, 1980. A literatura aponta que esta é uma das grandes dificuldades no divórcio: separar conjugalidade e parentalidade. A redefinição do envolvimento emocional dos dois indivíduos é um processo prolongado, que gera falhas nas fronteiras do relacionamento e conflitos pós-divórcio (Hackner, Wagner & Grzybowski, 2006). Os papéis e regras parentais precisam ser (re)definidos, pois têm implicação direta na relação coparental. A parentalidade implica numa série de responsabilidades essenciais para com os filhos, tais como garantir a satisfação das necessidades econômicas e materiais, oferecer orientação e instrução, exercer autoridade, promover trocas afetivas e partilhar experiências do dia-a-dia (Thompson & Laible, 1999).O termo 'coparentalidade' (do inglês coparenting) foi introduzido por Bohannan na década de 70, referindo-se a aspectos do divórcio que se relacionam com os filhos (Ahrons, 1981). Recentemente, Madden-Derdich e Leonard (2002a) também definiram a coparentalidade como o nível de interação que os ex-cônjuges relatam ter um com ...
RESUMO. A adolescência é considerada um período no qual ocorre um incremento nos confrontos entre pais e filhos. Objetivou-se, então, conhecer como os adolescentes avaliam a comunicação que estabelecem na família. Foram investigados 295 jovens com idades entre 11 e 16 anos. Aplicou-se um questionário que avaliava a comunicação do adolescente com os membros da sua família. Os resultados apontam que a mãe é a pessoa mais procurada para conversar (49,8%), seguida pelo irmão mais velho (17,6%) e depois pelo pai (12,2%) e pelo irmão mais novo (2,4%). Os dados refletem uma estrutura familiar na qual a mãe aparece como a principal responsável pelo cuidado e mediação das relações familiares, enquanto o pai ocupa um lugar mais periférico. Os adolescentes também informaram ter um bom nível de comunicação em casa, sendo que 96% consideram a comunicação familiar como algo muito importante.
A crescente propagação de estudos que enfocam os comportamentos e o envolvimento com as novas tecnologias dos jovens que representam a denominada geração online vem suscitando questionamentos e discussões entre pesquisadores e educadores. As inúmeras indagações acerca das condutas e regras que constituem o mundo virtual por parte dos adolescentes, demonstram que nos encontramos na presença de um fenômeno ainda pouco explorado que tem gerado vários desafios para aqueles envolvidos na educação dessa geração. Diante desse panorama,este estudo buscou mapear as diferentes formas de uso da internet pelos adolescentes considerando as variáveis: sexo, idade, tipos de escola, finalidade de uso, frequência de utilização e a relação com a família. Participaram desta pesquisa 534 adolescentes de ambos os sexos, de escolas públicas e privadas com idades entre 12 e 17 anos. Utilizou-se o Questionário para Uso de Eletrônicos. Os resultados demonstraram que a grande maioria dos jovens possui computador, a maior parte da amostra utiliza a internet de duas a três horas diárias, em suas casas, com pouco ou nenhum monitoramento dos progenitores e/ou cuidadores. Conclui-se que o perfil de uso dos adolescentes caracteriza um universo particular ao qual a família tem pouco acesso tanto em relação às formas de utilização quanto ao conteúdo acessado. Neste contexto, aponta-se a necessidade de um maior envolvimento e esclarecimento de pais, educadores e profissionais da saúde a respeito da relação que os jovens vêm estabelecendo com essa tecnologia.
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