Twitter e comunicação política: limites e possibilidades

Abstract

criado em 2006, já é objeto de pesquisa recorrente. Com base nisso, aqui se propõe um estudo exploratório da recente bibliografia brasileira que trata dos usos e potencialidades do Twitter em interface com a comunicação política. O objetivo é mapear tendências e caminhos de investigação, além de delinear os limites de um campo de pesquisa proeminente. Dessa pesquisa se adianta a existência de 50 estudos, sendo a maioria relatos a respeito da utilização do Twitter<em> </em>nas eleições. Destaca-se também o enriquecimento do seu uso ocasionado pela evolução da ferramenta e seu domínio pelos atores políticos.

Presidência virtual: uma análise do discurso político de Jair Bolsonaro no twitter

“…Por meio desses recursos tecnológicos, pode-se ter contato com várias pessoas de maneira simultânea, permitindo, inclu sive, que um político possa falar "ao povo" e "com o povo", sem qualquer interferência, nem mesmo jornalística, como poderia acontecer em um debate ou telejornal (SARGENTINI, 2015). A partir deste fato é possível observar que "(…) os atores políticos estão sempre em campanha e buscando promover-se; a preocupação, em política, gira em torno de fazer propaganda, fazer -se visível, aproveitar as oportunidades de aparecer através dos media" (ROSSETTO et al, 2013).…”

Análise de sentimentos expressos no Twitter em relação aos candidatos da eleição presidencial de 2022

“…Dentre os diversos assuntos debatidos na rede social, destaca-se a política, tema que gera interesse e comentários de várias pessoas. Nesse sentido, o Twitter se destaca como um local de divulgac ¸ão de discussões políticas, sendo uma forma de obter informac ¸ões políticas rápidas e sem filtro, de diversas fontes diferentes, além de auxiliar no anseio dos usuários que desejam participar ativamente do processo político [Rossetto et al 2013].…”

O redesenho do programa Cultura Viva: performance de uma democracia deliberativa?

“…Quando observamos estudos brasileiros, a realidade se mostra semelhante. A maioria dos trabalhos na área são sobre situações de campanha (ROSSETTO et al, 2012). Um bom exemplo de relato desse tipo de uso é oferecido por Becher e Braga (2011) a respeito dos mecanismos de participação e deliberação online nas eleições brasileiras de 2010, apresentando resultados sobre o uso da internet pelos candidatos aos governos dos estados e ao Senado, a partir de uma metodologia adaptada para detectar padrões de uso da rede e mapear diferentes modalidades de interação entre candidatos e eleitores.…”