Técnicas e Materiais Empregados na Microencapsulação de Probióticos

Abstract

A microencapsulação consiste na técnica de envolver materiais sólidos, líquidos ou gasosos em pequenas cápsulas que liberam seu conteúdo sob condições controladas. Esta tecnologia tem sido utilizada para manter a estabilidade de probióticos durante o processamento e estocagem dos alimentos, além de aumentar a resistência no decorrer do trato digestório, possibilitando que estes cheguem ao intestino grosso com condições de sobrevivência e colonização. Durante o processo de microencapsulação, a escolha do material encapsulante é uma etapa de grande importância e deve se basear nas características do composto bioativo, na aplicação pretendida e no método de formação das partículas. Existem diversas técnicas que têm sido empregadas na elaboração de microcápsulas e a seleção do método mais adequado deve ser realizada com base nas propriedades físicas e químicas do material que será encapsulado e do agente encapsulante, analisando-se a finalidade de aplicação do ingrediente alimentício. O presente trabalho visa à revisão dos principais métodos e agentes encapsulantes utilizados na microencapsulação de micro-organismos probióticos. PALAVRAS-CHAVE:bactérias ácidos láticos; encapsulação; estabilidade.

Microencapsulamento de bactérias probióticas: uma breve revisão

“…Configura-se pela preparação de uma solução hidrocoloide adicionada dos probióticos, que é gotejada sob o material de revestimento por meio de um bico em alta pressão. Como agentes encapsulantes usados, pode-se citar o alginato, k-carragena e proteínas do leite (Huq et al, 2013;Kailasapathy, 2002;Silva et al, 2014;Vaniski et al, 2017).…”

“…Realiza-se a dispersão de uma fase aquosa contendo as células bacterianas e suspensão em uma fase orgânica, como óleo, resultando em uma emulsão de água/óleo. As cápsulas formadas solidificam-se por meio de resfriamento ou adição de um agente gelificante (Kailasapathy, 2002;Martín et al, 2015;Vaniski et al, 2017).…”

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“…Porém, devido à alta fragilidade destes em sobreviver as condições de pH extremos, como a do trato gastrointestinal (TGI), assim como a concorrência com outros microrganismos presente no meio, é inviável adicionálos na forma livre em algumas matrizes alimentícias, sendo necessário a aplicação de tecnologias que possam proteger os microrganismos (Kushal et al, 2006;Martín et al, 2015). Nesse contexto, o microencapsulamento surge como uma alternativa para a proteção destes microrganismos benéficos aos seres humanos (Verruck et al, 2018b (Vaniski, 2017). A tecnologia de microencapsulação permite encapsular diversas substâncias, como pigmentos, compostos de sabor, nutrientes, enzimas, conservantes, acidulante e microrganismos (Vivek, 2013).…”

“…Outro fator limitante para a manutenção viável dos microrganismos probióticos são as condições de temperaturas em que são expostos, como a refrigeração, o congelamento e a liofilização. Muitas destas práticas podem ser inconvenientes, sendo necessária a incorporação de elementos de proteção antes da encapsulação, com a finalidade de prolongar a proteção e, consequentemente manter viável a população dos microrganismos (Vaniski, 2017).…”

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“…A técnica é fundamentada na formação de pequenas "embalagens" chamadas microcápsulas, microesferas ou micropartículas (Comunian & Fávaro-Trindade, 2016). A microcápsula consiste em uma camada de um agente encapsulante, geralmente um material polimérico que atua como um filme protetor, isolando a substância ativa (gotículas líquidas, partículas sólidas ou material gasoso) e evitando o efeito de sua exposição inadequada (Vaniski, 2017). A tecnologia de microencapsulação permite encapsular diversas substâncias, como pigmentos, compostos de sabor, nutrientes, enzimas, conservantes, acidulante e microrganismos (Vivek, 2013).…”