Background The provision of care and monitoring of health are essential for indigenous Venezuelans from the Warao ethnic group, who are at risk of decimation. Objective Analyze a Local Action Plan (LAP) to promote access to the health system of indigenous Venezuelans from the Warao ethnic group (IVWEG) in Manaus, Brazil. Method A mixed-methods study was performed. Quantitative data were collected to assess the provision of care and monitoring of health conditions in IVWEG through a survey that was self-completed by healthcare providers. Qualitative narrative data were collected to gain insight into IVWEG that seek care. We applied descriptive statistics, grouping analysis (GA) by hierarchical levels, and multiple correspondence analysis (MCA). Content analysis was applied to qualitative data. Results 106 healthcare providers participated in the study, with the following characteristics: 94 (88.7%) females, 67 (63.2%) pardo race/color, 40 (37.7%) working in primary healthcare, and 49 (46.2%) nurses. In addition, 43 (40.6%) of the healthcare providers reported providing care to IVWEG. Among the providers, 89 (84%) had received training for assisting IVWEG. Additionally, 30 IVWEG were enrolled for interviews in the qualitative phase. The barriers to seeking care were language, distance to health units, and lack of money for transportation. The LAP proved to facilitate access to the health system by indigenous Venezuelans from the Warao ethnic group in Manaus. The study contributed to knowledge on a LAP addressed to IVWEG and helped improved their access to the health system, providing appropriate training for healthcare providers and other relevant actors by implementing a coherent and consistent public health policy at the local level.
Objetivo: Estimar a prevalência de infecção por SARS-CoV-2 entre trabalhadores do sistema prisional do Espírito Santo, Brasil, no período agosto-setembro de 2020. Métodos: Inquérito em amostra estratificada, mediante entrevistas e testes sorológicos para SARS-CoV-2. Resultados: Nos 986 pesquisados, a prevalência deinfecção por SARS-CoV-2 foi de 11,9% (IC95% 8,1%;15,7%) nos profissionais de saúde, e de 22,1% (IC95%; 18,8%;25,3%) nos agentes penitenciários. A positividade foi mais frequente nos profissionais da saúde do norte do estado (19,7%) e em agentes penitenciários do sexo masculino (24,0%). Entre soropositivos, a fadiga foi o sintoma mais frequente nos agentes penitenciários (13,4%) e a mialgia nos profissionais de saúde (10,8%); e as comorbidades mais prevalentes entre os positivos foram asma ou bronquite (16,2%), para profissionais de saúde, e hipertensão para agentes penitenciários (12,8%). Conclusão: A prevalência de SARS-Cov-2 foi maior nos agentes penitenciários, achado que deve subsidiar ações de controle e prevenção dadoença nesse cenário.
O objetivo foi estimar o percentual de pessoas privadas de liberdade no Espírito Santo, Brasil, infectados com o SARS-CoV-2 e apresentar os fatores associados ao resultado positivo. Trata-se de um inquérito sorológico, realizado entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro de 2020, nas 34 unidades prisionais do estado. Realizou-se uma entrevista e testes sorológicos para detecção de IgG e IgM no grupo estudado. Foram avaliadas 844 pessoas privadas de liberdade, 265 testaram positivo para COVID-19, indicando uma prevalência de 31,64% (IC9%%: 28,44-34,83). Observou-se associação estatística entre resultado positivo e localização do presídio na região norte (p = 0,001), regime de prisão fechado (p = 0.002) e sexo masculino (p = 0.005). Destaca-se ainda que todos os sintomas foram observados em menor frequência no grupo dos positivos, assim como uma baixa prevalência de comorbidades (0 a 7,1%). Os resultados permitiram conhecer as características dessa população vulnerável a fim de direcionar ações de saúde.
