Vivência familiar da criança hospitalizada com câncer

Abstract

Objetivo: identificar os indicadores científicos sobre a vivência familiar da criança hospitalizada com câncer. Métodos: revisão integrativa de literatura, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System On-line, Cumulative Index to Nursingand Allied Health e Base de Dados em Enfermagem. Resultados: dezenove artigos, selecionados dentre os 413 publicados, entre 2010 e 2019, cujos principais sintomas analisados foram categorizados em: sentimentos do familiar da criança com câncer; necessidades do familiar da criança com câncer; enfermagem e família no enfrentamento da doença. Conclusão: constata-se o papel relevante da enfermagem, ao contribuir com ações que atendam às dimensões clínicas, afetivas, sociais e emocionais das famílias que precisam ser amparadas e acolhidas, para resgatarem sua
 autonomia, construindo com elas relações de confiança, fortalecendo-as para o enfrentamento da doença.

Pilares Franklianos na relação de ajuda aos familiares da criança na Unidade de Terapia Intensiva

“…Tornam-se fortes, diante das internações, adaptando-se ao ambiente, encorajando-se durante os procedimentos hospitalares, dominando seus medos e fortalecendo inclusive outros familiares que estejam vivenciam o mesmo contexto. Culturalmente estas pessoas são vistas como guerreiras e têm a oportunidade de crescimento e evolução diante da situação de adoecimento 14 .…”

Sentimentos Familiares Em Cuidados Paliativos Pediátricos Oncológico: Uma Reflexão Teórica À Luz De Martha Rogers

“…Ao decorrer de todo o processo que vem sendo refletido, é verificado um vasto número de sentimentos, que variam entre o medo diante da descoberta da doença, do desejo de informações, da fé, da esperança, do desespero frente a situação, da carência e dos vários outros sentimentos que precisam ser acompanhados pela equipe multiprofissional, pois os familiares devem estar preparados para serem duplamente fortes, já que tais sentimentos não devem ser transferidos para seus filhos vítimas do câncer, que encontram em seus familiares um ponto de equilíbrio entre o conhecido do ambiente familiar, e o desconhecido, que é a nova rotina, totalmente diferente do que está habituada. Rogers conceitua que o termo "Padrão", considerado o terceiro elemento, define o campo de energia a partir do diagnóstico informado, bem como a aceitação da família que para cada caso, que deve ser tratado de forma singular, mesmo que o apoio seja oferecido de forma contínua por outros familiares envolvidos, sendo assim, as manifestações de comportamento que distingue o campo de energia, possibilita a identificação das mudanças tanto do desconforto, como do bem-estar da criança (VIEIRA; ESPIRITO SANTO;LIMA, 2020;SILVA et al, 2021).…”

“…situações de fadiga, qualidade de vida prejudicada e sobrecarga considerados agravantes dos transtornos vividos pelos familiares, podendo ser relacionado com o domínio 9, classe 2 do NANDA, pois a família corre risco de enfrentar esses e vários outros tipos de sentimentos e situações, e a Enfermagem deve estar de prontidão para oferecer o cuidado (VIEIRA;ESPÍRITO SANTO;LIMA, 2020;OLIVEIRA et al, 2019; NANDA 2021 NANDA -2023.Martha Rogers, nascida em 1914, que com um olhar atento e visionário, trouxe ideias para a Enfermagem utilizadas até hoje. Em 1961, elaborou a Teoria do "ser unitário" que defende que o ser humano deve ser visto e analisado de maneira única, levando em consideração o homem em seu estado geral, sendo formado por físico, espírito e intelecto, devendo ser contemplado em sua forma única, tendo o ser humano conectado ao ambiente, no caso da temática proposta, a criança e a família devem ser vistas como um ser único, cujo o ambiente em que estão expostos influencia, deliberadamente, nos ânimos, que nesse caso por se tratar de um ambiente hostil para a criança e o familiar de maneira negativa.…”

Religiosidade/espiritualidade no câncer infantojuvenil: implicações psicossociais para crianças/adolescentes adoecidos, familiares/cuidadores e equipe de saúde

“…Se somados, os estudos que apresentaram mães e pais e os estudos que apresentaram somente as mães, observa-se que as mães são as principais pessoas responsáveis pelo cuidado. Tal aspecto tem sido evidenciado pela literatura científica, que também tem demonstrado as implicações desse fator na dinâmica familiar e na saúde desse grupo (Andrade et al, 2014;Santos et al, 2018;Vieira et al, 2020).…”