2014
DOI: 10.1590/s0002-05912014000100008
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Trocando galanterias: a diplomacia do comércio de escravos, Brasil-Daomé, 1810-1812

Abstract: O artigo trata da correspondência entre o rei de Portugal e os reis africanos da Costa dos Escravos entre 1910 e 1812. Esses anos correspondem à assinatura de dois importantes tratados com a Grã-Bretanha envolvendo a extinção do tráfico atlântico de escravos. O artigo recupera a análise da historiadora brasileira Ângela de Castro Gomes sobre as correspondências interpessoais como gênero literário para explorar cartas de Adandozan (rei do Daomé) e d. João (na época, regente de Portugal). Essa correspondência mo… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
2

Year Published

2015
2015
2022
2022

Publication Types

Select...
5

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 5 publications
(2 citation statements)
references
References 3 publications
0
0
0
2
Order By: Relevance
“…Se o tráfico negreiro para as colônias britânicas e os Estados Unidos estava proibido, e acarretara a queda do preço dos cativos em Ajudá "a um pouco menos da metade dos níveis anteriores a 1807", nos portos brasileiros, na mesma época, o preço dos escravos "subira de forma considerável" (Costa e Silva, 2004: 81). Assim é que, mesmo depois da assinatura do Tratado de Aliança e Amizade com a Inglaterra (1810), que previa artigo | maria laura viveiros de castro cavalcanti a abolição do tráfico de escravos africanos pelos portugueses, o tráfico do golfo de Benim para o Brasil permaneceu intenso (Soares, 2014), e o embarque de escravos pelos portugueses era mesmo, segundo Costa e Silva (2004), autorizado a partir de Ajudá, embora não em outros portos da costa. 59 Na primeira metade do século XVIII, os daomeanos percebiam-se como guerreiros e não como mercadores de escravos, pois apenas depois de reservar para sacrifícios partes significativas dos prisioneiros de suas guerras, colocavam os demais no mercado do tráfico (Costa e Silva, 2004).…”
Section: Publicou a Monografiaunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Se o tráfico negreiro para as colônias britânicas e os Estados Unidos estava proibido, e acarretara a queda do preço dos cativos em Ajudá "a um pouco menos da metade dos níveis anteriores a 1807", nos portos brasileiros, na mesma época, o preço dos escravos "subira de forma considerável" (Costa e Silva, 2004: 81). Assim é que, mesmo depois da assinatura do Tratado de Aliança e Amizade com a Inglaterra (1810), que previa artigo | maria laura viveiros de castro cavalcanti a abolição do tráfico de escravos africanos pelos portugueses, o tráfico do golfo de Benim para o Brasil permaneceu intenso (Soares, 2014), e o embarque de escravos pelos portugueses era mesmo, segundo Costa e Silva (2004), autorizado a partir de Ajudá, embora não em outros portos da costa. 59 Na primeira metade do século XVIII, os daomeanos percebiam-se como guerreiros e não como mercadores de escravos, pois apenas depois de reservar para sacrifícios partes significativas dos prisioneiros de suas guerras, colocavam os demais no mercado do tráfico (Costa e Silva, 2004).…”
Section: Publicou a Monografiaunclassified
“…-, na qual se encontram nomeados um a um os objetos que viriam a integrar -por caminhos também já deslindados -a coleção daomeana do Museu Nacional(Soares, 2014). A hipótese de que o trono daomeano existente na coleção brasileira resultaria de retaliação por parte de Ghézo não encontrou bases plausíveis.…”
unclassified