“…A própria ideia da importância da diversidade de usos para a segurança e a vitalidade urbanas, cuidadosamente construída por Jacobs e amplamente difundida por urbanistas no mundo inteiro desde então (ver, por exemplo, Alexander, Ishikawa, & Silverstein, 1977;e Gehl, 2013), tem encontrado resultados contraditórios. Se, por um lado, há ampla evidência de que ela esteja efetivamente associada à vitalidade urbana e ao movimento de pedestres (Cervero & Kockelman, 1997;Netto, Vargas, & Saboya, 2012;Saboya, Netto, & Vargas, 2015;Sung, Lee, & Cheon, 2015), por outro também tem sido consistentemente associada à ocorrência de crimes (Greenberg & Rohe, 1984;Stucky & Ottensmann, 2009), inclusive no Brasil (Monteiro & Cavalcanti, 2017;Saboya, Banki, & Santana, 2016). Além disso, a operacionalização da medida de diversidade empregada nesses trabalhos também representa uma limitação importante, conforme explicaremos mais adiante.…”