Validação do questionário Parent’s Evaluation of Aural/Oral Performance of Children – PEACH em língua portuguesa brasileira

Abstract

RESUMO Objetivo Traduzir, adaptar e validar o questionário Parent’s Evaluation of Aural/Oral Performance of Children para a língua portuguesa brasileira, aplicar o questionário e analisar a interação entre pais/cuidadores e crianças. Métodos Após ser traduzido, retrotraduzido e adaptado, o PEACH foi aplicado a 13 pais ou responsáveis por crianças deficientes auditivas de grau moderado a profundo atendidas no Ambulatório de Audiologia Educacional da instituição. Pediu-se aos pais que preenchessem o diário, respondessem ao questionário fornecendo o maior número de exemplos de comportamentos observados em cada questão e comparecessem ao retorno, após uma semana, para entrevista com a avaliadora ou terapeuta da criança. Resultados Os dados são apresentados em frequência e porcentagem. Usou-se o teste de qui-quadrado, tendo-se adotado 5% como nível de significância (p). Duas questões sofreram adaptação cultural para a língua portuguesa brasileira; as mães foram as pessoas que mais responderam ao questionário (69,2%). Conclusão O questionário foi traduzido e adaptado respeitando os aspectos culturais da população brasileira. Em algumas questões deve-se tomar cuidado ao analisar as respostas dos pais, levando-se em conta a idade da criança e o conteúdo linguístico exigido para que se observe o comportamento, evitando interpretações errôneas quanto à qualidade da amplificação e do uso do AASI/IC. A aplicação do questionário é de grande importância, visto que mede o desempenho das crianças em situações de sua vida diária.

Adaptação do protocolo Indicadores de Performance Funcional Auditiva Brasileiro - Versão Reduzida

“…Although instruments for the clinical assessment of auditory skills in the child population already exist, most protocols available in Portuguese are cross-cultural adaptations (9,10,(12)(13)(14)(15) , and there is no continuity of studies in the literature seeking to analyze its psychometric properties. Thus, there is a need to develop and/or adapt protocols that comply with the recommended methodological rigor.…”

“…Other protocols have been translated and adapted to Brazilian Portuguese and used in hearing health services (9,10,(12)(13)(14)(15) . However, the Brazilian FAPI stands out as the most complete tool recently published in Portuguese, since it evaluates seven categories of hearing skills in different listening conditions, relies on information from the family and/or teachers, in addition to considering clinical observations, which allows the speech therapist to draw a very realistic profile of development of the hearing skills of hard of hearing children (9) , which in turn greatly contributes to therapeutic planning and guidance offered to the families of these children.…”

Acesso aos sons da fala, comportamento auditivo e qualidade de vida de crianças e adolescentes com deficiência auditiva

“…Outra forma de avaliar o desempenho auditivo dessa população com DA que fazem o uso de AASI são os questionários, que em geral são respondidos por pais e/ou responsáveis (Robbins, Renshaw & Berry, 1991;Castiquini & Bevilacqua, 2000;Purdy et al, 2002;Souza et al, 2011;Levy & Rodrigues-Sato, 2016). No Brasil, entre os principais instrumentos utilizados para mensurar o benefício da amplificação sonora na população pediátrica estão o questionário IT-MAIS -Infant-Toddler Meaningful Auditory Integration Scale (Robbins, Renshaw & Berry, 1991) e o MAIS -Meaningful Auditory Integration Scale (Castiquini & Bevilacqua, 2000), o questionário ABEL -Auditory Behavior in Everyday Life (Purdy et al, 2002;Souza et al, 2011) e a escala PEACH -Parentes' Evaluation Of Aural/Oral Performance of Children (Levy & Rodrigues-Sato, 2016) O questionário ABEL -Auditory Behavior in Everyday Life, foi traduzido e adaptado para o português (Souza et al, 2011), e tem o objetivo de investigar o comportamento auditivo da criança deficiente auditiva, de quatro a 14 anos de idade em seu dia-a-dia e diferentes estudos já foram publicados utilizando tal instrumento (Souza & Martineli, 2014;Almeida et al, 2015;Pardo-Guijarro et al, 2015;Bicas, Guijo & Delgado-Pinhiero, 2017).…”