Abstract:Professora da Escola de Administração/UFRGS Doutoranda emPsicologia/PUCRS Esta pesquisa, realizada no setor bancário, trata da experiência do tempo que (des)organiza práticas cotidianas dos sujeitos da reestruturação do trabalho. Considera alguns dos impactos desta reestruturação à subjetividade: desemprego, requalificação e saúde do/a trabalhador/a, bem como a necessidade de um novo tipo de trabalhador/a com peculiares modos de experimentar o tempo. Compreender tais modos significa repensar a produção e a apl… Show more
“…Tais formas de experimentar o tempo afetam o modo de viver dos indivíduos e, com isso, absolutizam e banalizam trajetórias que, diante da exigência de velocidade, não se pensa e não se compreende; se age (GRISCI, 1999b): "a sensação do tempo não é, no entanto, necessariamente, acompanhada de uma reflexão acerca dele, uma vez que a própria forma de experimentá-lo pode não possibilitar ao sujeito um tempo de reflexão" (GRISCI, 1999b, p.04). Esse fato somatiza a questão da subjetividade, neste caso, em prol dos ditames do capital.…”
Section: Subjetividade Processo De Individuação E Processo De Singunclassified
Educação-Brasil. 2. Professores-Formação. 3. Prática de ensino. I. Lombardi, Anna Paula. II. Série. CDD 370 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
“…Tais formas de experimentar o tempo afetam o modo de viver dos indivíduos e, com isso, absolutizam e banalizam trajetórias que, diante da exigência de velocidade, não se pensa e não se compreende; se age (GRISCI, 1999b): "a sensação do tempo não é, no entanto, necessariamente, acompanhada de uma reflexão acerca dele, uma vez que a própria forma de experimentá-lo pode não possibilitar ao sujeito um tempo de reflexão" (GRISCI, 1999b, p.04). Esse fato somatiza a questão da subjetividade, neste caso, em prol dos ditames do capital.…”
Section: Subjetividade Processo De Individuação E Processo De Singunclassified
Educação-Brasil. 2. Professores-Formação. 3. Prática de ensino. I. Lombardi, Anna Paula. II. Série. CDD 370 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
“…Dessa forma, pode-se perceber que, trabalho e tempo, entrelaçam o novo cenário contemporâneo através das mudanças da reestruturação produtiva. As novas tecnologias vão incidir sobre o tempo de trabalho e com isso, afetar a subjetividade e modos de vida dos(as) trabalhadores(as) (Grisci, 1999 Há, portanto, um desejo de continuidade neste trabalho, visto que quando há uma adaptação na rotina e uma organização da questão financeira, ocorre uma ruptura neste trabalho e neste modo de viver. O sentimento de tristeza e impotência perpassa os comentários verbais das participantes, tendo em vista que não terão outro trabalho depois de saírem da safra e se tornarão dependentes novamente do dinheiro dos companheiros.…”
Section: Organização Do Trabalho Na Safra E Sua Relação Com O Tempounclassified
“…Estas mudanças são marcadas pela questão do trabalho e do tempo, implicando em novos modos de viver e se subjetivar. Assim, na medida que a realidade se transforma, os sujeitos também são transformados (Grisci, 1999).…”
Section: Organização Do Trabalho Na Safra E Sua Relação Com O Tempounclassified
O trabalho, por ser central na vida dos sujeitos, tem o potencial de atravessar e constituir a subjetividade dos trabalhadores. O trabalho na safra nas indústrias de fumo constitui-se como um importante meio de subsistência para uma considerável parcela de mulheres de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Desse modo, este artigo se propõe a discutir a relação entre trabalho e tempo nos processos de subjetivação das trabalhadoras safristas das industrias do fumo de Santa Cruz do Sul. Esse estudo ancorou-se nos pressupostos teóricos e metodológicos da Psicodinâmica do Trabalho, no qual foram realizados três encontros de grupos com quatro trabalhadoras safristas no Sindicato dos Trabalhadores do Fumo e da Alimentação (STIFA) e quatro entrevistas individuais. A análise dos materiais evidenciou que as participantes se subjetivam nesse trabalho temporário que se configura como um modo de trabalhar em que há uma interrupção e, ao mesmo tempo, continuidade ao longo dos anos. Foi constatado que o trabalho na safra se constitui como um trabalho essencialmente feminino, dado o elevado número de trabalhadoras mulheres nesse ramo produtivo. Essas questões denotam, portanto, o modo como as trabalhadoras se estruturam e se organizam neste contexto de trabalho, se subjetivando nesta temporalidade sazonal, seja pela falta de opções de emprego ou pela repetição durante vários anos na safra, mesmo que contrarie o desejo de um emprego efetivo.
“…Sendo o trabalho um universo de significados, as transformações que se operam nele ao longo do tempo e da história trazem mudanças no modo de o ser humano viver e subjetivar (GRISCI, 1999).…”
O artigo apresenta uma pesquisa que teve por objetivo identificar representações sociais sobre trabalho e saúde mental em um grupo de agricultores orgânicos e analisar as relações entre tais representações e eventual aparecimento de sofrimento mental. Participaram da pesquisa 19 agricultores familiares de Capanema, Paraná. Os dados foram coletados por meio de um protocolo de observação do ambiente de trabalho dos sujeitos, bem como mediante a utilização de entrevista semiestruturada. Os resultados indicam que os agricultores orgânicos pesquisados representam o seu trabalho como algo potencialmente criador de saúde, de modo que, neste estudo, não foram identificados sinais de sofrimento mental nos sujeitos. Ao contrário, as representações identificadas têm muitos elementos em comum, então, para esses agricultores saúde implica trabalho e trabalho implica saúde.
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