Uma “rede” de muitos significados: A positivação pedagógica da “experiência soropositiva”

Abstract

Resumo: Este artigo, resultado da etnografia realizada com jovens que vivem com HIV/AIDS do estado do Rio de Janeiro, trata do investimento pedagógico de positivação da “experiência soropositiva”. A partir da análise de um “encontro”, situado segundo a etnografia na “rede” da qual fazem parte, reflito sobre os nexos produzidos entre ajuda mútua, práticas de cuidado de si, emoções e construção de identidades. A centralidade é dada à produção de narrativas experienciais e gramáticas de sofrimento.

“Não é só um comprimido!”: conflitos, moralidades e a gestão de um “saber” sobre viver com HIV/Aids indetectável

“…Para superar este último, incentiva que as pessoas procurem pontos positivos da sua vida após o HIV -algo muito presente no movimento social de HIV/Aids (cf. Coitinho Filho, 2018). Ele assinala que o período inicial do diagnóstico foi difícil, mas logo superou àquela situação.…”

A PEC N. 55/2016 e o Medo que dela Sobrevém: Agenciamentos, Disputas e Enquadramentos no Ativismo em HIV/Aids

“…O autor debruça sua análise sobre o processo de coming out como um reconhecimento público da sexualidade divergente, não heterossexual. Como tal, o coming out é construído no indivíduo ao longo do tempo e a partir de um conjunto de ações, que variam desde a participação em espaços de sociabilidade homossexual ao enfrentamento da homofobia 13 . A noção de visibilidade tende a refletir sobre a dimensão de tornar visível uma "causa" de dimensão coletiva, burlando as fronteiras ante à norma.…”

HIV/AIDS: sexualidades, subjetividades e políticas

“…Somadas às articulações inéditas entre ativismo, política e emoção no contexto nacional, outras interpretações inspiradas no olhar da emoção enquanto conhecimento corporificado e com foco na Aids (Coitinho, 2018;Nelvo, 2018 no prelo) instigam a sociologização das diversas práticas (de cuidado, prevenção) e representações da epidemia, mantendo no horizonte as imbricações entre corpo, indivíduo e sociedade. Este ponto é especialmente relevante dado o revigoramento do discurso do risco e dos modelos comportamentais como norteadores da prevenção, que privilegiam um suposto sujeito racional como alvo das estratégias de enfrentamento da epidemia.…”