Objetivo. Descrever a percepção de mulheres venezuelanas sobre o acesso aos serviços de saúde, ao diagnóstico e ao tratamento de HIV/aids e sífilis no Brasil. Métodos. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no período de fevereiro a maio de 2021 nos municípios de Manaus, estado do Amazonas, e Boa Vista, estado de Roraima. As entrevistas com as participantes foram transcritas na íntegra, com levantamento de temas a partir de análise de conteúdo. Resultados. Foram entrevistadas 40 mulheres (20 em Manaus e 20 em Boa Vista). A partir da transcrição e tradução das falas, foram identificadas duas categorias de análise de conteúdo: barreiras de acesso aos serviços de saúde, com quatro subcategorias — idioma, custos com saúde, reações adversas ao medicamento e pandemia de covid-19; e facilitadores do acesso, com quatro subcategorias — Sistema Único de Saúde, Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Política Nacional de Assistência Social e relação entre profissional de saúde e usuária do Sistema Único de Saúde. Conclusão. Os resultados mostraram a necessidade de elaborar estratégias para mitigar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres migrantes da Venezuela residentes no Brasil quanto ao diagnóstico e tratamento de HIV/aids e sífilis, indo além do amparo à saúde garantido pela lei.
Neste artigo, a partir de um estudo exploratório documental e bibliográfico, problematizamos o processo transexualizador, do Sistema Único de Saúde (SUS), frente aos desafios da garantia de direitos à identidade de gênero e de cidadania. Acreditamos que os dilemas para acesso e acompanhamento ao processo transexualizador são os mesmos enfrentados por toda a classe trabalhadora referente ao papel do Estado na garantia às necessidades de saúde na média e na alta complexidade, numa conjuntura de cortes nos gastos estatais e na mercantilização dos serviços sociais. Neste sentido, apontamos as desigualdades no acesso, as dificuldades na liberação do processo e críticas quanto ao diagnóstico e no seu acompanhamento pós-processo. Por fim, o resultado instiga-nos a problematizar o acesso ao SUS, condicionado às necessidades sociais dessa fração da classe trabalhadora em contraposição a patologização da transexualidade, com o entendimento do modelo biomédico e mercantil.
Resumo O artigo analisa as perspectivas históricas das reformas implementadas nos sistemas dos cuidados de saúde na China, desde Deng Xiaoping até Hu Jintao, com base em pesquisa bibliográfica e descritiva. Como resultado das decisões políticas e econômicas, uma série de reformas em saúde foi implementada a partir de 1980, com a introdução do mercado. Como resultado, houve alterações no acesso, na cobertura, na organização e no financiamento da saúde na China. Se nos governos de Deng e Jiang houve a diminuição da cobertura, do acesso e financiamento, Hu Jintao, ao entrar no século XXI, realiza tentativas de expandir a cobertura do seguro saúde visando à universalidade; aumentar o gasto com a saúde pública; reformar o mercado farmacêutico e os hospitais públicos.
Objetivo. Identificar a percepção dos gestores de saúde sobre as ações adotadas e os desafios encontrados no enfrentamento de HIV e sífilis em mulheres venezuelanas migrantes no Brasil. Métodos. Este estudo descritivo-exploratório, de abordagem qualitativa, foi realizado de janeiro a março de 2021 nos municípios de Boa Vista (estado de Roraima) e Manaus (estado do Amazonas). As entrevistas em áudio realizadas com os participantes foram transcritas na íntegra. A análise foi pautada na técnica de avaliação de conteúdo temática. Resultados. Foram entrevistados 10 gestores (cinco em Boa Vista e cinco em Manaus). A análise de conteúdo identificou os seguintes eixos e temas: estrutura disponível para diagnóstico e tratamento de aids e sífilis — acesso, vagas para atendimento/fila de espera, formação das equipes de saúde e suporte psicossocial; desafios enfrentados pelas mulheres venezuelanas — idioma, questões de documentação e frequência de alteração de endereço; e estratégias e ações adotadas e expectativas para o enfrentamento de HIV/aids e sífilis no contexto de migração. Conclusões. Apesar das ações de acolhimento das mulheres venezuelanas migrantes — garantido pela universalidade do sistema de saúde brasileiro — aspectos como o idioma e a falta de documentação permanecem como barreiras. Diante da inexistência de planos de ação e planejamento futuro da atenção a mulheres migrantes portadoras de HIV ou sífilis nos municípios, é importante desenvolver políticas públicas com o objetivo de minimizar as dificuldades enfrentadas por essa população.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.