As contribuições das Ciências Sociais diante da epidemia de HIV/aids têm sido pouco examinadas no Brasil em termos quantitativos e qualitativos. Para experimentar aproximações junto ao “estado da arte” deste campo de pesquisas, o presente trabalho pretendeu mapear e analisar as teses e dissertações brasileiras em HIV/aids na área de Ciências Sociais. Através do levantamento bibliográfico no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES foram identificadas 111 dissertações e 48 teses, abrangendo o período de 1990 a 2018. Análises de estatística descritiva e de conteúdo foram empregadas e discutidas acerca do volume, área do conhecimento, período, instituição, região, gênero, temas e metodologias. Dentre os resultados, destacam-se: o crescimento expressivo de estudos e o processo de diversificação do material empírico ao longo dos anos; as mulheres como as principais interlocutoras; práticas terapêuticas e de cuidado como temas menos frequentes; a carência de estudos junto à população negra, aos indígenas e às expressões de gênero e sexualidade em sua pluralidade; as instituições públicas de saúde, empresas e laboratórios como contextos pouco ou ainda não explorados. Ademais, o artigo atenta para as possibilidades de expansão de pesquisas com as novas biotecnologias e mídias digitais.