This study examines the attitudes about intimate violence and compares the prevalence of abuse reported by married and dating participants, by type of abuse and sex of respondent. A sample of 3,716 participants, aged 15 to 67 years, filled in one attitudinal questionnaire and a self-report instrument on abuse perpetration and victimization. Attitudinal data revealed a general disapproval of violence use, with greater violence support among males and married participants. When comparing violence in both relational contexts, we found that, in terms of perpetration, more dating partners reported physical abuse and severe forms of physical abuse than married partners. Suggestions for future research are discussed.
Cyber Dating Abuse (CDA) has been identified as a prevalent and negative experience for youth, which highlights the need to identify the factors associated with the occurrence of this phenomenon. Thus, this meta-analysis aims to determine the factors associated with youth CDA perpetration and victimization, identifying which of the factors present the strongest risk and protective effects. We identified 16 studies and 17 independent samples, including a total sample of 12,760 adolescents and young adults. Results showed that individual and intimate relation factors were related to both CDA perpetration and victimization, and peer factors were significantly associated with CDA perpetration; individual sociodemographic factors were unrelated to CDA. Findings from this meta-analysis provide valuable evidence to develop CDA prevention and intervention strategies.
A investigação internacional na área da violência nas relações íntimas juvenis tem experimentado um crescimento exponencial, sobretudo nas últimas duas décadas. Também em Portugal começam a surgir alguns estudos a este nível. Este artigo pretende constituir uma revisão da literatura sobre o tema, em que se procura destacar os indicadores de prevalência deste tipo de abuso nos jovens, em termos de vitimização e perpetração, dando especial enfoque à relação entre vitimização, agressão e género. Simultaneamente, são alvo de análise as crenças e atitudes subjacentes a este tipo de violência, os factores de risco para a sua ocorrência, assim como o impacto a curto, médio e longo-prazo deste fenómeno na vida dos jovens. Este artigo encerra com algumas recomendações a atender em investigações futuras, de forma a prover uma compreensão mais profunda sobre este fenómeno.
The increasing use of information and communication technologies (ICT) and networking has promoted the occurrence of different forms of victimization, specifically in terms of interpersonal interaction (e.g., cyberbullying or online risk-taking behaviour), which also includes cyber dating abuse (CDA). Some studies report that CDA is an extension of offline dating abuse (ODA). Because Portuguese studies in this area are scarce, this study aims to bridge this knowledge gap, seeking to investigate the extent and the context of CDA occurrence, and the relationship between CDA and all forms of ODA, i.e., physical, verbal–emotional and control. A convenience sample of 173 Portuguese adolescents and young adults was studied. This sample is mostly female (86.7%), has a mean (M) age of 25.36 years old and a standard deviation (SD) of 6.88 years of age. The results show that CDA and ODA among the Portuguese are very prevalent and related. Control (31.8 vs. 20.8%) and verbal–emotional ODA (26.7 vs. 20.2%) as well as control CDA (38.2 vs. 43.4%) were the most prevalent forms of abuse, either in terms of victimization or in terms of perpetration. The results also showed that CDA usually appears in a context of jealousy, also explaining control CDA and CDA direct aggression. A significant relationship between control CDA and CDA direct aggression and physical, verbal–emotional and control ODA was found. Experiencing control and verbal–emotional ODA are the main risk factors of control CDA victimization. This study allows to lay the groundwork for further research on dating victimization and perpetration through ICT, and has important practical implications at the level of Portuguese prevention strategies and intervention policies, thus emphasizing the role of the official authorities and the law itself.
