“…Em São Paulo, a professora Odette Lourenção Van Kolck organizou a primeira compilação dos testes disponíveis no país e no exterior em dois volumes, resultante da sua tese de livre docência na USP (Alves, 2004), trazendo os termos de validade e precisão para discutir os testes psicológicos, como também realizou várias publicações na área dos testes projetivos gráficos (Van Kolck, 1968, 1974, 1984: Já no Rio Grande do Sul, Jurema Alcides Cunha, organizou uma série de livros básicos para a formação do psicólogo na área do psicodiagnóstico (Cunha, 2003) tendo também sido responsável pela padronização do Inventário de Inteligência Não Verbal de Pierre Weil, do teste Hotltzman Inkblot Technique (Gomes, 2009), e pela validação da Escala de Depressão de Beck para o país (Cunha, 2001, Cunha 2006 A organização do movimento de avaliação psicológica O percurso histórico da área de avaliação psicológica no país demonstra que este pode ser descrito em várias fases ou ondas, sendo que na primeira houve um grande interesse pelos testes, na segunda uma grande crise ou descrédito, e na terceira, a mais atual, surge um grande desenvolvimento da área (Pasquali, 2010;Wechsler et al, 2014). Assim sendo, o primeiro período de interesse e valorização dos testes psicológicos, como descrito anteriormente, foi sucedido por uma fase de críticas pelos próprios psicólogos, considerando que os testes não representavam as características do povo brasileiro e, principalmente, tinham origem em outros países sem estudos de sua validade e sem normas para nossa cultura (Oakland, Wechsler, & Maree, 2013). Esta fase de descrédito durou, aproximadamente, duas décadas , sendo banalizados o estudo e a prática de testes psicológicos no país (Alchieri & Cruz, 2003).…”