Violência nos relacionamentos afetivo-sexuais entre adolescentes de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil: busca de ajuda e rede de apoio

Abstract

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Adolescent Relationship Violence in Brazil and Honduras

“…Witnessing inter-parental violence (Vaz, 2012); Verbal aggression from the mother and father; and psychological violence among parents, siblings, circularity of violence (Oliveira et al, 2014) Models of relationships from families of origin in which aggression is seen as inherent to relationships (Aldrighi, 2004) Family-related factors: Family attitudes and behaviors that are unequal and/or justify violence (i.e., authoritarianism, patriarchy, punishment, unidirectional respect and others in which masculine ideals and values are valued over feminine ones) (Rivera Sierra, 2012); inter-family (ENDESA, 2013) Low tendency to seek help (Soares et al, 2013;Minayo et al, 2011) Low help-seeking proclivities: only 5% of girls aged 15-19 reported IPV to the police or an authority (compared to 30% of women aged 45-49 -no data reported on boys/men and helpseeking) (ENDESA, 2013) For victimization of women: young age, low socioeconomic status (Lundgren and Amin, 2015); older age and having children (Instituto Nacional de la Juventud, 2013); Being a race other than white (Foshee et al, 2001) Risk factors according to a study on sexual coercion: Female sex (girls are also more likely to experience a first experience of sexual coercion or abuse at a younger age compared to boys, and by older men); being a race other than white (Moraes et al, 2006) Age: girls aged 15-19 years more likely to have suffered physical and psychological violence within the past 12 months (cumulatively, older women were more likely to have ever experienced violence since age 15) (ENDESA, 2013) Risky sexual practices (Lundgren and Amin, 2015); among adolescent girls -sexual risk behaviors (e.g., first intercourse before age 15 years, pregnancy Dating violence was directly associated with risky sexual behaviors among sexually experienced adolescent girls, particularly non-white girls, in a US study …”

“…Gender equity (according to logistic regression modeling in a study on teen IPV) ; addressing gender norms, or femininities and masculinities (characteristics and expectations associated with "being a woman" and "being a man" at a societal level more generally Attachment to one's school (Vagi et al, 2013), feeling a sense of attachment/commitment to school Cleveland et al, 2003) Organized communities that support their youth (Champion et al, 2008); Community-based educational activities that increase women's knowledge of legal and social rights (Morrison, 2004) Community work that contributes to the development of adolescents' "negotiation" skills in conflict situations, and partnerships between schools/teachers and health services (Soares et al, 2013); Health services along with schools, families and community and integrated education projects -tied to potential protective factors, or spaces in which to address the trivialization and naturalization of violence in dating relationships (Nascimento, 2009;Silva et al, 2013;Oliveira et al, 2014;Soares et al, 2013;Schleiniger, 2013); basic health care services as a strategic space in which to support adolescents (Soares et al, 2013) Policies: national plans on violence against women (Morrison, 2004;Lundgren and Amin, 2015) Presence of NGOs that address women's rights (Rivera Sierra, 2012) …”

Desenvolvimento de um website para prevenção à violência no namoro, abandono de relações íntimas abusivas e apoio aos pares

“…É possível que orientações dessa natureza possam aumentar sua autoeficácia e reduzir as chances de negligência frente a um amigo em sofrimento devido a um namoro violento, sem incorrer em danos à autonomia de quem recebe a ajuda e em excessos de responsabilidade e sobrecarga para quem oferece ajuda. No contexto brasileiro, isso é altamente relevante, dados os achados de estudos pré-vios (Soares et al, 2013) que indicam que os pares são referidos como a primeira fonte de ajuda buscada por adolescentes para o enfrentamento à violência no namoro. Ressalta-se, entretanto, que a amostra deste estudo foi exclusivamente feminina.…”

“…Como consequência, intervenções dirigidas à rede social do adolescente podem consistir em uma via apoiadora para o processo de abandono de relações violentas. Há evidências de que os pares são a primeira fonte de ajuda buscada por adolescentes em situação de violência no namoro, não somente brasileiros (Soares et al, 2013), mas também de outras nacionalidades (Gevers et al, 2012;Ocampo et al, 2007). Resultados de estudos acerca do papel dos pares na violência no namoro indicam que ter amigos envolvidos em namoros violentos constitui fator de risco para a vitimização pelo parceiro íntimo adolescente (Antonio et al, 2011;Foshee et al, 2013), ao passo que ter amigos com crenças pró-sociais atua como fator protetivo (Foshee et al, 2013).…”

“…Em face disso, é possível que o desenvolvimento de materiais educativos, tais como guias (Murta et al, 2011) e websites com conteúdo voltado para a prevenção à violência no namoro e destinados a adolescentes e jovens de ambos os sexos, se teórica e empiricamente embasados, favoreça a disseminação de conhecimento confiável acerca de padrões interacionais violentos e saudáveis entre homens e mulheres ao longo do ciclo de vida. Especificamente no que concerne ao potencial educativo da internet, destaca-se que seu uso é parte da cultura das gerações mais jovens e permite a busca de informação de modo anônimo, o que pode facilitar o alcance do público pretendido (Soares et al, 2013). Pressupõe-se que a difusão de informações dessa natureza possa favorecer o pensamento crítico e o enfraquecimento de uma cultura de endosso ao uso da violência como forma de resolver conflitos nas relações interpessoais.…”