Pediatric communication directly contributes to treatment adherence, fewer symptoms, better clinical responses, healthier treatment adaptation and management of psychosocial issues. This study aimed to evaluate associations between the clinical and sociodemographic data of caregivers and children and the communicative patterns of pediatricians. Three oncohematology physicians and 44 child-caregiver dyads took part, with audio recording of 146 medical consultations. The physicians interacted more often with older children, offering more guidance, clarifying doubts, and asking for information. The number of questions from children and caregivers was positively correlated with the physician's communicative behaviors. However, there was no association between the age of the children and the number of doubts of the patients. The diagnosis, treatment time, family income, marital status and caregiver's level of education were associated with the amount of interaction provided by physicians to the children and caregivers. This study offers subsides relevant to psychosocial interventions that may improve communication in pediatric oncohematology settings.
RESUMO -O objetivo deste estudo foi identificar e analisar as justificativas referidas por mães para prolongar o aleitamento materno de seus filhos além do primeiro ano de vida da criança. A metodologia envolveu o estudo de 40 mães cujos filhos eram atendidos pelo Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais -Cepae -da Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP. Para que a mãe fosse incluída no estudo, deveria estar amamentando depois do 12º mês de vida da criança. As participantes foram entrevistadas individualmente, utilizando-se um questionário específico. Todas as entrevistas foram gravadas em áudio. Os resultados mostraram que o motivo mais referido pelas mães para a manutenção da amamentação foi o prazer materno. Também foi observado que a proximidade mãe-bebê favorece o prolongamento do aleitamento. Estudos ainda são requeridos para obtenção de análises funcionais mais precisas de variáveis que levam ao prolongamento ou interrupção do aleitamento materno.Palavras-chave: amamentação; aleitamento materno prolongado; relação mãe-bebê. Prolonged Breastfeeding: Mother's ArgumentsABSTRACT -This paper aims to identify and analyze the reasons pointed by mothers to prolong breastfeeding beyond the first year of the child's life. The study involved 40 mothers whose children were treated in the Preventive Program of Research and Dental Treatment Center for Special Patients -Dental School of Piracicaba -UNICAMP. The group consisted of mothers who prolonged the breastfeeding beyond the baby's first year of life. All mothers were surveyed by a researcher using a specific questionnaire. In order to avoid information loss, the interviews were taped, then transcripted. Results showed that the main cause of the extended breastfeeding was "maternal pleasure". It was also observed that the mother and infant attachment favors prolonged breastfeeding occurrence. Further studies should be carried out for more accurate functional analyses of variable that lead to extend breastfeeding or to wean.
Este trabalho efetua uma revisão de literatura na área de psiconcologia pediátrica, destacando estudos e pesquisas relativos ao tema do enfrentamento da doença e do tratamento, publicados entre 1996 e 2007. Os resultados dos estudos evidenciam que um tratamento onco-hematológico pediátrico está associado a diversas mudanças na dinâmica familiar, rotina pessoal e modificação de repertórios de comportamentos, como conseqüências do tratamento médico prolongado, episódios de internação hospitalar, exposição a procedimentos médicos invasivos e a protocolos de quimioterapia antineoplásica, além de vivências de ansiedade, dúvidas, medos e perdas. Constata-se, ainda, a necessidade de investigação, na literatura nacional, do processo de desenvolvimento de diferentes estratégias de enfrentamento adotadas por cuidadores de populações pediátricas submetidas a tratamento onco-hematológico. A literatura internacional aponta que são necessários mais estudos que investiguem o processo das mudanças psicossociais, ajustamento psicológico, adaptação e modificações nas estratégias de enfrentamento, ao longo das diversas etapas do tratamento.
Diversas áreas de conhecimento, como a Psicologia, empregam o autorrelato em pesquisas, sob a forma de entrevistas, questionários, inventários e escalas. Neste trabalho, são apresentadas reflexões sobre os desafios implicados no uso de autorrelato, em especial no campo de atuação da psicologia da saúde que focaliza processos de enfrentamento e adesão ao tratamento. O comportamento verbal é reforçado pela comunidade social em que o indivíduo se encontra e o autorrelato somente pode ocorrer a partir da auto-observação, pois se encontra associado a estímulos e comportamentos aos quais somente o falante tem acesso. O autorrelato não garante que haja correspondência exata entre o comportamento real e aquele verbalizado, por algumas razões: (a) o comportamento relatado difere do comportamento real porque eventos encobertos não são reconhecidos de forma legítima; (b) o comportamento relatado não é o real, mas o comportamento socialmente desejável, considerando influências da história de reforçamento do indivíduo; e (c) o participante não compreende inteiramente os itens que compõem o instrumento utilizado, resultando em significações distintas para participante e pesquisador. A fim de minimizar a discrepância entre o dado obtido a partir do autorrelato e o comportamento real, é importante que o pesquisador em psicologia da saúde invista no treinamento e preparo para a coleta de dados e utilize metodologias combinadas (tais como observação do comportamento e aplicação de mais de um tipo de instrumento, entre escalas, inventários e questionários), realizando medidas complementares sobre o comportamento ou processo estudado.
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