Avaliaram-se a habilidade de diferentes hormônios administrados no quinto dia do ciclo estral em induzir a ovulação do folículo dominante da primeira onda folicular (FDPO) e formar um corpo lúteo acessório (CLa) e seus efeitos sobre a concentração plasmática de progesterona (P4) em novilhas receptoras. Cinqüenta e duas novilhas mestiças Holandês-Zebu foram aleatoriamente distribuídas em quatro tratamentos: T1-controle, T2-administração subcutânea de 500mg de rbST, T3-administração intramuscular (IM) de 100mig de GnRH e T4-administração IM de 2000UI e endovenosa de 1000UI de hCG. Realizou-se palpação transretal nos dias 5, 13 e 60 para detecção de corpo lúteo original (CLo), de CLa e de gestação, respectivamente. A formação de CLa foi de: T1-0/12 (0,0%), T2-0/13 (0,0%), T3-5/12 (41,7%) e T4-10/15 (66,7%)(P<0,05) sendo T1 e T2 diferentes de T3 e T4. A concentração plasmática de P4 foi determinada por radioimunoensaio a partir de amostras de sangue coletadas na veia jugular nos dias 5, 13, 17 e 21 do ciclo estral. Trinta e dois embriões foram transferidos para as receptoras no sétimo dia do ciclo estral (T1-8, T2-8, T3-7 e T4-9). Apenas novilhas não transferidas tiveram sangue coletado nos dias 17 e 21. Observaram-se diferenças na concentração plasmática de P4 (ng/ml) entre os tratamentos (P<0,05) somente no 13ºdia do ciclo, com valores de T1=5,01± 1,04, T2=4,80± 1,26, T3=6,42± 1,47 (diferente de T1, T2 e T4) e T4=11,16± 2.79 (diferente de T1, T2 e T3), mas não houve efeito da presença do embrião (P>0,05). As taxas de gestação, T1=37,5% (3/8), T2=62,5% (5/8), T3=28,6% (2/7) e T4=33,3% (3/9), não diferiram entre tratamentos (P>0,05). Estes resultados mostraram que o FDPO no quinto dia do ciclo estral foi capaz de responder ao GnRH e à hCG, ovular e formar um CLa, o que elevou a concentração plasmática de P4 de novilhas no 13º dia do ciclo estral, período crítico para o estabelecimento da gestação em bovinos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de biossegurança em 50 granjas de suínos, localizadas na região Noroeste do Estado do Paraná. Para o estudo de biossegurança, foram atribuídos pontos, variando de 0 a 3, em cada critério avaliado: distância em relação a outras unidades suinícolas, densidade de rebanho em um raio de 3,5 km, granjas que fornecem as fêmeas suínas para a substituição do rebanho, distância da estrada para o transporte dos suínos, isolamento da granja (sebes e cercas, controle de visitas, existência de áreas de quarentena, origem alimentar, transporte de ração). Das 50 propriedades estudadas, obtiveram-se os seguintes resultados: 50 granjas estão situadas a mais de 3,5 km de outras unidades de produção de suínos ou estradas; algumas têm mais de um fornecedor para substituir os animais no rebanho. No que diz respeito ao controle de visitantes, 28 recebem visitas ocasionais, com intervalo sanitário de 24 horas; nenhuma tem sistema de banho com vestuário e troca de calçados e banheiro com área limpa e suja; 22 não recebem visitas e todos eles têm banhos de arranque, com todos os empregados usando botas. Sete granjas ofereceram alimentos fabricados por terceiros; todas apresentaram cercas dividindo o perímetro interno e transportaram alimentos e / ou matérias-primas com um graneleiro. Apenas 13 produziram suas próprias fêmeas suínas e reprodutores. Todos eles realizaram ruptura sanitária, controle de pragas e forneceram água clorada; também usaram compostagem para animais mortos, placenta e abortos. Nenhuma granja atingiu a pontuação máxima, uma vez que todos apresentaram alguma falha no sistema de biossegurança.
Foram utilizadas 36 vacas da raça Holandesa na fase final de lactação em um delineamento com parcelas sub-subdivididas, em pastejo de Coastcross, com o objetivo de se avaliar diferentes quantidades de suplementação: três e seis quilos de concentrado, sobre o desempenho animal (produção e composição do leite, peso e condição corporal). O Coastcross manejado em pastejo intermitente no período de verão, com lotação de cinco unidades animal por hectare apresentou em média 11,7% de PB; 70,2% de FDN; 35,2% de FDA e 63,7% de digestibilidade in vitro da matéria seca. A maior ingestão de concentrado pelas vacas que receberam seis quilos de concentrado não afetou (P>0,05) a produção de leite, os teores de proteína, gordura, lactose e sólidos totais do leite produzido. No entanto, o escore da condição corporal (ECC) e a contagem de células somáticas (CCS) aumentaram com a maior suplementação de concentrado. Concluiu-se então que a suplementação de vacas holandesas no terço final de lactação mantidas em pastejo de Coastcross sp, com três e seis quilos de concentrado, não influenciou o peso corporal, a produção e a composição do leite (gordura, proteína, lactose e sólidos totais). No entanto, a maior suplementação influenciou o ECC e a CCS.
