Um estudo de elites acadêmicas no campo da Política Educacional no Brasil

Abstract

Resumo: O estudo desenvolvido exigiu parâmetros de objetivação para construção do espaço epistêmicoprático da Política Educacional nos Programas de Pós-Graduação em Educação da região Nordeste do Brasil. Foram utilizados instrumentos estatísticos, a exemplo da análise descritiva e análise fatorial de correspondência múltipla-cujo objetivo foi evidenciar e, paralelamente, delimitar as diferentes espécies de capital atuantes no espaço de produção social do conhecimento, por meio de propriedades de capitais (ou atributos posicionais) extraídas da Plataforma Lattes do CNPq. Com efeito, tornou-se necessário reconhecer as elites acadêmicas, situadas historicamente, como detentoras de valores específicos e com interesses socialmente definidos no campo científico da Política Educacional. A discussão converge para uma análise em torno dos condicionantes sociais e práticos dos agentes que produzem representações acadêmicas nesse campo, haja vista ser necessário explorar a lógica das lutas concorrenciais e as batalhas que se dão em torno do jogo para imposição da agenda de produção, entendidos como tomadas de posição dos agentes em relação ao seu universo de práticas sociais. Palavras-chave: Elites acadêmicas. Campo científico. Política educacional. Análise de correspondência. Região Nordeste. * As formulações presentes neste estudo têm por base a tese de Doutorado (Entre)laços e nós:

The Constitution of the Academic Field in Educational Policy in the Northeast Region of Brazil

“…(Interviewee_15) At conception of Bourdieu (2011), in the spaces of production of the theme, the struggle of academic elites, to impose their way of seeing and thinking, may not be perceived as such. In the field of Educational Policy, agents try to bring to yourself the members of the line that disperse their objects of study and threaten their organicity (Guimarães, 2018).…”

A pesquisa em Política Educacional: características epistemológicas de teses no período de 2013 a 2016

“…A produção acadêmica em Política Educacional vinculada aos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGEs) é objeto de análise e discussão de pesquisas realizadas nacionalmente (DIÓGENES, 2014;ESPINOZA, 2009;GATTI, 2012;GUIMARÃES, 2019;MACEDO;SOUZA, 2010;MARTINS, 2011;MOREIRA, 2019MOREIRA, , 2021SOUZA, 2014). De modo mais específico, há pesquisas que analisam teses e dissertações (BELLO; JACOMINI; MINHOTO, 2014MINHOTO, , 2016CHIMEL;LIMA, 2021;SANTOS;SCORTEGAGNA, 2022;TONIETO, 2018;TONIETO;FÁVERO, 2020FÁVERO, , 2021 com o objetivo de compreender as dimensões teórica e metodológica de tal produção, assim como apontar limites e perspectivas para a qualificação da pesquisa em Política Educacional e para a formação de pesquisadores.…”

Psicólogas(os) na Ciência: Como Estamos em 60 Anos de Profissão no Brasil

“…De acordo com Guimarães (2019), é imprescindível reconhecer que há contextos determinantes para a formação de elites no campo científico que têm domínio do espaço de produção, de circulação e de legitimação do conhecimento científico. Esses contextos privilegiam umas e desfavorecem outras áreas, ou seja, promovem, em última análise, condições desiguais de possibilidades de desenvolvimento científico e tecnológico e dos aparatos acadêmicos e institucionais na efetividade da pesquisa científica entre diferentes áreas do conhecimento, entre regiões do país, entre homens e mulheres e entre outros marcadores sociais da diferença, como classe social, raça/etnia e sexualidade.…”