“…2022Os resultados de avaliações demonstram que os estudantes do período noturno têm um melhor aproveitamento escolar quando migram para o diurno, algo possível de se incentivar, por meio de um processo de planejamento e indução, para os alunos que não trabalham. (VOORWALD, 2017, p. 97-98) Desde 2016, pesquisadores/as ligados/as à Rede Escola Pública e Universidade (REPU) vêm acompanhando a dinâmica de matrículas no Ensino Médio na rede estadual de São Paulo, tanto do ponto de vista do fechamento deliberado de classes e da homogeneização do ensalamento na rede estadual(CÁSSIO et al, 2016;TRAVITZKI & CÁSSIO, 2017; GIROTTO et al, 2022), quanto da transferência compulsória de matrículas e da superlotação de escolas regulares por conta da ampliação do PEI (GIROTTO & CÁSSIO, 2018; REPU, 2021; GIROTTO, JORGE & OLIVEIRA, 2022).3 Entre 2007 e 2018, enquanto o total acumulado de classes fechadas na rede estadual paulista foi de 7%, ele chegou a 35% para as turmas iniciadas a partir das 18:00 (REPU, 2021, p. 5). Ao mesmo tempo, resultados recentesde Girotto et al (2022) apontam para a migração de parte do público-alvo do Ensino Médio noturno para as classes de EJA na rede estadual, o que significa que a queda do número de matrículas não pode ser exclusivamente explicada por uma suposta diminuição da demanda por escola pública em São Paulo.…”