Umuarama, v. 19, n. 3, p. 143-146, jul./set. 2016.RESUMO: Considerando a escassez de estudos sobre o temperamento ou reatividade de equinos, objetivou-se com esse estudo avaliar o comportamento de éguas após a inserção do implante intravaginal de progesterona, para utilização em bovinos, por meio da observação de comportamentos individuais e coletivos. Para tanto, utilizou-se sete éguas que receberam dispositivo intravaginal impregnado com progesterona e agente luteolítico. Após a colocação dos implantes e soltura das éguas, se iniciou a observação (cinco observadores sem contato entre eles) de seus comportamentos até o tempo de 120 minutos, seguindo o modelo proposto por Heleski et al. (2002). Os resultados indicaram que durante os 120 minutos de observação todas as éguas demonstraram estar alertas, pelo menos em uma observação; que o ato de comer foi observado em todos os animais durante o período estudado e que o ato de urinar e defecar foram observados, em aproximadamente, 70 e 60%, respectivamente, dos comportamentos avaliados. Comportamentos prováveis da indicação de dor e/ou desconforto, como bater da cauda, mímica de urinar, eversão do clitóris e urinando foram observados até 65 minutos, sendo que os três primeiros cessaram aos 55 minutos. De todos os comportamentos analisados, nenhum deles foi visualizado após 65 minutos de observação. Concluiu-se que a inserção do dispositivo intravaginal impregnado com progesterona não afeta negativamente o comportamento de éguas, podendo ser utilizado sem comprometer o bem-estar desses animais. PALAVRAS-CHAVE: Equino. Temperamento. Reatividade. Sincronização de estro. BEHAVIOR OF MARES AFTER INSERTION OF INTRAVAGINAL PROGESTERONE DEVICEABSTRACT: Considering the scarcity of studies on the behavior or reactivity of horses, this study aimed to assess the behavior of mares after insertion of intravaginal progesterone implant for use in cattle, through the observation of individual and collective behavior. In order to do so, seven mares received intravaginal devices impregnated with progesterone and luteolitic agent. After the implant was placed, the mares were released, and their behavior was observed (five observers with no contact between them) for a period of 120 minutes, following the model proposed by Heleski et al. (2002). The results indicated that during the 120-minute period, all mares were alert, in at least one observation; that all animals ate during the study period, and urination and defecation were observed in approximately 70 and 60%, respectively, of the assessed behavior. Behaviors that were likely an indication of pain and/or discomfort, like hitting the tail, miming to urinate, eversion of the clitoris and urinating were observed in up to 65 minutes, with the first three symptoms ceasing after 55 minutes. None of the analyzed behaviors were viewed after 65 minutes of observation. It can be concluded that the insertion of the intravaginal device impregnated with progesterone does not adversely affect the behavior of mares, and therefore, it can be use...
RESUMO Visto a ascendência do setor agropecuário, é de suma importância a aplicação de tecnologias que promovam maior desempenho e eficiência dos animais. Na bovinocultura, fatores como manejo, nutrição, sanidade, genética e reprodução são a base da cadeia produtiva. Nesse contexto, objetiva-se com esse estudo discutir os principais fatores que afetam a produção de embriões in vitro (PIVE) em bovinos. Enfatizar-se-á ainda aspectos reprodutivos dos animais, ainda ineficazes no Brasil, cuja eficiência se relaciona com a adoção de biotecnologias, sendo a (PIVE) uma das principais, destacando o Brasil como maior produtor de embriões do mundo. A PIVE é uma ótima ferramenta para multiplicação rápida de animais de alto valor zootécnico, diminuindo assim, o intervalo de gerações. Porém, sua utilização é dependente de procedimentos complexos que vão desde a aspiração folicular das doadoras até a formação de um embrião viável, que ao ser transferido a receptoras levam a uma gestação viável. No entanto, vários são os fatores e variáveis que podem afetar os resultados dessa tecnologia, como a raça da doadora e touro, fatores nutricionais, estágio reprodutivo e idade da doadora, estimulação hormonal e número de aspirações ovarianas efetuadas, características do sêmen e do reprodutor, transporte e meio de cultivos utilizados. PALAVRAS-CHAVE: doadoras, embriões in vitro, receptoras. FACTORS AFFECTING THE IN VITRO PRODUCTION OF EMBRYOS (IVPE) IN CATTLE. LITERATURE REVIEW ABSTRACT Given the ascendancy of the agricultural sector, it is of utmost importance to apply technologies that promote greater performance and efficiency of the animals. In bovine farming, factors such as management, nutrition, sanitation, genetics and reproduction are the basis of the production chain. In this context, the aim of this