Algumas manifestações de violência no namoro ocorrem através do uso das novas tecnologias, pelo que importa investigar esta tipologia de abuso apelidada internacionalmente de cyber dating abuse. O presente estudo procurou traduzir e adaptar, para a população portuguesa, o Cyber Dating Abuse Questionaire (CDAQ; Borrajo, Gámez-Guadix, Pereda, & Calvete, 2015), estudando as suas propriedades psicométricas. A versão portuguesa foi administrada a uma amostra de 272 estudantes, a grande maioria (87%) de sexo feminino e com uma média de idades de 28.41 (DP=7.02). A análise fatorial confirmatória revelou bons índices de ajustamento, permitindo confirmar o modelo fatorial do instrumento original constituído por quatro fatores correlacionados, dois relativos à vitimação por agressão direta e controlo e dois à perpetração dessas mesmas tipologias de violência. Adicionalmente, todos os fatores revelaram boa consistência interna. Ainda que os indicadores de prevalência de vitimação e perpetração por controlo (58.8% vs. 63.2%, respetivamente) se tenham revelado mais preponderantes comparativamente aos de vitimação e perpetração por agressão direta (18% vs. 14.7%), foi possível confirmar que estes dois tipos de ciberabuso íntimo constituem comportamentos entre os jovens portugueses estudantes universitários envolvidos/as em relações íntimas. As implicações práticas e empíricas futuras deste estudo são objeto de discussão neste trabalho.Palavras-chave: Ciberabuso, Relações de namoro, Jovens. IntroduçãoO crescimento e avanço tecnológicos registados nas últimas décadas têm conduzido a um incremento das práticas digitais e do funcionamento em rede, sobretudo por parte dos adolescentes (Instituto Nacional de Estatística, 2017). O espaço virtual constitui um meio muito flexível e atrativo para encetar novas relações interpessoais, incluindo as amorosas, sendo que os jovens dispõem de uma ampla variedade de ferramentas digitais e tecnológicas (e.g., mensagens de texto e através das diferentes redes sociais, e-mails, telemóveis, o recurso à webcam, entre outros) seja para iniciar, desenvolver ou manter uma determinada relação amorosa (Burke, Wallen, Vail-Smith, & Knox, 2011). Não obstante, este recurso às novas tecnologias também poderá potenciar a emergência de outros problemas, na medida em que tornam os jovens mais vulneráveis à intrusividade 93 A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para:
A prevenção da violência nas relações de intimidade juvenil foi, durante muito tempo, negligenciada no âmbito da intervenção e investigação sobre este tema. Todavia e não obstante o adiamento na proliferação destes esforços, o quadro científico internacional apresenta-nos hoje programas de prevenção exemplares, dirigidos à população juvenil, numa óptica de prevenção primária do problema, e com resultados muito promissores. Com este artigo, pretendemos precisamente analisar o estado da arte em termos das práticas internacionais e nacionais, em matéria de prevenção da violência nas relações de intimidade juvenil. Pretendemos ainda, e tendo por base aquele que é o conhecimento científico nesta área, esboçar algumas recomendações gerais neste âmbito e mais especificamente, as componentes a privilegiar na elaboração dos programas de prevenção. Por último, procuraremos ainda debater sobre os desafios futuros em matéria de prevenção. Palavras-chave:Intimidade, Jovens, Prevenção, Violência. INTRODUÇÃOAinda que o estudo da violência na intimidade tenha começado por privilegiar a violência marital, prevalece na actualidade uma consciência sólida da necessidade de estudar a violência nas relações amorosas juvenis. A proliferação da investigação científica internacional nesta área comprova isso mesmo e ilustra a dimensão preocupante do fenómeno. Um estudo intercultural (Straus, 2004), que envolveu 31 universidades de 16 países, apurou que a violência física ocorrida, no último ano, nas relações de intimidade poderá oscilar entre os 17% e os 45%.Em Portugal, o investimento científico no estudo deste fenómeno, embora mais recente, é igualmente manifesto e tem vindo a corroborar os resultados internacionais. A título exemplificativo, cita-se um estudo recente (Machado, Caridade, & Martins, 2010) que integrou uma amostra elevada (4667) de participantes, de diferentes grupos populacionais (ensino secundário, profissional e universitário) e de diferentes zonas geográficas (desde a zona Norte, Centro, Sul e ilhas). Os indicadores de prevalência apurados por este estudo indicam que 25.4% dos jovens relataram ter sido vítimas de pelo menos um acto abusivo durante o último ano e 30.6% admitiu ter adoptado este tipo de condutas em relação ao seu parceiro. Apesar de os actos mais frequente - 131A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para: Sónia Caridade, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Fernando Pessoa, Praça 9 de Abril, 349, 4249-004, Porto. E-mail: soniac@ufp.edu.pt Este texto foi elaborado no âmbito do Projecto "Violência nas Relações Juvenis de Intimidade" financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/PSI/65852/2006), coordenado por Carla Machado.
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