The right to shine: Poverty, consumption and (de) politicization in neoliberal Brazil

Abstract

This article discusses the political impacts on the poor’s subjectivity provoked by neoliberal policies such as inclusion through consumption in 21st century Brazil. From 2009 to 2014, we carried out ethnographic research with new consumers in a low-income neighbourhood – Morro da Cruz – in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul. We argue that consumption does not necessarily depoliticize human experience, as it is broadly assumed to have done in the scholarly literature on neoliberalism. In a society in which the poor has obtained goods through hierarchical and servile relationships, the possibility of buying things provides a micro sphere for recognition, though not in terms of classic collective action or even hidden subversion. Coupled with the momentum towards a national ‘economic emergence’, status goods became vehicles of an emergent subjectivity, which we conceptualize as ‘the right to shine’. The right to shine are subtle forms of class and racial self-worth, and individual and interpersonal empowerment that revealed interclass defiance.

Direito humano à alimentação adequada: percepções de participantes do Programa Bolsa Família

“…Isso permitiu concretizar ações políticas, como a recusa à subordinação, o reconhecimento do direito a uma vida materialmente mais confortável e a possibilidade de ocupar espaços públicos em uma sociedade marcada historicamente pela exclusão social. 21 O papel do PBF como política de SAN não se limita à promoção do DHAA, viabilizadopelo benefício financeiro que permite um incremento na aquisição de alimentos pelas famílias atendidas. 7,9 A luta para reivindicar as garantias ratificadas pelo Estado é complexa e abarca um contingente populacional desassistido, pouco informado sobre seus direitos, cujo contexto socioeconômico perpetua a exclusão.…”

Currículo e cultura escolares: rareamento de práticas de leitura de alunos empobrecidos e periféricos

“…De acordo com informações retiradas do site do Ministério da Educação (MEC), o NEM se define por uma organização curricular "mais flexível" e visa dar continuidade ao projeto de formação básica que compõe a BNCC; e, também, aproxima "[...] as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as [...] complexidades do mundo do trabalho [...]" (BRASIL, 2018b, grifo nosso). Convém lembrar que os estudantes de hoje são advindos de classes economicamente menos favorecidas e tiveram maior acesso à escolarização formal como direito social fundamental durante governos populares entre os anos de 2003 e 2015 (Cobo;Athias;Mattos, 2014;Pinheiro-Machado;Scalco, 2022;Bruno;Soares, 2017). Esse ponto merece, portanto, bastante atenção.…”