Uso da dieta de eliminação no tratamento de Esofagite Eosinofílica: uma revisão de literatura

Abstract

A Esofagite Eosinofílica (EEo) é uma patologia que vem crescendo ao longo do tempo. Epidemiologicamente ocorre de forma variada tanto geograficamente quando por faixas etárias, com incidência maior em adultos que em crianças. Os sintomas são baseados no quadro diagnóstico combinado com algumas características clínicas, podendo ser confundidos com a doença do refluxo gastroesofágico (DGRE). O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa sobre as modificações das dietas aplicadas em pacientes com EEo. Foram selecionados artigos indexados dos últimos 10 anos, disponibilizados na íntegra em idiomas inglês, português e espanhol. A coleta de dados ocorreu nas bases: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMED), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) e Google Acadêmico. Após a aplicação dos critérios de exclusão e inclusão, 6 artigos formam selecionados para análise e discussão. A partir dos estudos, concluiu-se que houve a melhora do quadro clínico dos pacientes estudados a partir da adesão das dietas de exclusão e dietas de eliminação empíricas. Alimentos como o ovo, trigo, glúten e o leite foram os que mais influenciavam na EEo, consequentemente influenciando nos sintomas. Portanto, o acompanhamento e adesão de forma contínua da dieta recomendada ao paciente com EEo é de suma importância para seu tratamento e resultado da redução de sua sintomatologia.

A prevalência da Esofagite Eosinofílica no Brasil – uma revisão de literatura

“…A esofagite eosinofílica é causada por uma reação alérgica a determinados alimentos permeados por antígenos (FA-EOE) e aeroalérgenos (AA-EOE) em pessoas com predisposição genética 8 . Vale ressaltar que os alérgenos que provocam a EoE incluem ovo, trigo, soja, leite, peixe, frutos do mar e nozes 10, 15 . Em junção, sabe-se que essa doença traz a sintomatologia de uma dispepsia, mas seus sintomas não regridem com o tratamento convencional para essa doença 16 .…”

“…O exame diagnóstico da esofagite eosinofílica é a biópsia esofágica de áreas lesionais, cujo é positivo quando possui mais de 15 eosinófilos por campo 17 . Devido às más respostas ao tratamento e ao exame que não é solicitado de rotina, essa condição tem se tornado, ao longo dos últimos anos, uma das principais e maiores causas de morbidez gastrointestinal superior, levando a uma redução na qualidade de vida e aumento nos gastos dos cuidados 7. Consonante a isso, foi possível observar que crianças que possuem alergias alimentares mediadas por IgE apresentam mais chances de desenvolver EoE que as demais faixas etárias 9,15 . Isso denota que em pacientes atópicos a EoE apresenta vias comuns de mecanismo sendo a IL-13 um dos mediadores determinantes 9 .…”

“…Sua incidência está em constante ascensão e estima-se 10/100.000 casos por ano, no país 11 . Ainda não se sabe ao certo se o aumento da incidência da EE é resultado de um maior conhecimento sobre a doença e desenvolvimento de métodos diagnósticos, visto que, apesar de ser um bom argumento, essa não seria a única explicação, pois estudos comprovaram que o aumento na incidência não superou o pequeno aumento nas taxas de biópsias 11,15 .…”

Abordagens terapêuticas da esofagite eosinofílica: revisão integrativa de literatura

“…Caso não seja responsivo à terapia proposta, é possível proceder à dilatação esofágica por via endoscópica. Desse modo, o tratamento da presente patologia promove melhoria da qualidade de vida dos pacientes acometidos, uma vez que provoca remissão da doença e regressão de sintomas, proporcionando conforto para o paciente (MACEDO; CALDAS; LANDIM, 2021;MARTINS, et al, 2022).…”

Esofagite eosinofílica: uma condição inflamatória crônica do esôfago

“…No que diz respeito ao tratamento, atualmente, consiste na terapia dietética, na qual pode ser utilizado a dieta de eliminação de 6 alimentos (leite, glúten, ovo, peixes, frutos-do-mar e frutos secos e trigo) apoiada em testes de alergia, a dieta de eliminação guiada e a dieta elementar (MACEDO KV, et al, 2021). Pode ser retirado os alimentos causadores da patologia, contudo, alguns pacientes não têm melhoras, fazendo com que seja necessário recorrer a terapêutica farmacológica com corticosteroides tópicos (VIEIRA GG, et al, 2019).…”