Abstract:A partir da etnografia de um evento e com base no referencial teórico-metodológico da Teoria do Ator-Rede, este artigo tem por objetivo abordar o tema violências na contemporaneidade, de modo a dar visibilidade à multiplicidade e à complexidade que envolve a sua discussão e a infinitude de variáveis em jogo. A "violência" é compreendida como efeito de redes compostas por elementos heterogêneos, híbridos de natureza-cultura, de humanos e não-humanos, do científico, do político, do afetivo e do tecnológico. Dest… Show more
“…O artigo de Bonamigo (2008) "Tecendo relatos, versões e cenas: etnografia de um evento violento" aborda o tema violências na contemporaneidade, focando em um furto de roupas cometido por uma criança (sete anos) e dois adolescentes (13 e 17 anos). Em sua análise, a autora identifica os atuantes (actantes) que compõem a rede tecida nesse acontecimento.…”
Section: Usos Da Tar (Usos Que Autores Fazem Da Teoria)unclassified
RESUMO O objetivo deste artigo é apresentar alguns usos da Teoria Ator-Rede (TAR) por psicólogos no Brasil. Para tanto, elegemos como foco analítico artigos indexados no Qualis Capes da Psicologia, observando os seguintes aspectos: temas afins; materialidades envolvidas; metodologias; estratégias de análises. Concluímos que a TAR é utilizada desde 1997 em publicações na área da Psicologia e em especial na subárea Psicologia Social, com questionamentos às bases epistemológicas advindas da tradição científica experimentalista moderna e, principalmente, problematizando a centralidade do ser humano como foco e origem do conhecimento. Bruno Latour, John Law e Annemarie Mol foram os principais autores utilizados nos artigos analisados. A introdução da teoria se deu por meio de duas redes de pesquisa: Rio de Janeiro associada à parceria UFF, UERJ e UFRJ e, em São Paulo, parceria PUC/SP e UAB/Barcelona.
“…O artigo de Bonamigo (2008) "Tecendo relatos, versões e cenas: etnografia de um evento violento" aborda o tema violências na contemporaneidade, focando em um furto de roupas cometido por uma criança (sete anos) e dois adolescentes (13 e 17 anos). Em sua análise, a autora identifica os atuantes (actantes) que compõem a rede tecida nesse acontecimento.…”
Section: Usos Da Tar (Usos Que Autores Fazem Da Teoria)unclassified
RESUMO O objetivo deste artigo é apresentar alguns usos da Teoria Ator-Rede (TAR) por psicólogos no Brasil. Para tanto, elegemos como foco analítico artigos indexados no Qualis Capes da Psicologia, observando os seguintes aspectos: temas afins; materialidades envolvidas; metodologias; estratégias de análises. Concluímos que a TAR é utilizada desde 1997 em publicações na área da Psicologia e em especial na subárea Psicologia Social, com questionamentos às bases epistemológicas advindas da tradição científica experimentalista moderna e, principalmente, problematizando a centralidade do ser humano como foco e origem do conhecimento. Bruno Latour, John Law e Annemarie Mol foram os principais autores utilizados nos artigos analisados. A introdução da teoria se deu por meio de duas redes de pesquisa: Rio de Janeiro associada à parceria UFF, UERJ e UFRJ e, em São Paulo, parceria PUC/SP e UAB/Barcelona.
“…A noção de rede proposta pela TAR permite o uso de associações de formação híbrida, compostas de materiais heterogêneos: humanos e não-humanos e discursos. Segundo Bonamigo (2008), A rede é uma estrutura composta de elementos em interação, marcada por uma forte heterogeneidade, e se caracteriza tanto pelo conjunto de relações entre pontos ou nós, quanto por conexões e agenciamentos internos, não possuindo limites externos. Sua abertura possibilita crescer para todos os lados e direções.…”
Neste artigo, discutimos as políticas públicas de juventude para enfrentamento à violência, que estão sendo desenvolvidas em Alagoas. Utilizamos a Teoria Ator-Rede e considerando a implantação do Plano Juventude Viva (PJV) buscamos contribuir com o campo de estudo da juventude e políticas públicas, analisando especificamente as controvérsias em torno da constituição do público alvo e das propostas do referido plano em Alagoas. Nossa análise indica a imprecisão na delimitação do segmento da juventude a quem se destina o plano, a fragilidade da ação intersetorial e a falta de especificidade de intervenção desses programas sobre condições históricas de exclusão da juventude no estado, dentre as quais o racismo.
“…Para os autores, "a estrutura urbana municipal seria um dos elementos da estrutura de oportunidades que levam à ocorrência de crimes" (Beato et al, 2004, p. 86), devendo ser considerada, portanto, na proposição de políticas públicas. Bonamigo (2008a), a partir do estudo de um furto cometido por uma criança e dois adolescentes, em Chapecó, chama a atenção para a necessidade de se considerar a rede extensa que sustenta um furto, a qual inclui, no caso estudado, além da criança e dos adolescentes, outros atores, como o receptador da mercadoria furtada, a droga, o traficante e o policial, dentre outros. Portanto, a rede e os atores a ela vinculados devem ser considerados nas políticas públicas de segurança.…”
Section: Pensando Possibilidades De Ações a Partir Da Realidade Pesquunclassified
Este artigo fundamenta-se em pesquisa que visou a conhecer os índices oficiais sobre práticas violentas do Município de Chapecó (SC), e envolveu procedimentos de métodos mistos por meio de levantamento em bancos de dados sobre mortalidade por causas externas, agressões, furtos e roubos, no período de 1998 a 2008. Os resultados apontaram tanto os acidentes de transporte e os homicídios como os tipos de mortalidade por causas externas que mais afetam o Município, seguidos do suicídio. As principais vítimas são do sexo masculino. Nos registros policiais, destacaram-se acidentes de trânsito, furtos, lesões corporais e roubos. Analisa-se a necessidade de se compreender as violências contemporâneas como um tema transversal do conjunto de políticas públicas, a segurança pública como um direito fundamental, e os Municípios como cogestores da área de segurança e na prevenção de violências. Ressalta-se a importância da constituição de estratégias de prevenção de violências e da elaboração de políticas públicas que levem em consideração as especificidades, as dificuldades e o potencial dos Municípios e da atuação inter ou transdisciplinar, sendo importante a contribuição dos profissionais da Psicologia para esse processo.
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