Terapia de grupo para pacientes comdor crônica orofacial

Abstract

Um grupo de psicoterapia comportamental, para pacientes com dor crônica orofacial, é apresentado com o intuito de superar a noção de um grupo de apoio com base num modelo, no qual aspectos fisiológicos e psicológicos interagem. A análise aplicada do comportamento e a terapia comportamental cognitiva são duas abordagens que sustentam a construção de terapias de grupo, com formato didático, para a aquisição de melhores formas de lidar com a dor. A análise clínica do comportamento, por sua vez, procura, a partir de uma análise funcional do processo psicoterapêutico, proporcionar mudanças profundas de cura. A junção dos dois (o formato didático e a psicoterapia analítico-funcional) se realiza quando, durante as sessões, episódios verbais não são compreendidos como trocas de informação, mas analisados como atos em contextos.

Mapeamento do uso do conceito “reforço natural” na literatura analítico-comportamental brasileira a partir dos periódicos nacionais

“…A primeira refere-se à mediação por parte de indivíduos que não planejam condições antecedentes ou consequências com o objetivo claramente definido de afetar determinadas classes de respostas, caracterizando uma contingência natural. Por exemplo, conversar com outra pessoa, que é reforçado pela própria conversa ou pela atenção do outro (Brandrão 1999;Popovitz & Silveira, 2014;Silveira et al, 2009;Vandenberghe, Cruz & Ferro, 2003). A segunda forma de mediação consiste na presença de reforçadores naturais em contingências planejadas.…”

“…No caso dos artigos relacionados à Terapia Analítico-Funcional (FAP), percebe-se que têm em comum a premissa de privilegiar em suas sessões os reforçadores naturais em detrimento de arbitrários (Almeida, Runnacles & Silveira, 2016;Assi & Thieme, 2019;Brandrão 1999;Cassas & Luna, 2018;Costa, 2011;Dias & Silveira, 2016;Dias & Vandenberghe, 2014;Greboggy & Silveira, 2016;Medeiros, 2002;Moreira & Oshiro, 2017;Peron & Lubi, 2011;Popovitz & Silveira, 2014;Silveira et al, 2009;Vandenberghe, Cruz & Ferro, 2003). Como apontado por Popovitz e Silveira (2014), "a fonte de reforço natural disponível em um processo psicoterapêutico são as respostas interpessoais do terapeuta aos comportamentos do cliente" (p. 10).…”

Dor Crônica sob a Ótica Comportamental: Compreensão e Possibilidades de Intervenção

“…As técnicas baseadas na Análise do Comportamento Aplicada, utilizando modelos propostos pelo condicionamento clássico e operante, demonstram eficácia na redução da dor em diferentes estudos encontrados na literatura (Vlaeyen et al, 2002;Fordyce, 1976). Além disso, ferramentas utilizadas na Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia de Aceitação e Compromisso, e Terapia Analítico-Funcional também demonstram resultados interessantes, na diminuição da intensidade da dor (Salvetti et al, 2012), identificação dos padrões comportamentais de dor e alívio (Vandenberghe, Cruz, & Ferro, 2003), assim como na aceitação da condição dolorosa (Dahl, Wilson, Luciano, & Hayes, 2009).…”

“…De acordo com Vandenberghe et al (2003), nesse estudo em grupo utilizando a FAP, os comportamentos clinicamente relevantes (CCR1) que mantêm a dor crônica podem ocorrer no grupo, e são enfraquecidos pelo terapeuta, assim como os progressos ao vivo (CCR2), são reforçados, e as análises realizadas pelo paciente (CCR3) são modeladas. Para isso, o terapeuta precisa observar cuidadosamente os efeitos potencialmente reforçadores que as suas reações têm sobre os comportamentos do paciente e compartilhar com ele as suas interpretações das variáveis que afetam o seu comportamento.…”

Grupo de apoio psicológico a portadores da Síndrome Fibromialgia: relato de experiência

“…Após dois minutos, elas infl uenciavam o movimento conscientemente da região abdominal, sem paralisar a região do tórax. O objetivo é aumentar movimento diafragmático 26 . Para auxiliar no ritmo respirató-rio, eram feitas contagem com pausas de quatro até seis segundos e imaginação de um balão na região abdominal para facilitar a prática.…”