Vivências de jovens em terapia antirretroviral para o HIV: estudo fenomenológico

Abstract

Objetivo: compreender as vivências de jovens quanto ao uso da terapia antirretroviral para o HIV.Método: trata-se de uma investigação fenomenológica, fundamentada no referencial teórico-filosófico-metodológico de Martin Heidegger. Foram desenvolvidas entrevistas com dez jovens (16 a 23 anos), em serviço de referência na Região Sul do Brasil.Resultados: as unidades de significados foram: 1. Medo de contar o diagnóstico e de morrer, justificado nas experiências familiares ou sociais; 2. Tomar os remédios é complicado, mas tem que tomar para ficar bem e cuidar do outro e para isso, buscam estratégias; e, de modo contraditório, 3. Tomar os medicamentos é algo normal, tornando a vida diferente. A hermenêutica desvela o modo de ser-com, nas relações que estabelecem com as pessoas que confiam. Apresentaram temor devido à possibilidade do preconceito e da morte. No modo da ambiguidade, expressam que tomar os medicamentos é complicado e também normal, tornando a vida diferente. E, no falatório em que todas as informações parecem ter sido compreendidas, quando na verdade não foram, então os jovens repetem aquilo que escutam dos profissionais e continuam curiosos.Conclusões: concluímos que é necessário um cuidado que fortaleça as estratégias e a rede de apoio para manter o tratamento.

Vivências dos adolescentes com a infecção pelo HIV: perspectivas para melhoria do cuidado à saúde

“…Vale destacar que algumas dificuldades de cumprir o tratamento são o grande número de comprimidos, além do sabor, os quais dificultam a adesão e que podem comprometer a saúde dos adolescentes (Miziara & Andrade, 2017;Marques;Oliveira & Fram, 2019). Dessa forma, é importante pensar em estratégias que minimizem essas dificuldades, ou seja, considerar como os adolescentes preferem adequar isso , respeitando as possibilidades de preservação de sua saúde (Santos, et al, 2019). Research, Society andDevelopment, v. 9, n. 7, e415974194, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4194 Para redução do número dos medicamentos, os adolescentes sinalizam injeções, para facilitar o uso e por ter uma duração maior.…”

“…A indústria farmacêutica vem investindo em tecnologias para amenizar esses desafios enfrentados pelas pessoas que vivem com HIV, com ampliação de novas classes e tipos de antirretrovirais (Brasil, 2018). Neste estudo, os adolescentes reconhecem a importância dos antirretrovirais para manutenção de sua saúde, o que converge com estudo realizado com adolescentes que também reconhecem a importância de tomar os medicamentos e fazem de tudo para não necessitarem de hospitalização (Brum et al, 2015;Santos, et al, 2019).…”

Silêncio, segredo e sigilo: desafios da revelação do diagnóstico de HIV/AIDS em jovens infectados por transmissão vertical

“…O uso da TARV foi visto pelos profissionais de saúde como um fator que influenciou positivamente a relação do jovem com a doença (Santos et al, 2019). No grupo, dois adolescentes passaram a tomar a TARV somente depois dos 10 anos de idade, de acordo com as orientações dos protocolos vigentes à época, e eram acompanhados no ambulatório desde bebês.…”

Os reflexos do HIV na vida do jovem soropositivo

“…Os jovens que convivem com o HIV têm consciência de que os sintomas irão surgir, o que representa não ser possível negar a sua condição de soropositividade. Santos et al, (2019) corrobora que esse fenômeno desvela o temor e a ameaça da morte, devido às crenças e atitudes da população, o que terá consequências físicas e psicológicas para os jovens.…”