Com a atual escassez dos recursos hídricos, a utilização de modelos que permita avaliar o escoamento superficial, principalmente aqueles capazes de considerar as influências do solo e de sua cobertura, tornam-se ferramentas importantes de auxílio ao planejamento conservacionista de bacias hidrográficas. Dentre vários modelos, o do Serviço de Conservação do Solo (SCS) dos Estados Unidos da América (EUA) que permite considerar o tipo e a cobertura do solo é um dos mais utilizados na prática da engenharia para se estimar o escoamento superficial. Sua metodologia reúne os solos dos EUA em quatro grandes grupos: A (baixo potencial de escoamento); B (moderado potencial de escoamento); C (alto potencial de escoamento); D (muito alto potencial de escoamento); iniciando a série com as argilas compactas com baixíssima taxa de infiltração até as areias bem graduadas e profundas com alta taxa de infiltração. No Brasil alguns estudos foram realizados no sentido de adaptar ou compreender a classificação hidrológica do solo. Com o objetivo de contribuir nesse sentido, neste artigo apresentase a classificação original do SCS mostrando as dificuldades de sua aplicação e a proposta por Lombardi Neto et al. (1989) com uma breve justificativa de seus conceitos conflitantes com a classificação do SCS. Baseando-se no conteúdo apresentado conclui-se que no Brasil existem algumas classes de solos argilosos e arenosos que não pertencem aos grupos hidrológicos do solo de alto e baixo potencial de escoamento superficial, respectivamente. Assim, uma extensão da classificação hidrológica de Lombardi Neto et al. (1989) é proposta.
pela colaboração com os dados hidrológicos. Aos colegas de trabalho pelo apoio moral e incentivo. Aos colegas da Unicamp pela amizade e auxílio no dia a dia da universidade. Aos meus pais, João Elias e Ana Maria pelos esforços realizados para minha formação humana e profissional.A minha irmã Débora pela ajuda com as tarefas do dia a dia.Enfim, a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.
USDA) é um modelo muito utilizado em projetos de engenharia, seja para o cálculo da Chuva excedente ou estimativa do hidrograma de projeto. Contudo, sabe-se que o método tem como principal parâmetro o número da curva de escoamento superficial (CN). Sabe-se também que a classificação hidrológica do solo é de fundamental importância para a estimativa do CN e esta não foi desenvolvida para solos tropicais como os do Brasil. Sartori et al. (2005) apontam algumas dificuldades de sua aplicação e apresentam uma sugestão para a classificação hidrológica dos solos do Brasil tomando como base o trabalho de Lombardi Neto et al. (1989). Como toda proposta deve ser avaliada, este trabalho desenvolve-se com objetivo de analisar as respostas do modelo chuva-vazão do SCS aplicado com sua classificação hidrológica do solo original e com a classificação sugerida por Sartori et al. (2005) a eventos observados de precipitação para a estimativa da chuva excedente e da vazão de pico que foi obtida com o hidrograma unitário triangular do SCS e com o hidrograma unitário médio observado na microbacia hidrográfica do Ribeirão dos Marins, município de Piracicaba, São Paulo, Brasil, com área próxima de 21,87 km 2 . Os resultados simulados utilizando as duas classificações hidrológicas do solo foram comparados com os eventos observados na microbacia. Das comparações realizadas observou-se que melhores resultados foram obtidos com a classificação hidrológica sugerida por Sartori et al. (2005) e com o hidrograma unitário da microbacia. Esses resultados indicam que a classificação hidrológica do solo sugerida por Sartori et al. (2005) é mais adequada para as condições dos solos da bacia estudada e que o hidrograma unitário do SCS tende a superestimar a vazão de pico.
Resumo -O presente trabalho teve como objetivo verificar a distribuição espacial da condutividade elétrica (CE), matéria orgânica (MO) e capacidade de troca catiônica (CTC), através da técnica de geoestatística, como suporte ao agricultor na tomada de decisão no planejamento da cultura de cana-de-açúcar. A análise da relação IDE (Índice de Dependência Espacial) identificou que todas as variáveis apresentaram grau da dependência espacial forte. Os variogramas apresentaram uma validação cruzada satisfatória, com média do erro padronizado próxima de zero o que significa que o modelo não é tendencioso e a variância do erro padronizado próxima de um, o que significa que a estimativa resultante do modelo é precisa. A espacialização da CE demostrou valores menores na zona central e valores maiores ao longo da borda oeste do campo. A distribuição da MO apresentou uma tendência de decréscimo dos valores de leste para oeste e uma ampla área central com valores menores. A variabilidade espacial da CTC aumentando de leste para oeste, com os valores mais altos no centro e ao longo da borda ocidental. A partir dos mapas de variabilidade, há maior confiabilidade na execução de amostragens estratégicas e identificação de zonas homogêneas de manejo.
Palavras-chave:Variabilidade espacial, validação cruzada; zonas homogêneas.
SPATIALIZATION SOIL VARIABLE AS SUPPORT FOR AGRICULTURAL MANAGEMENT IN SUGARCANEAbstract -This study aimed to verify the spatial distribution of electrical conductivity (EC), organic matter (OM) and cation exchange capacity (CEC) by geostatistical technique, such as support to farmers in decision making in the crop of sugarcane. The IDE analysis (Spatial Dependence Index) found that all variables showed degree of strong spatial dependence. The variogram showed a satisfactory cross validation, the mean standardized error close to zero meaning that the model is not biased and the variance standardized error is close to one, which means that the resulting estimation model is accurate. The EC spatialization has shown lowest values in the central and highest values along the west edge of the field. The distribution of OM showed a trend of decrease from east to west and lower values in the central area. The spatial variability of CEC increased from east to west, with the highest values in the center area and along the western edge. From the variability maps, there is a greater reliability in the implementation of strategic sampling and identification of homogenous management zones.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.