“…Alguns dos textos analisados também se aproximaram ao apresentar as dificuldades, retratadas pelas mulheres, para reorganizar a rotina no período pós-divórcio (Cúnico & Arpini, 2014a;Perucchi & Beirão, 2007;Rosado et.al., 2011;Stasevskas & Schor, 2000;Verza et al, 2015). Destaca-se que a ausência do pai na vida diária da família esteve associada à sobrecarga das mulheres chefes de família, incluindo um cotidiano de privação financeira, sendo as mães as únicas provedoras do lar (Cúnico & Arpini, 2014a;Rosado et al, 2011;Stasevskas & Schor, 2000), o esgotamento físico e emocional frente ao acúmulo de funções desempenhadas pelas mulheres na família (Cúnico & Arpini, 2014a;Perucchi & Beirão, 2007) e, decorrente disso, a necessidade de adaptações na administração de suas vidas sociais, afetivas e profissionais (Verza et al, 2015). Convém destacar que nestes estudos as participantes indicaram a noção da família nuclear como o ideal de família e o sentimento de inadequação ou incompletude por se distanciarem de tal modelo (Cúnico & Arpini, 2014a;Perucchi & Beirão, 2007;Stasevskas & Schor, 2000;Verza et al, 2015).…”