A prática social da luta pela terra em assentamentos rurais: uma perspectiva geracional
ResumoA luta pela terra constituiu-se historicamente enquanto prática social de resistência camponesa frente ao processo de expropriação, produção e reprodução social capitalista no meio rural brasileiro. Deste modo, movimentos e sujeitos sem-terra continuam assumindo o protagonismo da luta política exercida contra a concentração fundiária, a degradação ambiental e a precarização das relações de trabalho nos territórios rurais. Considerando tal conjuntura, o presente artigo tem por objetivo discutir o fenômeno da prática social da luta pela terra em sua dimensão geracional, com foco analítico nos assentamentos rurais paulistas. O estudo foi elaborado por meio de revisão bibliográfica de literatura acadêmica especializada. Como resultado, argumentamos pela existência de uma ruptura geracional entre a primeira e segunda geração camponesa assentada, no que se refere aos modos de problematização, identificação, significação e formulação de projetos de vida ligados ao meio rural.Palavras-chave: Reprodução Social Camponesa. Assentamentos Rurais. Sucessão Geracional.
The social practice of land struggle in rural settlements: a generational perspective
AbstractThe struggle for land has historically constituted as a social practice of peasant resistance against the process of expropriation, production, and capitalist social reproduction in the Brazilian rural environment. Thus, landless movements and individuals continue to take on the role of political struggle against land concentration, environmental degradation, and the precarization of labor relations in rural territories. Considering this context, the present article aims to discuss the phenomenon of the social practice of the fight for land in its generational dimension, with analytical focus on rural settlements in São Paulo. The study was conducted through a literature review of specialized academic literature. As a result, we argue for the existence of a generational rupture between the first and second generations of settled peasants, concerning modes of problematization, identification, significance, and formulation of life projects linked to the rural environment.Keywords: Peasant Social Reproduction. Rural Settlements. Generational Succession.
La práctica social de la lucha por la tierra en los asentamientos rurales: una perspectiva generacional
ResumenLa lucha por la tierra se ha constituido históricamente como una práctica social de resistencia campesina frente al proceso de expropiación, producción y reproducción social capitalista en el medio rural brasileño. Así, los movimientos y sujetos sin tierra continúan asumiendo el protagonismo de la lucha política ejercida contra la concentración de tierras, la degradación ambiental y la precarización de las relaciones laborales en los territorios rurales. Considerando este contexto, el presente artículo tiene como objetivo discutir el fenómeno de la práctica social de la lucha por la tierra en su dimensión generacional, con enfoque analítico en los asentamientos rurales paulistas. El estudio se realizó mediante una revisión bibliográfica de literatura académica especializada. Como resultado, argumentamos la existencia de una ruptura generacional entre la primera y segunda generación campesina asentada, en lo que se refiere a los modos de problematización, identificación, significación y formulación de proyectos de vida vinculados al medio rural.Palabras clave: Reproducción Social Campesina. Asentamientos Rurales. Sucesión Generacional.