A busca por materiais de menor impacto ambiental é pauta fundamental para uma constante evolução da construção civil e sociedade, tornando-se cada vez mais recorrente. Esses materiais precisam apresentar uma diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, cumprir os requisitos técnicos que as normas estabelecem em função da finalidade de cada composição, possibilitar redução ou reaproveitamento de resíduos, e uma boa relação custo-benefício. Desse modo, o presente artigo objetiva analisar a viabilidade econômica e ambiental do tijolo de solo-cimento na construção civil no Brasil e identificar os principais resultados da incorporação de resíduos em sua fabricação. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa da literatura, que foi realizada entre agosto de 2021 a janeiro de 2022. O tijolo de solo-cimento apresenta uma economia de 41% comparado ao tijolo cerâmico, podendo ser articulado com as habitações de interesse social; além disso, gera menos impacto ambiental, seja pela diminuição dos gases poluentes - redução de 29,5% de CO2, ou pelo reaproveitamento de resíduos. É possível encontrar na literatura a incorporação de diversos resíduos com resultados diferentes. Portanto, o potencial do tijolo de solo-cimento fica evidente pelo reaproveitamento de resíduos, auxiliando no descarte e reaproveitamento; por ter um menor custo financeiro da obra e menor emissão de CO2; além de ter potencial para ser utilizado em programas habitacionais com intuito de diminuir o déficit habitacional no Brasil. No entanto, são necessárias mais pesquisas com esse método construtivo, com a finalidade de adquirir uma maior confiabilidade desse material.