“…Nesta revisão, percebeu-se o uso frequente de questionários em estudos com amostras maiores, o que resultou em estimativas mais baixas, porém, mais precisas se comparadas às obtidas por testes clínicos. É necessário ressaltar que até o momento não existem questionários com qualidade metodológica e propriedades psicométricas suficientes para realizar o rastreamento de disfagia orofaríngea em idosos (55) , embora já existam esforços nesse sentido, especialmente vislumbrando a aplicabilidade em estudos epidemiológicos (56) . Portanto, os questionários utilizados nos estudos incluídos nesta revisão possuem essa limitação e esse é um aspecto que deve ser ponderado ao analisar as estimativas de frequência encontradas.…”
RESUMO Objetivo Sintetizar o estado do conhecimento científico sobre a frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados. Estratégia de pesquisa A pergunta de pesquisa foi formulada de acordo com a estratégia PECO e a busca foi realizada nas bases de dados Pubmed/Medline, Web of Science, Scopus, LILACS e SciELO, utilizando descritores e termos livres específicos. Critérios de seleção Artigos sem restrição de tempo ou idioma, que relatassem a frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados e o critério utilizado para diagnóstico. Análise dos dados Foram analisadas as características da população, conceito de “disfagia orofaríngea”, métodos para identificação do desfecho e a frequência de disfagia orofaríngea. A avaliação da qualidade metodológica dos artigos seguiu os critérios do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). Resultados Foram incluídos quinze artigos. Houve grande variabilidade quanto ao tamanho da amostra, com predomínio de idosos longevos do sexo feminino. O conceito de disfagia, quando mencionado, foi heterogêneo. Os critérios diagnósticos foram diversos e compostos, em sua maioria, por resultados de questionários ou testes clínicos. Nenhum estudo utilizou exames instrumentais. A frequência de disfagia orofaríngea na população estudada oscilou entre 5.4% e 83.7%, sendo mais elevada nos estudos que utilizaram testes clínicos, porém, com intervalos de confiança mais precisos naqueles que usaram questionários e amostras maiores. Conclusão A frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados possui ampla variabilidade. As discrepâncias metodológicas entre os estudos comprometem a confiabilidade das estimativas de frequência e apontam a necessidade de pesquisas com critérios metodológicos mais bem definidos e padronizados.
“…Nesta revisão, percebeu-se o uso frequente de questionários em estudos com amostras maiores, o que resultou em estimativas mais baixas, porém, mais precisas se comparadas às obtidas por testes clínicos. É necessário ressaltar que até o momento não existem questionários com qualidade metodológica e propriedades psicométricas suficientes para realizar o rastreamento de disfagia orofaríngea em idosos (55) , embora já existam esforços nesse sentido, especialmente vislumbrando a aplicabilidade em estudos epidemiológicos (56) . Portanto, os questionários utilizados nos estudos incluídos nesta revisão possuem essa limitação e esse é um aspecto que deve ser ponderado ao analisar as estimativas de frequência encontradas.…”
RESUMO Objetivo Sintetizar o estado do conhecimento científico sobre a frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados. Estratégia de pesquisa A pergunta de pesquisa foi formulada de acordo com a estratégia PECO e a busca foi realizada nas bases de dados Pubmed/Medline, Web of Science, Scopus, LILACS e SciELO, utilizando descritores e termos livres específicos. Critérios de seleção Artigos sem restrição de tempo ou idioma, que relatassem a frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados e o critério utilizado para diagnóstico. Análise dos dados Foram analisadas as características da população, conceito de “disfagia orofaríngea”, métodos para identificação do desfecho e a frequência de disfagia orofaríngea. A avaliação da qualidade metodológica dos artigos seguiu os critérios do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). Resultados Foram incluídos quinze artigos. Houve grande variabilidade quanto ao tamanho da amostra, com predomínio de idosos longevos do sexo feminino. O conceito de disfagia, quando mencionado, foi heterogêneo. Os critérios diagnósticos foram diversos e compostos, em sua maioria, por resultados de questionários ou testes clínicos. Nenhum estudo utilizou exames instrumentais. A frequência de disfagia orofaríngea na população estudada oscilou entre 5.4% e 83.7%, sendo mais elevada nos estudos que utilizaram testes clínicos, porém, com intervalos de confiança mais precisos naqueles que usaram questionários e amostras maiores. Conclusão A frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados possui ampla variabilidade. As discrepâncias metodológicas entre os estudos comprometem a confiabilidade das estimativas de frequência e apontam a necessidade de pesquisas com critérios metodológicos mais bem definidos e padronizados.
“…The Easy Dysphagia Symptom Questionnaire (EDSQ) is a dysphagia screening questionnaire for older adults developed in Korea 11 . Although this questionnaire has some well‐fitting accuracy parameters, there is a lack reporting of evidence validity based on content, process responses and internal structure 20 …”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Eight questions have three answer options [“no” (0 point); “sometimes” (one point) and always (two points)], and one question has two alternatives: “no” (zero point) and “yes” (two points). The total score is the sum of the nine items ranging from 0 to 18 points; development and validation of those items were detailed in a previous report 20 …”
Section: Methodsmentioning
confidence: 99%
“…Given this gap and the need to detect oropharyngeal dysphagia among community‐dwelling older adults, a self‐reported epidemiological questionnaire for screening oropharyngeal dysphagia in older adults was developed 20 and called “RaDI” after its Brazilian Portuguese title ( Rastreamento de Disfagia Orofaríngea em Idosos ), which is a low‐cost test, easily applied by any health professional with asymptomatic older people or to those with symptoms which may have been ignored because they were thought to be natural to the ageing process 21 . The RaDI is a questionnaire for mass screening, which may overlap the clinical diagnosis when the aim was to estimate the prevalence of OD.…”
Objective
The aim of this study was to determine the accuracy of an epidemiological screening questionnaire for oropharyngeal dysphagia in older people.
Background
Determining the cut‐off point and the accuracy of the self‐reported epidemiological questionnaire for screening oropharyngeal dysphagia in older adults is important for mass screening, which may estimate the prevalence of oropharyngeal dysphagia.
Materials and Methods
This was a cross‐sectional diagnostic study with a convenience sample of 70 older adults over 60 years of age of both sexes, aged between 60 and 90 years (mean age 69.2; SD, 7.6). It used a screening questionnaire with nine ordered items response options resulted in a score ranging from 0 to 18. The criterion test was the fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing, with analysis of the receiver operating characteristic (ROC), with a 5% significance level.
Results
Oropharyngeal dysphagia frequency by the criterion test was 73%, with no significant difference between age and sex. The area under the ROC curve was 0.88 (95% confidence interval: 0.79‐0.98) above the cut‐off point 3. This screening questionnaire showed good parameters of sensitivity (80%), specificity (89%), positive predictive value (95%), negative predictive value (63%), positive likelihood ratio (7.64), negative likelihood ratio (0.22) and accuracy (83%).
Conclusions
This questionnaire may be a satisfactory screening tool for estimating the prevalence of oropharyngeal dysphagia in older adults.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.