Utilização de serviços de educação física por adultos e idosos no extremo sul do Brasil: estudo de base populacional

Abstract

Resumo Este estudo teve por objetivo descrever a utilização dos serviços de educação física por adultos e idosos e apresentar características de quem não utilizou tais serviços. Além disso, descrever o conhecimento da população sobre a oferta destes serviços nas políticas públicas de saúde. Realizado em Rio Grande/RS com uma amostra de 1300 pessoas entrevistadas por meio de questionário no ano de 2016. Um total de 16,1% (IC95% 13,0:19,3) dos entrevistados utilizou os serviços nos últimos três meses. Destes, 78% o fizeram nos serviços privados, com predomínio nas academias de ginástica (73,2%). Já para os que não utilizaram, a falta de tempo foi o motivo em 31,1%, e para 37,7% a escola foi o último contato com o professor de educação física. Um total de 18,8% da população nunca utilizou serviços de educação física. O conhecimento sobre a educação física nas políticas públicas de saúde foi de 15,4% para Unidades Básicas de Saúde e 13,9% no Hospital Universitário. Há uma baixa utilização dos serviços de educação física na população adulta e idosa, concentrada em espaços privados e mais acessível a grupos de maior renda e escolaridade. Assim há uma ausência de democratização na utilização deste serviço na população adulta e idosa.

The Impacts of Outdoor Gyms on Leisure Physical Activity in Campo Grande/MS

“…In the extreme south of Brazil, only 16.11% used physical education services. Of those who used it, access was through private services (78%), especially fitness centers (73%) (Oliz, Dumith, & Knuth, 2020). A different condition is evident in the PAS (Silva et al, 2016;Florindo et al, 2016), in which there is a predominance of Physical Education teachers among professionals.…”

Prática de atividade física em meio à pandemia da COVID-19: estudo de base populacional em cidade do sul do Brasil

“…The data with a marked difference in physical activity and schooling had already been shown before the pandemic, and according to social indicators, access to professionals and programs in this area always in favor of the same social groups (men, whites, educated) 8,11,19 . Here, again, the difference seems to have been pronounced, reaching a 40 percentage points gap between physical activity and schooling.…”

“…The 2019 data from Brazilian capitals show that 39% of adults engage in leisure-time physical activity according to health recommendations 8,9 . Few public policies still provide physical practice and physical activities programs, restricting access to a professional in this field, mainly to individuals with higher purchasing power 10,11 .…”

Promoção de atividade física e as políticas públicas no combate às desigualdades: reflexões a partir da Lei dos Cuidados Inversos e Hipótese da Equidade Inversa

“…Studies based on national surveys have denounced the striking gender and socioeconomic inequalities in access to leisure-time physical activity 14,15 . Cultural aspects 16 , environmental inequalities 17 , and inequalities in access to Physical Education services 18 are issues that make leisure-time physical activity and exercise a privilege rather than a human right 18 .…”

“…Rather, we aim to emphasize that many of these policies have the potential to promote equity in leisure-time physical activity. If in some way they still reach a small share of the Brazilian population 18,32,33 , these initiatives should tend to reach exactly those who need them the most; put differently, the exclusion or reduction of such policies would further increase the inequities.…”