OBJETIVO: Avaliar a espessura do complexo miointimal (IMT) das carótidas comum e interna, em portadores de esquistossomose hepatoesplênica (EHE) não tratados cirurgicamente, já submetidos a cirurgia para descompressão do sistema porta por esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda, e comparar com volutários de condições sócio-econômico-ambientais similares, não portadores de esquistossomose. MÉTODOS: Utilizando aparelho de ultra-som Doppler de 7,5MHz foram mensurados os IMT de três grupos de voluntários, de ambos os gêneros, com idades que variaram de 20 a 60 anos, sendo avaliados os IMT máximos, IMT médios, IMT mínimos e seus desvios-padrão, das carótidas comuns e internas e feitas as comparações entre os grupos e suas associações com fatores de risco: idade, hipertensão arterial e tabagismo. RESULTADOS: Não houve diferença significante na média dos IMT, entre os lados direito e esquerdo e nem entre os grupos. Nos pacientes tratados cirurgicamente, assim como nos indivíduos-controle confirmou-se a associação, já conhecida, com os fatores de risco para aterosclerose (idade, hipertensão arterial e tabagismo). Contudo, não se observou este comportamento nos pacientes não operados. CONCLUSÃO: A EHE sem tratamento cirúrgico parece conferir "alguma proteção" contra a aterogênese em seres humanos; todavia, os achados não dão suporte definitivo a esta hipótese.
Objetivo: Relatar sobre a Acalásia de Esôfago, com diferentes resultados na esofagomanometria de alta resolução, e com desfechos terapêuticos distintos. Detalhamento dos Casos: Estudo observacional e descritivo de dois casos, em que as duas pacientes, ambas do sexo feminino, de 37 e 20 anos de idade, procuraram atendimento médico especializado, com história clínica compatível com Acalásia de Esôfago. A confirmação do diagnóstico se deu após a realização de Esofogograma Baritado, seguido por Manometria Esofágica de alta resolução, que evidenciaram diferentes classificações para essas duas pacientes. Sendo assim, foram submetidas a terapias distintas, de acordo com a melhor opção para cada circunstância, e permanecem assintomáticas até o presente momento. Considerações Finais: Conclui-se que, embora a terapêutica não atue no fator etiológico da doença, ela é fundamental para o alívio dos sintomas, e deve ser individualizada de acordo com cada paciente.
Objetivo: Analisar as características da Doença do Refluxo Gastroesfofágico (DRGE). Revisão bibliográfica: A DRGE é uma das condições gastrointestinais mais prevalentes, caracterizada pelo refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago com incidência no Brasil variando de 12% a 20%. Obesidade, aumento da idade, história familiar de doença do refluxo e consumo crônico de certos medicamentos (nitratos, antagonistas do cálcio, benzodiazepínicos), tabagismo, ansiedade/depressão e menor atividade física são fatores de risco para DRGE. Os principais sintomas da DRGE são pirose e regurgitação, podendo apresentar outros sintomas como dor ou desconforto no peito, disfagia, eructação, dor epigástrica, náusea e distensão abdominal. Além disso, os pacientes podem apresentar sintomas extraesofágicos como tosse, rouquidão, pigarro, dor ou queimação na garganta e distúrbios do sono. Considerações finais: A DRGE é um problema clínico extremamente comum com morbidade significativa, principalmente nos países ocidentais como o Brasil. Seus sintomas típicos são regurgitação e pirose, causam redução na qualidade de vida. Nesse sentido, o reconhecimento precoce dos sintomas é essencial para prevenir as complicações da DRGE como esôfago de Barrett e adenocarcinoma de esôfago. Mudanças comportamentais e avanços na supressão ácida continuam sendo parte integrante do seu tratamento.
Objetivo: Analisar as características da Síndrome do Intestino Irritável (SII). Revisão Bibliográfica: A SII é um dos distúrbios mais comuns das interações intestino-cérebro (anteriormente chamadas de distúrbios gastrointestinais funcionais) e estima-se que afete cerca de 1 em cada 10 pessoas em todo o mundo. Sua apresentação clínica é caracterizada por dor abdominal associada a alteração na frequência ou forma das fezes, na ausência de doença orgânica. Os fatores envolvidos na patogênese incluem fatores ambientais e do hospedeiro, como intolerância alimentar, antibióticos, infecções entéricas, percepção alterada da dor e interação cérebro-intestino alterada, disbiose e estressores psicossociais. Considerações finais: A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio gastrointestinal funcional crônico e recorrente. O diagnóstico de SII, de acordo com os critérios de Roma IV, requer que os pacientes tenham apresentado dor abdominal recorrente (pelo menos 1 dia/semana nos últimos 3 meses) relacionada à defecação, alteração associada na frequência das fezes e/ou uma alteração associada na forma das fezes. Seu tratamento é baseado em medidas farmacológicas que dependem do tipo de SII, se com diarreia ou não, além de medidas dietéticas.
Objetivo: Evidenciar os principais aspectos clínicos, histológicos e radiológicos implicados no diagnóstico diferencial dos principais tumores hepáticos benignos. Revisão bibliográfica: Apesar de sua natureza benigna, os tumores hepáticos benignos podem levar a complicações e desfechos graves. De forma que apesar tal entidade se apresentar assintomática na maior parte dos casos, torna-se de suma importância a realização de adequada e criteriosa conduta para chegar ao diagnóstico diferencial. De forma geral, os adenomas podem ser diferenciados das demais lesões por surgir em um contexto clínico de uso principalmente de anticoncepcional oral e se apresentar como uma lesão sólida e bem delimitada. Já a hiperplasia nodular focal caracteriza-se classicamente por apresentar cicatriz central. Os hemangiomas se apresentam por lesões bem delimitadas, sólidas, única ou múltiplas, hipervascularizadas e de localização periférica. Os Cistos se evidenciam através de uma imagem anecoica, com reforço de parede posterior e formato esférico ou oval. Considerações finais: A avaliação de lesões hepáticas pode ser desafiadora quando não vista de forma global, no entanto a literatura demonstra que quando avaliadas através da união de dados clínicos, histológicos, laboratoriais e de imagem as peculiaridades de cada lesão se tornam evidentes, permitindo o correto diagnóstico e manejo clínico.
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