Avaliou-se a precocidade sexual de novilhas em programa de melhoramento genético no Acre, entre janeiro/2018 a fevereiro/2019, onde 184 novilhas Nelore com idade de 11-14 meses, peso médio ajustado no momento da indução de ciclicidade (IC) de 280,17 Kg e ganho de peso médio de 0,6 Kg/dia, foram pesadas, submetidas a protocolo de IC e classificadas em Categoria A (tônus uterino e ciclicidade ovariana), Categoria B (tônus uterino ou ciclicidade) e Categoria C (acíclicas e sem tônus uterino), e submetidas a sincronização do estro visando IATF, com diagnóstico de gestação realizado após 30 dias. Foram ainda submetidas à ultrassonografia de carcaça para obtenção da área de olho de lombo (AOL) e acabamento de carcaça (ACAB). Analisou-se: AOL, ACAB, peso, índice de seleção, idade, taxa de gestação e correlação de Pearson entre as variáveis peso, AOL, ACAB, índice de seleção e idade. A taxa de gestação foi de 42%, sendo semelhante entre as categorias (p>0,05). A AOL e ACAB não apresentou diferença entre novilhas gestantes e não gestantes (p>0,05). Diferenças foram observadas entre as categorias para as variáveis idade e peso ajustado ao dia da IC (p<0,05), não sendo observado diferenças para AOL e ACAB (p>0,05). Não foram observadas diferenças entre o potencial genético dos touros utilizados. Conclui-se que o rebanho estudado possui elevada precocidade sexual para as novilhas Nelore, super-precoces e precoces respectivamente, e aquelas que apresentaram maior peso tenderam a ser mais precoces, indicando a importância desta característica em sistemas de produção.
Estudou-se a habilidade de diferentes hormônios administrados no quinto dia do ciclo estral em elevar a taxa de gestação em 196 novilhas receptoras, mestiças Holandês-Zebu, aleatoriamente distribuídas em quatro tratamentos: T1-controle (n=50), T2-administração subcutânea de 500mg de rbST (n=44), T3-administração intramuscular de 100m g de GnRH (gonadorelina; n=46) e T4-administração de 3000UI de hCG (1000UI endovenosa e 2000UI intramuscular; n=56). Embriões coletados aos sete dias foram eqüitativamente distribuídos (estádio e qualidade) e transferidos para as receptoras no sétimo dia do ciclo estral. As taxas de gestação detectadas por palpação transretal 53 dias após a transferência dos embriões não diferiram entre os tratamentos, sendo: 15/24 em T1 (62,5%), 15/25 em T2 (60,0%), 13/29 em T3 (44,8%) e 22/31 em T4 (71,0%). Estes resultados demonstraram que a administração de rbST, GnRH ou hCG no quinto dia do ciclo estral não foi capaz de elevar as taxas de gestação.
RESUMO Objetivou-se avaliar o pós parto de fêmeas bovinas em três propriedades leiteiras da agricultura familiar do Realeza-Paraná, de agosto de 2013 a agosto de 2014. Coletou-se informações zootécnicas dos animais e rebanho, avaliado o ECC dos animais no periparto, parto e pós-parto, onde foi realizada avaliação ginecológica aos 30 e 60 dias pós-parto. Realizou-se análise estatística descritiva de frequência e correlações de referência cruzada. Das vacas, 58,2% (60/103) apresentaram involução uterina completa até os 60 dias pós-parto e 41,75% (43/103) não concluíram este evento até esse período. Em 25,24% (26/103) dos animais foi detectada a presença de corpo lúteo, indicando retorno à ciclicidade, e em 74,75% (77/103) o corpo lúteo não foi detectado até os 60 dias pós-parto. As correlações indicaram que vacas jovens (de até três anos e de três a cinco anos) apresentaram involução uterina mais precoce que aquelas com mais de cinco anos. Primíparas e vacas de dois a cinco partos apresentaram involução uterina mais precoce que vacas acima de cinco partos. Correlação positiva foi estabelecida entre o ECC dos animais com a presença de corpo lúteo, onde animais com ECC adequado (de 2,5 a 3,5) aos 30 dias pós-parto apresentaram maior chance de apresentarem corpo lúteo do que animais com ECC menor que 2,5. A idade e a ordem de partos demonstraram exercer influência no período de involução uterina e o ECC dos animais aos 30 dias pós-parto influenciou no período para a presença de corpo lúteo ovariano. PALAVRAS-CHAVE: eficiência reprodutiva, involução uterina, presença de corpo lúteo.
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