Tecobé no Marajó: tendência de indicadores de monitoramento da atenção primária antes e durante o Programa Mais Médicos para o Brasil

Abstract

This study aimed to evaluate the performance of the Family Health Strategy after implementation of the More Physicians Program (MPBP) in the territory of Marajó-Pa-Brazil through an historical series of four primary care indicators during 2011-2015: population coverage, proportion of live births to mothers with/without prenatal consultations, hospitalization rates due to primary care sensitive condition (taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária - ICSAP) and infant mortality rate. A trend of improvement was evident after implementation of the MPBP in 2013, achieving 42.8% of coverage in December 2015. In April 2014, all 16 municipalities had established teams with physicians. The proportion of live births to mothers with/without prenatal consultations showed increasing trends in most municipalities, increasing by 97% on average, predominantly with seven consultations or more and reducing the proportion of live births to mothers without prenatal visits. The infant mortality rate achieved a downward trend starting in 2014. The results indicate improvements in primary care based on the selected indicators, boosting the Family Health Strategy (FHS) in the studied region.

Impactos da política nacional de atenção básica nas taxas de mortalidade infantil sob a ótica da estratégia de saúde da família

“…Uma das ações da PNAB foi a implantação do Programa Mais Médicos, fixando médicos em regiões isoladas com carência de profissionais, por meio do seu componente emergencial de provimento. Conforme o estudo realizado por Carneiro VB, et al (2018) na região do Marajó, região esta que já apresentou taxa de mortalidade infantil superior à do Estado do Pará, a implantação do programa causou uma redução dos índices desta taxa. Porém as atividades exercidas pelos enfermeiros da ESF desempenham papel fundamental para que todas as taxas de mortalidade infantil pudessem ser reduzidas em todas as regiões do país.…”

Internações Por Condições Sensíveis À Atenção Primária: Revisão Integrativa Da Literatura Brasileira

“…Assim, ações custo-efetivas visando prevenção e controle de doenças, constituem atividade com grande potencial de diminuição de ICSAP, desta maneira promovendo menos sofrimento para os usuários e seus familiares, além de possibilitar redução de gastos em toda rede de atenção à saúde (CARNEIRO et al, 2018). Junior e colaboradores (2018) apontam que além do impacto financeiro, também é necessário considerar os prejuízos psicológicos e sociais indissociáveis da hospitalização de pessoas privadas da assistência adequada no nível de atenção básica.…”

“…Desta forma, privilegiar as atividades de planejamento e desenvolvimento de ações intersetoriais, escuta qualificada, encaminhamento para resolução de demandas necessárias, responsabilização e vínculo com a população assistida, conceitua o serviço e aumenta a resolutividade (CARNEIRO et al, 2018). Sales e colaboradores (2019) dizem que a redução no número de ICSAP é a representação da organização do sistema de saúde, entretanto esses números não diminuíram ainda mais pelo fato dos serviços de saúde sentirem dificuldade para trabalhar de forma integralizada.…”

A qualidade da Atenção Primária, a partir do Programa Mais Médicos: avaliação da Estratégia de Saúde da Família por usuários, em uma cidade brasileira

“…Nesta conjuntura, o MS destaca que o PMM configura-se como fruto de esforços do Governo Federal brasileiro e da participação de estados e municípios na busca pela ampliação da qualidade da assistência à saúde à população pelo SUS, visando fortalecer a APS no país. Tem como frentes de atuação o provimento emergencial de médicos no país, a educação e a infraestrutura FERRI, 2017;CARNEIRO et al, 2018;KEMPER et al, 2018).…”

“…Tal programa abastece, prioritariamente, as regiões com vulnerabilidade socioeconômica e de difícil acesso para os profissionais médicos. Ademais, ainda tem como objetivos investir na infraestrutura de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA); reorganizar e ampliar a formação acadêmica do profissional médico, em parceria com Ministério da Educação (MEC), com a criação de novas vagas nos cursos de medicina e de especializações, relacionadas com demandas do SUS, especialmente associadas à medicina de família FERRI, 2017;CARNEIRO et al, 2018;KEMPER et al, 2018).…”